2024 foi mais um ótimo ano para os videogames. Tivemos muitos títulos que entraram para a história por seus méritos técnicos e artísticos, fora a aclamação do público e da crítica e também dos expressivos números de vendas e premiações.
Já outros... bom, estes conseguiram ser os produtos mais infames do mercado pelos mesmos motivos acima, porém executados de forma medíocre, pobre, sem qualquer capricho ou mesmo pela falta de experiência de quem os desenvolveu.
para lembrar que nosso trabalho, além de informar e ajudar os jogadores na hora de decidir se determinado título vale ou não seu tempo e dinheiro, também existe para alertar você sobre as bombas que deve evitar para não cair em verdadeiras ciladas digitais, ou simplesmente não investir seu tempo em algo de qualidade dúbia.
Neste primeiro tópico, separamos os jogos que ficaram na tênue linha que separa o “lixo orgânico” do “reciclável”. Em nossos critérios de avaliação, jogos com nota 5.0 a 5.5 são considerados medíocres. São aqueles que ficaram abaixo da média, não agregando muito valor ao gênero e, consequentemente, entretendo pouco. Em outras palavras, ao dar essa nota, estamos dizendo a você que existem investimentos melhores para o seu dinheiro.
São jogos que não conseguiram ser bons o suficiente, mas que também não mereceram ser jogados diretamente no caminhão de lixo. A nota reflete nosso sentimento de que o jogo poderia ter feito seu melhor para ser minimamente interessante ou divertido, mas falhou nesta tarefa. Se fosse possível refazê-los com base nos apontamentos de nossos redatores, com certeza eles receberiam uma nota um pouco melhor. Estes foram os jogos que ficaram no “mais ou menos” em 2024.
Analisado por Gustavo Souza em julho de 2024, HEAVEN SEEKER é um roguelike descrito como monótono por nosso colega. Apesar de algumas decisões criativas em seu desenvolvimento, como o combate e os chefes bem criativos, e o controle preciso, o ritmo do jogo é bem chatinho e excessivamente repetitivo, além de uma história mal –contada, deixando a experiência bem menos interessante.
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Nota: 5.5 — Disponível para PC |
Farley Santos analisou Gestalt em julho e, segundo ele, o jogo é uma espécie de metroidvania preguiçoso. Apesar de ser visualmente atraente, com uma estética steampunk em pixelart, o jogo da Fireshine Games peca no ritmo e na falta de criatividade nos embates contra os chefes e, principalmente, em seu ritmo repetitivo e monótono.
Gestalt: Steam & Cinder apresenta ambientação steampunk cativante com visual inspirado na era 32-bits, mas falha em entregar uma experiência metroidvania memorável. Apesar de sua competente ação ágil e controles precisos, a progressão linear e a falta de criatividade nos mapas comprometem a exploração.
O combate, embora variado em teoria, se torna repetitivo e enfadonho devido a limitações nas mecânicas e inimigos; além disso, a história, apesar de elaborada, é prejudicada por diálogos desnecessariamente extensos e personagens estereotipados. No fim, o resultado é uma aventura que logo cai no esquecimento.
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Nota: 5.5 — Disponível para PS5, PS4, XSX, XBO e Switch |
Carlos França Jr., nosso herói sem capa de longa data, foi o responsável pela análise de Cyber Citizen Shockman Zero ainda em julho de 2024. Em sua análise, é possível notar que mesmo alguns jogos considerados obscuros, que não foram lançados oficialmente no mundo todo ou que só foram lançados para uma única plataforma, têm um motivo para permanecer assim. Esse foi apenas um dos casos com os quais nosso colega se envolveu em 2024.
Assim como seus antecessores, Cyber Citizen Shockman Zero é um jogo bacana de se conhecer, mas que dura pouco e agora acaba esbarrando em mais um emaranhado de jogos modernos e que possuem a mesma proposta.
O que poderia ser feito para torná-lo interessante, que é ser colocado em grupo com os demais da franquia, parece não ser possível por pura decisão de quem faz os ports, e isso é um equívoco sem igual, que impede que novos jogadores se sintam atraídos por mais um título que ficou recluso por muito tempo ao Oriente.
