Os dez piores filmes baseados em games (até agora)

O mais próximo que essas adaptações estão dos games é o modo hard, já que é extremamente difícil chegar até o fim delas.

em 23/11/2024
As adaptações de videogames para o cinema certamente já caminharam um bocado até o estado em que se encontram hoje, assumindo aos poucos um vácuo deixado após a progressiva derrocada da febre dos filmes de heróis que acometeu a última década. A questão é que esse tipo de abordagem sempre foi um verdadeiro desafio por conta da ausência de uma narrativa linear (como as dos gibis) e forma de comunicação própria, o que historicamente rendeu produções exemplares que ostentam defeitos que variam de roteiros desconexos a escolhas criativas que ignoram completamente o material original. 


Nesta lista, revisitaremos os piores filmes baseados em videogames já produzidos — obras que, por mais dolorosas que sejam de assistir, seguirão eternamente lembradas pela forma colossal com que falharam em sua execução.

Antes de tudo, cadê o (insira filme ruim aqui)?

É inegável que o Street Fighter de 1994, Super Mario Bros. de 1993 e os dois Mortal Kombat da década de 90 são bem toscos. A questão é que esses aí, por piores que sejam, ainda conseguem divertir e penetrar na cultura popular que o suficiente para tornar o ato de assisti-los algo bem menos sofrível, rendendo uma experiência marcante por si só, algo que se enquadra no chavão “quem ama o feio, bonito lhe parece” ou coisa do tipo.

É válido lembrar que esses três, junto de alguns outros, como os de Tomb Raider, são provenientes de um tempo em que Hollywood não sabia exatamente como tocar uma adaptação de videogame, sendo mais produtos decorrentes da imaturidade de sua época do que qualquer outra coisa.

Também há outros filmes que, embora notoriamente ruins de verdade, ao menos apresentam certos aspectos técnicos que conseguem sustentá-los de alguma maneira, como Assassin’s Creed, Five Nights at Freddy's, Borderlands ou Prince of Persia: The Sands of Time, ou realmente inofensivos para as marcas que representam, como Dead Rising ou Rampage.

Aqui, então, selecionamos a nata mais pura do cinema de baixo escalão: uma lista de filmes cuja maior parte nem na categoria de Filme B se qualifica, encaixando-se mais nas definições de Filme C ou Z, sendo várias as produções que quase não se inserem em algum circuito de distribuição comercial ou são sequer dignos de atenção por parte da crítica especializada. Esses, que o público comum normalmente traz como top of mind na hora de fazer referência aos verdadeiros clássicos do cinema de videogame, são só a ponta do iceberg e não chegam perto da magnanimidade dos que aqui estão listados.

10 – Doom: A Porta do Inferno (2005) / Doom: Aniquilação (2019)

  • Direção: Andrzej Bartkowiak (2005), Tony Giglio (2019)
Embora tenha todas as condições de merecer um lugar mais avançado na lista dos piores filmes adaptados dos games, o Doom de 2005 só consegue alcançar a singela décima colocação. O longa-metragem protagonizado por um jovem Karl Urban e por um Dwayne Johnson que sequer tinha deixado de priorizar sua carreira no WWE é responsável por abrir o portal do inferno da nossa lista unicamente por causa de uma sequência muito sagaz rodada em primeira pessoa.

A franquia clássica da Id Software chegou a receber outra adaptação bem ruim em 2019, intitulada Doom: Aniquilação, e essa realmente não conta com absolutamente nenhum truque que seja capaz de isentá-la de qualquer massacre por parte da audiência, mesmo que tenha passado quase despercebida com um lançamento direto para home vídeo, em uma era na qual os streamings já tinham tomado todo o controle dos meios de distribuição doméstica.

9 — Need for Speed: O Filme (2014)

  • Direção: Scott Waugh
O mais engraçado do filme de Need for Speed é que ele parece ter sido forjado por um algoritmo, isso mesmo em 2014, ano de seu lançamento. Tudo nele parece orientado para o marketing, a começar pela sua própria existência como uma produção que tenta surfar na popularidade de Velozes e Furiosos e na escalação de Aaron Paul, que na época havia recém-terminado seu trabalho como Jesse Pinkman em Breaking Bad. Como cereja do bolo, vai também a utilização de uma licença que, àquela altura do campeonato, com certeza já tinha conhecido dias bem melhores.
 

