Durante a Brasil Game Show 2024, tivemos a oportunidade de experimentar Path of Exile 2, sequência do RPG de ação lançado originalmente em 2013. Com previsão de chegar em Acesso Antecipado ao Steam, Xbox Series X|S e PlayStation em 15 de novembro, esta sequência promete expandir a ação visceral de seu antecessor.
O que esperar da jogabilidade?
O teste de 30 minutos começou com a escolha de personagem — bastante limitada, ressalto, por se tratar de uma versão demo do jogo. Por preferência, minha opção foi jogar com Patrulheira (Ranger), que eu lembro ter sido minha opção quando tentei jogar o Path of Exile original mais de dez anos atrás.
Enquanto eu vagava a área inicial e destruía alguns inimigos, não senti muita diferença em termos de controles ao optar jogar com mouse (movimentação) e teclado (ativação de habilidades, itens e abertura rápida de menus). No entanto, Path of Exile 2 traz algumas mudanças neste âmbito, permitindo também movimentação de personagem com as teclas WASD — uma opção herdada de FPS — e o uso de controles.
O cerne de Path of Exile 2 continua sendo a ação frenética, com poucos momentos de descanso nas desoladas terras do continente de Wraeclast. A primeira vila que visitamos nos apresenta alguns NPCs com os quais podemos interagir, aceitar missões e comprar e vender itens; infelizmente, não fiquei muito empolgada com a impressão de que a história se desenrolará majoritariamente por meio de quests, já que esta não é uma característica que me agrada em RPGs.
Talvez a parte mais interessante dos combates, na minha curta sessão de 30 minutos, foi finalmente ter acesso a uma rolagem evasiva, algo que não existia no título original; antes, me lembro de apenas bater e correr, mesmo com uma personagem capaz de atacar a distância. Porém, a maior promessa deste sucessor é a possibilidade de até seis pessoas jogarem em modo co-op — inclusive, quando cheguei ao estande, duas pessoas estavam testando juntas uma versão do jogo para consoles.
Interface mais polida e gráficos melhorados
A principal diferença para mim foi a possibilidade de jogar desde o início com uma localização em português brasileiro; lembro que, quando experimentei o antecessor, precisava jogar em inglês. Este é um ponto particularmente positivo, já que um RPG de ação no nosso idioma nativo tem muito mais chances de atingir um público.
Visualmente falando, Path of Exile 2 está bem mais bonito, com gráficos mais polidos e que realçam os diversos elementos que compõem os cenários; mesmo que as áreas que eu tenha explorado fossem bem escuras, não foi difícil identificar os inimigos ou encontrar o caminho que eu precisava seguir. Também achei a navegação pelos menus muito mais facilitada, especialmente o inventário.
Claro, há muitas mecânicas adicionais, especialmente em relação às gemas de habilidades, mas, infelizmente, dado o curto período de teste, ou eu testava o jogo ou eu estudava os tutoriais. Por falar nestes, senti falta de uma maneira mais rápida de acessá-lo in-game.
Agora uma boa notícia: mesmo com o upgrade gráfico significativo, Path of Exile não parece ser um jogo muito exigente para PCs mais modestos, de acordo com as especificações listadas no Steam. Porém, por se tratar de um MMO, é necessária uma boa conexão à internet banda larga.
30 minutos não foram o suficiente
Eu realmente queria ter trazido mais informações sobre Path of Exile 2, mas, como comentei, cada sessão de testes na Brasil Game Show 2024 durava apenas 30 minutos. Além disso, ao fim desse período, o jogo retornava automaticamente à tela de seleção de personagens, não sendo possível, por exemplo, voltar para a fila para continuar a jogatina de onde parei.
Porém, pelo pouco que pude experimentar, a continuação de Path of Exile tem de tudo para expandir o universo criado pelo ARPG que, à época, arrancou elogios de diversas mídias especializadas. A impressão que fica é que a desenvolvedora, Grinding Gear Games, juntou todas as principais características de títulos mais recentes (especialmente Diablo) para melhorar uma criação única que tem ainda mais chances de se destacar no cenário de MMORPG free-to-play.
Se a demo disponibilizada para testes na BGS já era promissora, fãs do gênero só têm a ganhar com o lançamento final.
Fotos: Daniel Morbi