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Nota: 5.5 — Disponível para PC, PS5 e XSX |
Julho foi um mês cheio de figuras em nossa redação. Ainda neste mês, Matheus Senna foi o responsável por analisar um jogo que deveria ser desastroso apenas no nome, mas, na prática, faz jus ao nome que carrega. Disaster Band é mais um dos jogos que trazem uma boa ideia, mas quando a comunidade não a compra, está fadado a se apresentar para um auditório sempre vazio.
À primeira escutada, Disaster Band parece um ótimo jogo rítmico. Com uma proposta engraçada e original, as primeiras partidas são suficientemente divertidas. A questão é que essa irreverência pode ser um pouco irritante com o tempo. A dependência dos modos online para incrementar a jogatina – para encontrar jogadores e novas canções – é, no mínimo, uma aposta arriscada. Fica a sugestão para fãs do gênero musical e que estejam dispostos a enfrentar todas essas dificuldades.
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Nota: 5.5 — Disponível para PC, PS5, PS4, XSX, XBO e Switch |
Carlos abriu o mês de outubro com um produto que se vende como uma sequência, mas, no fim das contas, mais parece um mod do jogo original. Frogun Encore não só atualizou o meme do “copia, mas não faz igual”, como também estragou o pouco que ainda funcionava no seu antecessor. Um jogo que pode ser descrito como desnecessário.
Frogun Encore poderia ter oferecido muito mais como sequência. Alguns avanços, como a estrutura das fases e a inclusão de um modo cooperativo, foram uma ótima sacada, mas praticamente nada dos erros do jogo anterior foi corrigido; algumas coisas, inclusive, foram pioradas, como a câmera.
Isso, em conjunto ao mês de espera para poder curtir o jogo com a correção devida, pode ter afugentado quem estava na curiosidade para curtir a sequência das aventuras de Renata e seu sapinho.
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Nota: 5.5 — Disponível para PC, PS5, PS4 e XSX |
Alec Oliveira foi o responsável por analisar CYGNI: All Guns Blazing, podendo exaltar uma novidade real da Konami após tantos anos sem nada realmente novo vindo do estúdio. Elogios precisam ser feitos, e um deles vai para o visual do jogo, que é bem caprichado e bonito, atuando como convite para os jogadores. Contudo, tecnicamente ele deixa a desejar, principalmente se você for um veterano de “jogos de navinha”.
CYGNI: All Guns Blazing pode atrair novos jogadores ao gênero graças à sua apresentação chamativa, mas fica aquém em termos de design para os fãs experientes de shoot 'em ups. A ideia de risco e recompensa ao converter o escudo em mísseis é interessante, mas se torna repetitiva rapidamente devido à pouca variedade de tiros, funcionando mais como uma maneira de lidar com padrões difíceis de balas. Chamativo, mas passável.
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Nota: 5.5 — Disponível para PC, XSX e Switch |
My Lovely Empress é um jogo muito específico, feito para públicos selecionados. João Pedro é nosso profissional para estas empreitadas, principalmente por já conhecer a série My Lovely. Em um jogo onde decisões moldam como a história se desenvolve, as que foram tomadas por My Lovely Empress o tornaram um produto bem medíocre, segundo nosso colega.
Com My Lovely Empress, o GameChanger Studio até tenta dar uma subvertida na fórmula de My Lovely Wife e My Lovely Daughter ao trazer maior complexidade para o produto, mas mesmo os avanços técnicos não são suficientes para sanar a falta de consistência na execução das propostas do título entregue, que até traz uma história interessante, mas o estresse de depender demais de um ciclo cansativo de jogabilidade e de outros fatores aleatórios só vai valer para nichos muito específicos de fãs de jogos de estratégia. Os antecessores podem ser mais simples e fáceis, mas mesmo tão repetitivos quanto este aqui, com certeza oferecem bem mais entretenimento.
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Nota: 5.5 — Disponível para PC, PS5 e XSX |
Luan Carr descreveu Sky Oceans como um jogo bonitinho, mas ordinário, basicamente. Apesar de trazer personagens com um mínimo de carisma, o jogo em si é vazio e pouco interessante. Se faltam atividades, sobraram bugs neste título turbulento sobre pilotos.