8 — Ao Oni (2014)

  • Direção: Daisuke Kobayashi
O Japão tem uma indústria cinematográfica bastante prolífica e conta com várias adaptações não só de jogos, mas de animes e mangás que nem sempre alcançam algum sucesso a ponto de se tornarem referência frente aos hollywoodianos, como é o caso dos filmes de Gyakuten Saiban, Project Zero ou Ryu Ga Gotoku (que para nós, respectivamente, seriam Ace Attorney, Fatal Frame e Yakuza).

Enquanto esses mencionados se mostram bem decentes no geral, nem todos conseguem alcançar esse status. No caso, Ao Oni (Demônio Azul, em uma tradução livre) é um jogo produzido no RPG Maker e se tornou bastante popular por sua atmosfera de horror peculiar, a ponto de render um longa-metragem próprio cujo jeitão mais se assemelha ao que é feito em Coragem: O Cão Covarde do que ao material-base.

Não que Coragem não tenha lá seu mérito dentro do horror, mas claramente não era a direção que Ao Oni tinha em mente durante a produção, que também contou com um orçamento baixíssimo para os efeitos especiais, diálogos um pouco ridículos e atuações constrangedoras.

7 — DOA: Dead or Alive (2006)

  • Direção: Corey Yuen
Mesmo nos games, Dead or Alive sempre foi uma marca bastante questionável por conta do seu apelo erótico, que faz com que qualquer aspecto de jogabilidade fique em segundo plano. O filme consegue a façanha de tornar a premissa dos games algo mais desconfortavelmente absurdo, principalmente devido ao malabarismo de roteiro que conseguiu, de alguma forma, se utilizar do Xtreme Beach Volleyball na hora de compor a própria trama.

DOA: Dead or Alive ao menos tem uma visão clara, que é tomar uma forma que faça referência aos exageros clássicos do gênero wuxia, mas sem realmente abraçar a ideia da paródia. É um longa-metragem que se leva a sério demais ao mesmo tempo em que tenta, de maneira paradoxal, incorporar a galhofa que garante aos jogos sua audiência cativa.

Em um comentário paralelo, vale aqui uma menção a Onechanbara: Bikini Samurai Squad e a Onechanbara: The Vortex, adaptações japonesas da marca de mesmo nome cujos games desenvolvidos pela Tamsoft são o puro suco de kusoge (um termo depreciativo para jogos japoneses bem ruins). São filmes com deficiências claras, mas o fato de saber de todas as dubiedades da franquia original — moças voluptuosas de lingerie dilacerando zumbis com suas katanas — e simplesmente abraçá-las na galhofa os torna produções estranhamente fiéis ao material original ao mesmo tempo em que são capazes de entreter de um jeito plenamente duvidoso.

6 – Street Fighter: A Lenda de Chun-Li (2009)

  • Direção: Andrzej Bartkowiak
O Street Fighter de 1994 é ruim, mas ele ao menos remetia à marca da Capcom, tanto que, a essa altura do campeonato, ele é visto mais como um produto tão ruim que dá a volta e é capaz de entreter pelas suas bizarrices do que uma produção realmente atroz. Street Fighter: A Lenda de Chun-Li, por sua vez, é incapaz até disso.

Por algum motivo, tiveram a ideia de produzir um filme de origem voltado especificamente para a personagem. Tudo bem que ela provavelmente é a terceira ou segunda na hierarquia de popularidade da série (uma vez que Ryu é inquestionavelmente o primeiro e ela pode dividir o segundo posto com Ken), mas é como se tivessem feito X-Men Origins e, em vez do Wolverine, usassem a Jean Grey como pontapé inicial da marca. Hoje, certamente falariam que é apenas lacração e esse monte de bobagem que costumam proferir.

Sobre o longa-metragem em si, não basta ele simplesmente fazer o que quer com apenas alguns lapsos que remetem à mitologia da marca: é um filme simplesmente horroroso por si só. É do mesmo diretor do já mencionado Doom, e é aí que a gente percebe que, em Hollywood, o que importa mais é ser da panela do que qualquer outra coisa. Michael Clarke Duncan, que também já se meteu em um monte de furada, aqui faz o Balrog.

