Maze Mice é um roguelite de sobrevivência inspirado nos populares bullet heavens, gênero que vem ganhando cada vez mais destaque no mercado. No jogo, controlamos um ratinho que precisa sobreviver o máximo de tempo possível em um labirinto infestado de gatos.
Desenvolvido pelo estúdio TrampolineTales, o título incorpora elementos desse subgênero dentro dos roguelites para oferecer uma experiência simples e acessível, mantendo o foco no desafio progressivo. A convite do estúdio, tivemos acesso antecipado à versão de demonstração que estará disponível durante o Steam Next Fest a partir de 24 de fevereiro. Confira nossas impressões sobre Maze Mice a seguir.
Um ratinho encrenqueiro
Em Maze Mice, assumimos o controle de um ratinho preso em um labirinto dominado por gatos. O objetivo é percorrer o cenário coletando esferas que concedem pontos de experiência. Ao subir de nível, o jogador pode escolher um upgrade, seja um novo poder ou uma habilidade passiva, para aumentar suas chances de sobrevivência.
O grande diferencial de Maze Mice está na mecânica de controle do tempo: os elementos na tela só se movem quando o jogador se desloca. Isso permite planejar cada ação com calma, sem a pressão de tomar decisões instantâneas que podem definir o rumo da partida. Basta parar e analisar o cenário antes de decidir o próximo movimento.
O labirinto está repleto de gatos que, na maioria das vezes, permanecem dormindo até que o jogador passe por perto. Ao serem despertados, começam a seguir exatamente o caminho percorrido pelo ratinho, adicionando um elemento estratégico, já que essa previsibilidade permite planejar cada jogada com mais precisão.
Cada partida concluída, independentemente do resultado, concede pontos que desbloqueiam novos conteúdos, como personagens jogáveis e upgrades. A versão de demonstração conta com uma quantidade limitada de itens para liberar e quatro ratos disponíveis, cada um com uma vantagem inicial, como mais vida ou um poder já desbloqueado.
Simples em muitos sentidos
À primeira vista, Maze Mice passa a impressão de ser um jogo experimental, tanto pelo visual quanto pela proposta. Se essa foi realmente a intenção dos desenvolvedores da TrampolineTales, não sei dizer, mas, curiosamente, é justamente isso que o torna consideravelmente interessante.
Com uma jogabilidade extremamente simples e acessível — explicada em poucas linhas no início da partida —, este é um jogo fácil de recomendar a qualquer pessoa, desde crianças que estão descobrindo videogames até jogadores mais experientes. Consigo imaginar minha sobrinha de cinco anos jogando sem me bombardear com perguntas sobre o que fazer ou como jogar.
Visual, trilha sonora e jogabilidade convergem para um projeto simples, mas que ainda oferece uma dose decente de desafio e motivação por meio dos desbloqueáveis. Embora não seja visualmente chamativo — o que pode ser uma desvantagem do ponto de vista mercadológico —, sua proposta funciona muito bem. É um jogo fácil de jogar, minimamente carismático e capaz de rodar em qualquer “batata”.
A versão de demonstração de Maze Mice permite jogar em um único labirinto, com uma variedade limitada de inimigos e desbloqueáveis, mas já é suficiente para apresentar sua proposta e demonstrar como funciona bem dentro do que se propõe.
Bonitinho, mas nada ordinário
Maze Mice pode não ser o jogo mais chamativo da vitrine, mas sua proposta simples e bem-executada o torna uma experiência surpreendentemente cativante. A mecânica de controle do tempo adiciona um toque estratégico interessante, enquanto a jogabilidade acessível faz com que qualquer pessoa possa se divertir sem dificuldades. Mesmo com as limitações da demonstração, Maze Mice apresenta méritos para ser uma adição divertida ao gênero. Resta aguardar a versão completa para ver até onde essa ideia pode chegar.
Revisão: Davi Sousa
Texto de impressões produzido com cópia digital cedida pela TrampolineTales