Eu sempre falo em minhas análises que não podemos julgar um game pelo que ele poderia ser, mas no caso de Sky Oceans: Wings for Hire chega a ser um sacrilégio perceber que o jogo tem um potencial enterrado pela mediocridade. Desde a história batida, mas que passaria como um bom anime de verão de 26 episódios, até o combate sonolento e repetitivo, a aventura dos piratas aéreos é indicada apenas para quem tem uma boa nostalgia por Skies of Arcadia ou goste muito de aviões, porque até o fator replay é fraco e só vale a pena para completar os fáceis troféus (ou conquistas).
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Nota: 5.5 — Disponível para PC, PS5, PS4, XSX e XBO |
O que parecia ser uma experiência interessante com uma pegada hollywoodiana se mostrou uma verdadeira cilada. Fiquei responsável pela análise de Unknown 9: Awakening e, ao esperar que fosse, pelo menos, divertido, a sensação foi de estar jogando algo de uns 10 anos atrás. Meu esforço em buscar pontos positivos foi maior do que o da equipe de desenvolvimento ao criar esse jogo.
Unknown 9: Awakening é um jogo que traz uma narrativa interessante em um universo multimidiático rico, misterioso e promissor, mas que sofre com problemas técnicos que impactam a experiência geral. A história é envolvente e os personagens, especialmente a química entre Haroona e Luther Goodwin, conseguem até cativar um pouco, proporcionando momentos interessantes e até divertidos ao longo da aventura.
No entanto, o jogo é prejudicado por seu desempenho inconsistente, gráficos ultrapassados e gameplay desajeitado, características que destoam da expectativa para um título lançado na atual geração de consoles. Não que eu estivesse pedindo por algo impecável, mas ficou claro que a qualidade geral do título ficou bastante prejudicada no fim das contas, visto o que foi apresentado ao longo de 2024 após anos de desenvolvimento sem nenhuma atualização pública do projeto.
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Nota: 5.5 — Disponível para PC, PS5, PS4, XSX e Switch |
A notoriedade do RPG de Hironobu Sakaguchi no Apple Arcade poderia ser uma boa adição fora do ecossistema da Apple ao chegar aos consoles, mas parece que o tiro saiu pela culatra, segundo nosso colega João Pedro. A tradução do jogo para fora do ambiente mobile não foi das melhores, deixando a experiência interessante apenas para a plataforma onde se originou.
O trabalho de Sakaguchi em Fantasian Neo Dimension foi, neste aspecto, um pouco parecido. Tal como Luxa acertou ao promover a transição dos jogadores mais jovens ao envelhecido elenco profissional, Sakaguchi conseguiu implementar certas novidades a ideias clássicas de design, como os encontros aleatórios anulados pela dimensão de bolso e a estética de diorama pré-renderizada. Entretanto, a insistência em certos elementos considerados pouco convidativos para o momento atual da indústria de jogos, bem como a falta de algum refino no processo de produção do port, faz com que Fantasian não consiga alcançar um voo ainda mais alto pela experiência oferecida.
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Nota: 5.5 — Disponível para PC e Switch |
Nossa colega Hiero de Lima não só estreou no GameBlast este ano, como também debuta em nossa infame lista graças a Loco Motive, que também é um título de estreia de um novo estúdio. Nesta homenagem a clássicos como The Secret of Monkey Island, o mistério maior é encontrar ânimo para se divertir durante o jogo, que peca em ritmo para deixar o jogador interessado.
Loco Motive encanta por vezes, mas as constantes marcas de sua natureza como primeiro jogo de seu estúdio impedem que a experiência realize todo seu potencial. Com um pouco mais de polimento e um equilíbrio melhor entre tragédia e comédia, o Robust Games poderia ter feito algo de realmente especial, mas acabou tendo nas mãos algo frustrantemente distante da linha de chegada.
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Nota: 5.0 — Disponível para PS5, PS4, XSX e XBO |
Cyber Citizen Shockman 3 repete os erros do já citado Cyber Citizen Shockman Zero. Desta vez, nem é nosso colega Carlos reprisando sua opinião: foi Matheus Senna quem confirmou os mesmos problemas do jogo analisado em julho.
