Estresse pós-traumático
A bordo da Gun-Dog, ele terá que garantir que a viagem seja tranquila, observando todos os tripulantes e garantindo a sua segurança. Porém, esse trabalho não será tão simples quanto parece inicialmente.
Conforme a nave se aproxima do seu destino, mais problemas aparecem. A situação toda culmina em eventos de grande gravidade que afetam as duas naves (Gun-Dog e O’Brien) que seguiam rumo à fonte dos sinais misteriosos que foram captados pelo exército joviano.
De forma geral, Stories from Sol: The Gun-Dog traz uma ambientação futurista sci-fi instigante. Os personagens são cativantes e a trama consegue trazer uma visão competente de um universo ficcional futurista que dá vontade de conhecer mais.
Comandos e exploração
Para observar e interagir com os objetos do ambiente, o jogador pode clicar diretamente na tela. Apenas itens relevantes são clicáveis, então muitas coisas ficam sem nenhuma forma de interação, mesmo que visualmente se destaquem.
Escolhas e ramificações
Nos trechos de visual novel, podemos selecionar várias opções de resposta em alguns momentos. As nossas escolhas influenciam a resolução da trama, o relacionamento do protagonista com os outros personagens e pode levar a mudanças drásticas durante a campanha, especialmente no último capítulo.
Algumas escolhas podem deixá-la com raiva ou feliz e ela até ocasionalmente brinca com o relacionamento dos dois. Um detalhe curioso é que, fora todas as questões principais da história, podemos fazer uma espécie de quest secundária para agradá-la e ajudar os outros membros em outras ocasiões se conversarmos mais com eles.
Apesar desses pontos, a trama de uma forma geral acaba tendo uma certa linearidade em sua execução. Certos eventos são obrigatórios e algumas variações não são tão significativas, mas é interessante ver o final de tudo como navegamos pela história.
Ao jogar novamente, temos uma espécie de comentário secundário que aparece em algumas circunstâncias e ajuda a explicar alguns eventos. Há até comentários sobre as variações em comparação com o que o jogador escolheu da sua primeira vez, fazendo com que seja realmente recomendável jogar novamente.
Infelizmente, apesar da história ser bem convincente de forma geral, ela não é conclusiva. Para quem gostaria de algo mais detalhado, a sensação ao final é um pouco amarga, deixando vários detalhes para serem explorados em obras futuras em vez de ter uma conclusão mais fechadinha.
Um visual retrô deslumbrante
Dessas opções, apenas a terceira conta com distribuição variada de cores. As outras são mais focadas em reproduzir estilos mais antigos com inspiração, por exemplo, no PC-9800.
Além da variação de cores, as animações são diferentes com a versão doujin tendo cortes mais bruscos entre os frames. Já as outras duas têm animações bem detalhadas, reforçando a expressividade dos personagens.
No aspecto sonoro, embora as músicas e efeitos sejam bem condizentes com a atmosfera da obra, elas infelizmente não são sempre tão bem utilizadas. Em especial, o tema principal acaba ficando enfadonho por ser escutado durante longos períodos de tempo.
Com isso, a falta de variedade acaba pesando um pouco contra a trilha sonora. Isso não significa que as músicas são ruins, mas fica a sensação de que em especial essa trilha principal seria melhor empregada em uma abertura ou no menu inicial.
Um pontapé inicial
Prós
- Visualmente cativante com três belas opções de gráficos;
- Animações de alta qualidade e bastante expressivas;
- As funcionalidades do datapad são bem úteis;
- Ambientação futurista interessante e com potencial de ser ainda mais desenvolvida futuramente.
Contras
- Algumas trilhas sonoras acabam se tornando enfadonhas;
- História inconclusiva;
- Nem todo item que chama atenção nos ambientes é um elemento interativo.
Stories from Sol: The Gun-Dog — PC/PS4/PS5/Switch — Nota: 7.5
Versão utilizada para análise: PC
Revisão: Juliana Paiva Zapparoli
Análise produzida com cópia digital cedida pela Astrolabe Games
