Quake III Arena representa o início do multiplayer de FPS

Jogo era muito bem polido e parecia um Doom para vários jogadores.

em 15/03/2025

Em 1999, a id Software resolveu fazer história lançando um dos precursores dos jogos de tiro multiplayer: Quake III Arena. Focado em um modo batalha, com armas muito longe da realidade, cenários maiores e personagens alienígenas, a “trocação” era sincera, sem muita estratégia por trás, e marcou os jogos online de FPS.

Quake III já começa com uma premissa diferente dos seus antecessores, que marcaram época com seus ótimos modos história. A terceira edição do game praticamente mostrou como os jogos arena devem funcionar, com armas, curas e escudos espalhados pelo mapa, fazendo com que os jogadores não precisassem comprar ou adquirir armas, mas, em vez disso, explorar o cenário em busca de melhores equipamentos.

Armas

Uma das principais novidades do jogo foram as armas apresentadas. Diferente do que muitos jogos traziam na época, Quake se distanciava da realidade em busca de um ar mais sci-fi.


Gauntlet, que era uma pistola; Machine Gun, uma metralhadora; Shotgun, a famosa 12; e Grenade Launcher são reconhecidas por serem bem próximas de modelos reais. Por outro lado, havia a Rocket Launcher, lançadora de mísseis; a Lightning Gun, que dispara raios; Rail Gun, quase uma sniper; Plasma Gun, focada em repetição rápida de plasma; e a BFG10k, com grande explosão de plasma.

BFG significa “Big Fucking Gun”, uma tradição da id Software em nomes para armas, iniciativa que inspirou várias outras softhouses, como a Riot Games em League of Legends (BF Sword/Espada GPC). Outra das novidades era o rocket jump, sendo possível aumentar o pulo ao disparar o míssil da arma no chão e pular ao mesmo tempo.


As armas são todas rápidas, para atirar e recarregar, o que funciona perfeitamente com o ritmo frenético do jogo.

Power-ups e modos de jogo

Conforme já dito, os mapas do jogo apresentavam todos os elementos espalhados por seus cenários. Das armas e suas munições, até cura e power-ups.

Os mais básicos eram os escudos, que podiam adicionar 50 ou 100 de proteção para o jogador. E uns pequenos itens deles adicionavam 5. Caso o jogador passasse de 100 pontos de vida, ela ia descendo aos poucos até ficar estabilizada em 100. Outros bônus permitiam andar sobre lava, para acessar áreas secretas dos mapas, que geralmente continham ótimas recompensas, como o Quad Damage, que amplificava o dano causado.


Tudo isso acontecia em diversos modos de jogo. Os mais simples eram o Deathmatch, onde era cada um por si e quem matasse mais inimigos ganhava, e o Team Deathmatch, que era a mesma coisa, mas dividido em duas equipes. Por fim, havia o modo Tourney, em que havia um duelo 1x1, e o Capture the Flag, clássico modo de capturar a bandeira na base adversária.

Recepção

O game foi bem recebido por crítica e público. Apesar de sua nota no Metacritic ser maior na versão do Dreamcast, o jogo no PC marcou época e pavimentou muito do caminho dos FPS multiplayer.
Tanto no console da Sega quanto no PS2, era possível jogar em modo splitscreen com um amigo, traço característico dos jogos antigos de consoles de mesa.


No geral, o jogo foi aclamado por sua gameplay divertida, por cenários e texturas caprichadas, ótimos efeitos especiais e qualidade sonora, tanto do jogo em si quanto das armas.

Quake III Arena iniciou um caminho que moldou os FPS arena, trazendo diversão e inovação que foram seguidas por vários outros games ao longo dos anos. Até hoje se sustenta com um ótimo nível de diversão e sendo extremamente fácil de ligar e jogar.

Revisão: Ives Boitano


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Moreno Valerio
Jornalista, Técnico no papel, engenheiro não praticante e mestre Pokémon nas horas vagas. Passa 80% do tempo falando de games. Nos outros 20% torce para alguém falar sobre games, só para poder falar mais um pouco.
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