Embora um relançamento possa ser uma boa oportunidade para jogos antigos voltarem, Cyber Citizen Shockman 3: The princess from another world não é um dos melhores exemplos. Ele até tem alguns pontos positivos, como visuais e recursos de emulação, mas o game original é tão limitado que as poucas novidades não são suficientes. Fica a sugestão para algum fã da franquia e/ou do gênero plataforma, assim como para os caçadores de troféus.
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Nota: 5.0 — Disponível para PC, PS5, PS4, XSX e XBO |
Para nosso colega Alec, Astor: Blade of Monolith é o típico caso de projeto que deu um passo maior que a perna. Tudo aparenta ser grandioso demais para a capacidade da equipe de desenvolvimento, que apresentou algo ambicioso, mas que ficou limitado pela inexperiência.
Astor: Blade of the Monolith sofre as consequências de um escopo que parece grande demais para a capacidade da equipe. Apesar do combate ser diversificado pelas melhorias e armas adquiridas, e da ambientação ser vistosa, a campanha se torna cada vez mais desinteressante e prolongada, sem apresentar variedade suficiente para manter o jogador engajado. O resultado é um jogo vazio que, apesar de não ser exatamente ruim, não traz nada de especial.
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Nota: 5.0 — Disponível para PC, PS5, PS4 e Switch |
Juliana Zapparoli foi a responsável por analisar C.A.R.D.S. RPG, e sua conclusão foi a de que o jogo se vende como com um visual chamativo e vistoso, mas com um conteúdo de qualidade questionável e até injusto, tornando a experiência geral desagradável e nos forçando a simplesmente abandonar o jogo por ser quebrado demais.
C.A.R.D.S. RPG: The Misty Battlefield é um produto que tenta se vender com uma embalagem bem-feita e caprichada, mas, de conteúdo, é extremamente superficial e vazio. Ele tenta beber da fonte de um gênero com cada vez mais representantes no mercado, mas falha em trazer uma experiência satisfatória e envolvente.
Em suma, é difícil recomendar este título sem que antes seja feito, no mínimo, um balanceamento na dificuldade dos combates. Inimigos extremamente fortes logo no início da campanha nos forçam não a buscar novas estratégias para vencê-los, mas sim a desistir do jogo por completo.
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Nota: 5.0 — Disponível para PC, PS5, PS4, XSX, XBO e Switch |
Luan Carr foi vítima de mais um jogo que pegou carona em um gênero com popularidade crescente, mas que não significa que seja algo com a mesma qualidade dos demais disponíveis no mercado. Falhas em diversos aspectos técnicos, como level design, gameplay e performance tornam Morbid: The Lords of Fate difícil pelos motivos errados.
Morbid: The Lords of Ire é um caso infeliz de um jogo com potencial, mas flagelado por más escolhas de design e falta de refinamento técnico. Não dá para ficar pensando no que ele deixou de ser, mas fica o sentimento de uma ideia que poderia ter sido melhor aproveitada caso continuassem com uma pegada mais próxima do seu antecessor e refinar seu estilo isométrico 2D em vez de partir do zero para uma tentativa faraônica de construir um ambiente totalmente 3D.
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Nota: 5.0 — Disponível para PC, PS5, PS4, XSX e XBO |
Hiero de Lima também foi vítima de mais um jogo com o escopo maior do que podiam entregar. Dustborn, segundo nossa redatora, é uma obra cheia de boas ideias, mas nenhuma delas consegue ser executada de forma eficiente para entregar um produto de qualidade para o jogador.
Dustborn é uma boa narrativa, com bons personagens, mas que se perdeu completamente querendo ser mais do que precisava. Suas melhores ideias acabam sendo enterradas em uma torrente de elementos mal desenvolvidos que, ao mesmo tempo, tomam tempo demais da história. Teria sido um jogo estilo Life Is Strange perfeito, se não quisesse tanto provar a própria existência para pessoas que nunca vão se interessar.
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Nota: 5.0 — Esteve disponível para PC e PS5 |
Infelizmente, vamos chutar um cachorro morto. Alec Oliveira foi o responsável em analisar Concord, que dispensa comentários sobre sua história como o maior fracasso comercial de 2024. Ainda fica a pergunta, apesar de tudo o que aconteceu: será que tinha salvação?