5 — Tekken: O Rei do Punho de Ferro (2010)

  • Direção: Dwight H. Little
A forma extremamente livre como o filme de Tekken adapta o material-base lembra bastante Dragon Ball Evolution, uma vez que ele até consegue processar os aspectos referentes à mitologia da marca original, mas decide fazer o que dá na telha com eles, sem se apegar a qualquer coerência possível, resultando em uma espécie de colagem de elementos que, juntos, são bastante disfuncionais.

A história pega o cânone do torneio King of Iron Fist e reduz tudo a um enredo de distopia básica, onde corporações dominam o mundo e o torneio é apenas uma desculpa para lutas insossas em uma adaptação que hoje até se assemelha um pouco ao que Jogos Vorazes faz, mas de um jeito bem mais fajuto e sem toda a carga de tragédia familiar que é característica da marca. Some isso aos personagens que apenas estão lá exercendo presença com caracterizações bem precárias ou cosplays baratos, como Kazama, Kazuya, Heihachi, Nina e Christie, e o que você tem é um produto que parece ter sido produzido depois de uma lida rápida da página da série na Wikipedia. Para piorar, ainda rendeu uma prequel, lançada em 2014. 

 

4 — The King of Fighters: A Batalha Final (2010)

  • Direção: Gordon Chan
Um recado para a comunidade de jogos de luta: a essa altura do campeonato, você só pode considerar a sua série favorita relevante se, por algum acaso, ela recebeu algum desses filmes de qualidade ímpar. Basicamente, dá para montar um panteão com Mortal Kombat, Street Fighter, Tekken e The King of Fighters. Tudo o que já foi dito da adaptação de Tekken acaba se encaixando na de KOF, inclusive a comparação com Dragon Ball Evolution, mas de um jeito ainda mais grotesco. Aliás, embora seja uma lista supostamente ranqueada, essa trilogia dos jogos de luta alcança um padrão de qualidade praticamente igual em seus níveis de ruindade, então são intercambiáveis em suas colocações. 

O mais hilário da adaptação do King of Fighters é que o personagem que supostamente deveria ser o Terry Bogard é interpretado por David Leicht, que construiu uma carreira originalmente como dublê, mas hoje se encontra como um dos principais diretores de ação da indústria, ganhando exposição por assumir a responsabilidade pelas sequências de tiroteio de John Wick e, posteriormente, o controle geral dos competentíssimos Atômica, Trem-Bala e Deadpool 2.

3 — Silent Hill: Revelação 3D (2012)

  • Direção: M.J. Bassett
O primeiro filme baseado em Silent Hill é ruim, mas não é exatamente um desastre digno de figurar na nossa lista. A sequência, Silent Hill Revelação 3D, entretanto, é. Aqui, ele simplesmente ignora por completo qualquer acerto que o antecessor tenha feito e segue por uma rota extremamente superficial e vaga de adaptação que mais se aproxima da que foi implementada na hexalogia de Resident Evil do Paul W. S. Anderson (veja a seguir).

Silent Hill: Revelação é inapto a um nível técnico a ponto de fazer atores consagrados, como Sean Bean (Boromir, de O Senhor dos Anéis), Carrie-Anne Moss (Trinity, de Matrix) e Malcolm McDowell (Alex, de Laranja Mecânica) parecerem verdadeiros amadores em tela. Some isso aos diálogos constrangedoramente expositivos e à interpretação banal do grande diferencial de Silent Hill, que é pegar os medos mais profundos e personificá-los na forma de monstros, e o resultado é uma deturpação mais aberrante do que as monstruosidades retratadas em tela.

Vale também uma menção à direção de efeitos especiais. Visando a própria fatia do bolo naquela euforia injustificada das experiências 3D no começo da década passada, o que se tem aqui é um compilado de situações forçadas e clichês para a técnica, com objetos sendo jogados aleatoriamente pela tela em um CGI que parece ter sido diretamente inspirado pelo Silent Hill 3 do PlayStation 2 (isso em 2012, só para reforçar), game que o filme supostamente toma como principal base de argumento.

