Impressões: Bionic Bay promete desafios inteligentes em um belo mundo de luz e sombras

O jogo de plataforma exige que o jogador pense em como usar a física para avançar.

em 20/03/2025
Pessoalmente, sempre fiquei maravilhado com jogos bonitos, especialmente aqueles com belas ilustrações 2D. Por conta disso, sigo vários desenvolvedores nas redes sociais e um dia chegou até mim uma arte de um ambiente futurista em ruínas. Procurando mais informações a respeito, descobri que era Bionic Bay.

Tive a oportunidade de recentemente testar um pouco da experiência do jogo e ver pessoalmente a sua proposta. Com previsão de lançamento para o dia 17 de abril no PC (Steam) e no PS5, Bionic Bay já demonstra muito claramente seu potencial enquanto desafio lógico.

Ruínas do futuro

De forma bem resumida, Bionic Bay é um plataforma de resolução de puzzles com foco em usar a física a seu favor para lidar com desafios variados. Conforme exploramos áreas futuristas meio destruídas, temos que aprender as mecânicas disponíveis para avançar.

Inicialmente, podemos apenas nos movimentar e pular, e é necessário ter cuidado com vários obstáculos pelo caminho. Mesmo nesse sistema mais básico, já temos um interessante uso do rolamento para dar propulsão horizontal e conseguir alcançar plataformas muito distantes.

Depois liberamos um anel que permite trocar de lugar com um objeto do cenário. Há várias aplicações disso, seja para se proteger de lasers e destruir bombas ou para ajustar as posições de plataformas e alcançar uma próxima área em segurança.

Em outra fase, podemos desacelerar o tempo e empurrar objetos com muita força. A combinação gera desafios interessantes, como usar o impulso para atravessar áreas muito distantes e ter que depois passar o mais rápido possível por artefatos cuja letalidade está associada à sua velocidade.

A corrida contra o relógio

Mesmo no meu pequeno tempo com o jogo, já deu para ver uma boa variedade de desafios. Além disso, pude testar o modo online de speedrun. A ideia é encarar fases mais contidas que envolvem o uso das habilidades disponíveis para tentar chegar mais rápido até o destino.

Cada missão tem três metas de tempo inicialmente. Uma vez que os jogadores concluem o desafio, mesmo que abaixo dessas metas, o seu desempenho é registrado nas leaderboards. Esses valores são transformados em “fantasmas” que podemos observar no ambiente quando jogamos para nos ajudar a ter um parâmetro de comparação. Também é uma forma útil de entender que uma pessoa usou algum truque naquele ponto para avançar e aprender aos poucos o que fazer com novas tentativas.

Nesse modo online, podemos também ter uma aparência customizada para o nosso personagem. As alterações incluem cabeças diferentes e detalhes da vestimenta, como gravata, camisa, calça e tênis. De acordo com os desenvolvedores, mais opções de cada uma dessas partes estarão disponíveis na versão completa.

Uma atmosfera de luzes e sombras

Como comentei na introdução, um detalhe que chama bastante atenção no jogo é, sem sombra de dúvidas, o visual. Temos ambientes riquíssimos em detalhes, conseguindo apresentar um mundo bem sombrio com vários detalhes tecnológicos se sobressaindo.

Mais ainda do que isso, a direção de arte observa muito bem o emprego de luzes, sombras e cores. As áreas tendem a ser monocromáticas e usar cores distintas para se diferenciar umas das outras. Conforme avançamos por vários pontos, a iluminação também ajuda a criar uma atmosfera mais sombria, cuja tensão é aumentada pela trilha sonora com toque sinistro.

Em meio a um ambiente bem escuro, conseguimos distinguir facilmente as substâncias de luz que corroem o nosso personagem se as tocarmos. Pessoalmente, tive um problema ao jogar de manhã com o ambiente muito claro porque alguns ambientes ficaram escuros demais para enxergar, mas bastou fechar as cortinas para poder aproveitar melhor a experiência.

Um desafio promissor

Bionic Bay promete ser um ótimo desafio para quem gosta do gênero plataforma focado em resolução de puzzles. Os elementos de física são bem explorados nas belas fases que joguei e o fator online promete trazer ainda mais sobrevida para a experiência. Resta esperar um pouquinho mais para o jogo chegar ao PC e ao PS5.

Revisão: Ives Boitano
Texto de impressões produzido com cópia digital de prévia cedida pela Kepler Interactive

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Ivanir Ignacchitti
é formado em Comunicação Social pela UFMG e costumava trabalhar numa equipe de desenvolvimento de jogos. Obcecado por jogos japoneses, é raro que ele não tenha em mãos um videogame portátil, sua principal paixão desde a infância.
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