Concord é um jogo caro que oferece pouco para justificar seu preço, carecendo de carisma e, pior ainda, sem o apoio do público. Como um GaaS, exemplifica como esse modelo de negócios pode ser destrutivo quando mal planejado. Infelizmente, o jogo encontrou seu destino, com os servidores programados para serem temporariamente suspensos no dia 6 de setembro de 2024, menos de um mês após o lançamento. A primeira empreitada da Firewalk Studios mostra competência, mas está destinada a ser lembrada como o maior fracasso de 2024 e, possivelmente, da própria marca PlayStation.
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Nota: 5.0 — Disponível para PC |
O que Fairy Tail e vôlei de praia têm em comum? Se a ideia era fazer algo parecido com aqueles jogos de vôlei com as garotas de Dead of Alive, acho que falharam miseravelmente. Para nosso colega Gustavo Souza, FAIRY TAIL: Beach Volleyball Havoc se afoga no abismo da causalidade em um jogo minimamente divertido e não menos que esquecível.
FAIRY TAIL: Beach Volleyball Havoc peca, principalmente, em não oferecer um conteúdo mais robusto aos jogadores. Ter apenas o modo de jogo de partida rápida e a falta de uma maior profundidade em suas mecânicas certamente o deixarão no campo mais casual dos jogos. Mas mesmo assim, ele é muito simples até para esse tipo de jogo. Nem mesmo a IP de Fairy Tail é bem explorada, pois só temos os personagens em roupas de banho e magias temáticas.
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Nota: 5.0 — Disponível para PC, PS5 e XSX |
Quem diria que teríamos algo do calibre de Mortal Kombat em nossa lista de piores jogos do ano em pleno 2024? A expansão Reina o Kaos, lançada em setembro para Mortal Kombat 1, tinha a grande responsabilidade de tentar melhorar a reputação de um dos jogos de luta menos populares da franquia nos últimos anos. O resultado é um pacote karo, com proposta konfusa e que não agradou à komunidade.
É nesse contexto que reside o maior pecado de Mortal Kombat 1: Reina o Kaos. Apesar de trazer mais três personagens e uma nova história, o alto custo da expansão, aliado às correções e novidades que chegam a conta-gotas desde o lançamento incompleto do jogo-base, coloca a atual entrada da série em uma posição delicada. O sistema de recompensas continua inalterado, o modo Invasões permanece lento e enfadonho, e a ausência da Krypta ainda pesa para o conteúdo single player. O Kaos definitivamente não encontrou sua anarquia.
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Nota: 5.0 — Disponível para PC, PS5, PS4 e Switch |
Blazing Strike foi um dos poucos jogos de luta lançados em 2024 e sua presença foi tão marcante quanto sua qualidade. Para algo que levou tanto tempo para ser lançado, esperava-se mais de um título que tem inspiração de sobra, mas não fez o dever de casa para conseguir ter a qualidade que a exigente comunidade de jogos de luta sempre cobra.
As intenções de Blazing Strike eram ótimas, mas uma série de falhas de execução, em conjunto com suas parcas opções de jogo e falta de elementos que deem algum fator replay fazem com que ele se torne um título sem atrativos em meio a alguns outros que oferecem muito mais por um valor mais baixo.
Se houvesse pelo menos algumas melhorias no combate e um sistema de troféus que fizesse o jogador explorar o elenco visualmente variado, já seria um ótimo avanço para fazer companhia para o chamativo estilo artístico, que no momento se destaca sozinho.
Os piores dos piores de 2024
Hora de dedicar nossa atenção à nata de jogos que nossos redatores consideram como algo a ser realmente evitado. Ainda segundo nossos critérios de avaliação, jogos que recebem nota 4.5 ou menor merecem ser chamados de ruins. Por qualquer que seja o motivo, quanto mais a nota se aproxima do zero nesta última janela de avaliação, mais ela reflete o quanto o jogo é desagradável. Eis os cinco piores jogos de 2024 segundo nossa redação.