2 — Paul W. S. Anderson + Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City (2021)

  • Resident Evil: O Hóspede Maldito (2002); Resident Evil 4: Recomeço (2010); Resident Evil 5: Retribuição; Resident Evil 6: O Capítulo Final (2016 e Monster Hunter (2020) foram dirigidos por Paul W. S. Anderson. 
  • Resident Evil 2: Apocalipse (2004) e Resident Evil 3: Extinção (2007) foram dirigidos, respectivamente, por Alexander Witt e Russell Mulcahy, mas contaram com Anderson no processo de produção.
  • Bem-Vindo a Raccoon City (2021) foi dirigido por Johannes Roberts.
Bem-Vindo a Raccoon City é muito ruim, mas ao menos é possível observar uma espinha dorsal que remete à trama básica dos primeiros jogos e é apenas um único filme cheio de decisões erradas que não teve consequências posteriores (leia-se sequências). Agora, o que o Paul W. S. Anderson alcançou com sua hexalogia supostamente baseada em Resident Evil já é um caso a ser considerado com mais atenção.


Isso mesmo: são seis produções, sendo que a primeira já começa a seguir uma rota esquisita ao decidir abraçar, logo de cara, a parte de ficção científica e conspiratória envolvendo a Umbrella Corporation em vez de ao menos pincelar uma abordagem mais próxima à do horror de sobrevivência — o que é uma ironia, já que o primeiro game da série foi concebido como uma espécie de releitura de um outro jogo baseado em um longa-metragem do gênero, Sweet Home.




A partir daí, as sequências foram simplesmente descarrilando e perdendo cada vez mais quaisquer referências aos jogos cujo nome elas ainda carregavam. O segundo filme (que nem foi dirigido pelo Anderson) até remete um pouco a Resident Evil 2 e 3 no que diz respeito à invasão em Raccoon City, mas depois eles simplesmente foram se perdendo nos próprios delírios. Um ou dois deles nem são tão pavorosos perto dos outros na nossa lista, mas o fato de terem rendido toda uma série de seis longas é suficiente para catapultar o nosso auteur para a segunda colocação.

O problema é que esses trabalhos do Anderson fizeram grana, arrecadando uma média de duzentos milhões de dólares cada frente a orçamentos que variavam entre trinta e sessenta milhões. O resultado positivo muito provavelmente se deu porque eles foram produzidos bem em um momento em que a indústria de cinema começou a explorar ao máximo produções envolvendo zumbis. Com o público fissurado, consumiam qualquer coisa envolvendo os mortos-vivos, por mais questionáveis que elas pudessem ser.


No total, os seis filmes foram responsáveis por arrecadar aproximadamente 1,2 bilhão de dólares, o que acaba justificando a insistência na série mequetrefe protagonizada pela Alice da Milla Jovovich, que, inclusive, é esposa do diretor.

É por isso que a atriz também assume o papel principal em outra bomba do cara: Monster Hunter. Baseada em mais um carro-chefe da Capcom, a adaptação é vítima dos vícios hollywoodianos ao decidir inventar elementos originalmente inexistentes na trama, como transformar a coisa toda em uma espécie de viagem a outra dimensão, embora até apresente certa competência nas sequências de ação. Pelo menos, ele não alcançou o sucesso comercial de Resident Evil, sendo uma das vítimas culturais da pandemia de COVID-19.

Em uma observação final, ele também foi diretor de Mortal Kombat, lançado em 1995, cuja bilheteria expressiva deve ter sido a principal justificativa para credenciá-lo para assumir a direção do primeiro Resident Evil, considerando que os outros foram apenas consequência de uma aparentemente imparável bola de neve. 

1 - Uwe Boll (sim, apenas Uwe Boll)

Fazer um filme ruim acaba acontecendo; afinal, são vários fatores envolvidos. Produzir mais de um, acontece. Uma série? Tudo bem, você é o responsável geral e a qualidade não vai mudar. Agora, ter a oportunidade de trabalhar várias marcas ao longo da carreira, em momentos distintos, e praticamente todos os resultados serem verdadeiras aberrações, só o Uwe Boll.