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Nota: 4.5 — Disponível para PC, PS5, PS4, XSX, XBO e Switch |
Me dói ter que ver um produto do meu grupo de heróis favorito da infância nesta lista, mas temos que ser imparciais e sinceros com nossa audiência. Teenage Mutant Ninja Turtles Arcade: Wrath of the Mutants conseguiu ser ruim justamente no gênero mais consagrado dos heróis reptilianos. E eu achando que isso tinha ficado para trás com aquele remake enfadonho de Turtles in Time. Carlos França Jr. foi o responsável pela análise.
Infelizmente, Teenage Mutant Ninja Turtles Arcade: Wrath of the Mutants oferece uma experiência muito aquém do esperado para um beat ‘em up das Tartarugas Ninja. A identidade visual baseada em uma animação mais “recente”, mesmo que no momento já existam outras mais novas, poderia ter sido um ótimo elemento, mas o conjunto insosso e desinteressante acabou afetando o que poderia ser mais uma ótima jogatina em grupo.
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Nota: 4.5 — Disponível para PS5, PS4, XSX, XBO e Switch |
Carlos França Jr. reprisa sua opinião sobre mais um port que poderia ter aproveitado a ocasião para trazer tudo de uma forma melhor. Seja a apresentação, os recursos, a acessibilidade, enfim… outro jogo que, sozinho, não se garante hoje em dia.
Aero the Acro-Bat: Rascal Rival Revenge é o insosso e melancólico encerramento do ciclo de ports da franquia. Este título em específico seria muito melhor aproveitado se tivesse acompanhado o port do jogo original, uma vez que ele, em sua condição oriunda de um console portátil, não oferece atrativos o bastante que justifiquem sua compra isolada, diferente dos outros.
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Nota: 4.0 — Disponível para PC, PS5, PS4, XSX, XBO e Switch |
O que esperar do jogo de um dos animes mais populares da atualidade? Mediocridade, é claro. Luan Gabriel não economizou ao demonstrar sua indignação com o que a Byking fez com Jujutsu Kaisen: Cursed Clash. Parece que, mesmo com a faca e o queijo na mão, os dois caíram bem na lama.
Mesmo com textos em português e a ótima dublagem original do elenco do anime, Jujutsu Kaisen: Cursed Clash falha em entregar uma experiência que se assemelha minimamente à do universo criado por Gege Akutami. O projeto parece não entender o que torna a obra única e que atrai tanta popularidade por todo o mundo.
Com batalhas travadas, designs de menus internos assustadores e um sistema online sofrível, é provavelmente uma das piores experiências que tive este ano, e em jogos de luta em toda minha vida. De fato, uma pena, já que sou grande fã do material original e adoraria vê-lo receber a qualidade e o sucesso que outros lançamentos da Bandai Namco tiveram nos últimos tempos. Infelizmente, não foi desta vez.
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Nota: 3.0 — Disponível para PC, PS5, PS4, XSX, XBO e Swtich |
Se o original não era lá essas coisas, o que esperar de uma remasterização? Para nosso colega João Pedro, o que era ruim só ficou bonitinho, mas continua aquela experiência enfadonha de décadas atrás. Em alguns casos, remasterizações conseguem êxito em melhorar algo — Não foi o caso com Gargoyles Remastered. Pelo menos, o desenho era legal.
Gargoyles Remastered não é um jogo que podemos considerar arcaico ou datado, pois, até dentro do recorte de seu tempo, dá para ver que já era ruim. O trabalho de remasterização, no fim das contas, é cosmético, não chegando nem perto de tentar remendar o estrago que é o original — quiçá, até piora.
Às vezes, a gente esquece que, para cada produto licenciado bacaninha daquela época — como o Aladdin, O Rei Leão, Darkwing Duck ou mesmo Ducktales — existem incontáveis outros que não valem o trabalho de um eventual relançamento, ainda que o esforço exercido (note o sarcasmo) esteja em um nível similar àquele despendido no original. Assim como as gárgulas do desenho caíram no esquecimento após serem amaldiçoadas a um sono de mil anos, o game baseado em tal propriedade intelectual também deveria.
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Nota: 3.0 — Disponível para PC |
Empatando com Gargoyles Remastered, Meifumado — esses nomes de jogos no Brasil despertam nossa quinta série com força, não é mesmo? —, o pior jogo do ano no GameBlast, é algo que, à primeira vista, parecia ser bem bacaninha. Uma típica homenagem aos jogos de plataforma de antigamente.