Para se ter uma ideia, se a posição não fosse basicamente um compilado de vários de seus filmes, eles facilmente ocupariam a lista inteira praticamente sozinhos. Todos são fracassos retumbantes não só de crítica, mas também de bilheteria, um critério que ao menos justificava a existência corriqueira dos Resident Evil do Paul W. S. Anderson. Para se ter uma ideia, eis uma listagem parcial das obras-primas do sujeito:


Trilogia Bloodrayne (2005, 2007, 2011)

Como eu disse no começo deste item, fazer um filme ruim acaba acontecendo. O que não sabemos é como a série vampiresca da Majesco, que até tinha sua audiência cativa, acabou rendendo uma trilogia inteira. O primeiro Bloodrayne até conseguiu reunir um elenco decente, contando com Michael Madsen, Ben Kingsley e Michelle Rodriguez, mas como foi possível terem encarado um prejuízo financeiro absurdo, a recepção negativa do público e crítica e a indicação a seis Framboesas de Ouro e ainda assim terem achado uma boa ideia seguir com a produção de mais dois longas nesse pique?


House of the Dead: O Filme (2005)

Sim, Uwe Boll foi responsável por um filme de House of the Dead. A parte mais hilária é que a franquia da Sega, que gozou de um belo sucesso com as adaptações de Sonic, teve uma nova adaptação cinematográfica anunciada agora em outubro, sendo dirigida por ninguém menos do que o ilustríssimo segundo colocado da nossa lista: Paul W. S. Anderson.

Alone in the Dark: O Despertar do Mal (2005)

É uma subversão ousada do gênero de survival horror ao trazer um Christian Slater fazendo uma locução monótona e constante, sequências de ação com tiros em câmera lenta, diálogos bregas e dignos de um videogame do começo dos anos 2000 e uma trilha sonora agressivíssima que contrasta com os supostos momentos de suspense do filme. Esse daí recebeu uma sequência em 2010, sendo que Boll ficou distante, trabalhando apenas na supervisão como produtor. Por incrível que pareça, foi melhor recebido do que o primeiro.

In the Name of the King: A Dungeon Siege Tale (2007)

Embora longe dos holofotes hoje, Dungeon Siege foi um baita RPG de progressão única, que não era exatamente de mundo aberto, mas contava com um mapa de sequência direta, sem divisão por fases, lembrando um pouco o que Dark Souls faz com o conceito dos acampamentos.

Dito isso, é impressionante que o título tenha recebido uma adaptação intitulada In The Name of the King: A Dungeon Siege Tale, protagonizada por ninguém menos que o ator que hoje é a sensação dos filmes de tiozão modernos, Jason Statham, além de participações de Ron Perlman, Matthew Lillard e Ray Liotta. Tal como Bloodrayne, não se sabe como ainda chegou a render mais duas sequências, fechando uma trilogia.

Postal: Salve-Se Quem Puder! (2007)

Os jogos de Postal sempre foram um produto de nicho cujo gosto é bem questionável. Agora, imagina quando nosso ilustríssimo diretor se torna o responsável pela adaptação em filme — que, por algum motivo inexplicável, foi primeiramente cogitado para tal mérito. Ironicamente, Salve-se Quem Puder, como ele foi lançado no Brasil, é considerado o menos ruim dentre todas as adaptações tocadas por Boll, mas seria um erro deixar essa obra do mestre de fora da lista. 

Far Cry: Fugindo do Inferno (2008)

Esta é a prova cabal de que Far Cry só foi se tornar uma marca realmente popular e importante para a Ubisoft a partir do terceiro jogo, aquele antagonizado pelo Vaas Montenegro. Nunca que a empresa ia ceder os direitos desta propriedade intelectual para uma produção de um nível tão baixo assim — e olha que Assassin’s Creed também passou por um problema parecido, mas ao menos teve uma produção de respeito e, mesmo no produto final, não chega nem perto da precariedade deste aqui.


Revisão: Davi Sousa

É jornalista formado pelo Mackenzie e pós-graduado em teoria da comunicação (como se isso significasse alguma coisa) pela Cásper Líbero. Tem um blog particular onde escreve um monte de groselha e também é autor de Comunicação Eletrônica, (mais um) livro que aborda história dos games, mas sob a perspectiva da cultura e da comunicação.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.