Impressões: Call of Duty: Black Ops 6 promete ser o título mais rápido e frenético da franquia

Beta fechado trouxe um gostinho do que espera o público em um dos CODs mais aguardados dos últimos anos

em 05/09/2024

Mais um ano, mais um novo Call of Duty. A regra se mantém e chegou a vez da Treyarch com o lançamento do sexto jogo da sua série mais amada. Black Ops 6, que  teve um ciclo de produção de quatro anos, consideravelmente longo para o padrão da Activision, tem uma série de elementos que atraem os olhares de antigos e novos jogadores, como o esperado modo Zombies, a nova movimentação Omnimovement e a chegada ao Game Pass.

E esse tal Omnimovement?



Talvez a maior novidade do jogo seja o sistema de movimentação chamado de Omnimovement. Boa parte do marketing do jogo tem se direcionado a essa mecânica. Basicamente, é a possibilidade de correr em diferentes direções, seja lateralmente ou até mesmo para trás, diferente do padrão de correr para frente e levemente se direcionar para as laterais.

Além disso, é possível mergulhar em qualquer uma dessas direções, o que torna o personagem uma versão em primeira pessoa do Max Payne. Sinceramente, parece até tarde para adicionar algo como o Omnimovement, visto a velocidade e complexidade de movimento que CoD exige. A mecânica caiu como uma luva e tornou tudo mais intuitivo. Um inimigo está dentro de um quarto atrás de uma porta? Você pode correr e mergulhar, enquanto gira a mira em pleno ar e atira nas costas do sujeito que estava se escondendo. Uma granada foi jogada em sua direção? É só se jogar para trás e preparar a mira para o combate. 




Além desse sistema, algo que pode ser um grande incômodo para os novatos é a velocidade. A movimentação está dinâmica mas também mais veloz; a escorregada, que, assim com o mergulho, agora vai para qualquer direção, está com a velocidade inicial bem alta e a taxa de recuperação bem curta. Isso traz uma freneticidade para as partidas que me lembra um pouco o saudoso Black Ops II e me agrada bastante. Entretanto, o caos que isso gera pode dificultar a vida daqueles mais lentos que estão começando a melhorar suas reações.

Mapas e modos



A beta fechada começou com os mapas Derelict e Skyline, adicionando novos mapas a cada dia. Até o fim da beta aberta é esperado que oito mapas tenham sido colocados na rotação, além de seis modos diferentes de jogo. Pude testar alguns dos mapas e modos e as impressões iniciais são mistas. Skyline é um ótimo mapa que me lembra a estética e loucura da antiga Hijacked, mas Derelict é apenas um grande corredor com trens no caminho.

O maior problema dos mapas está dividido entre design e estrutura do local de reaparecimento dos jogadores. A própria Derelict sempre acaba com algum time camperando o respawn dos jogadores e te matando assim que nasce. Um problema que poderia ser resolvido com mais área de respiro para os renascimentos. Esse problema se alia à alta velocidade, que cria um verdadeiro caos em mapas menores, com tiros e inimigos vindo de todas as direções, sem um fluxo mais conciso da batalha.

Os modos, em sua maioria, eram compostos de clássicos como Mata-mata em Equipe e Dominação, mas algumas novas adições também estavam disponíveis. Uma delas é a Kill Order, na qual um jogador aleatório se torna o alvo prioritário e deve ser eliminado, gerando pontos bônus, enquanto o escolhido do seu time deve ser protegido. É interessante ver os devs trazendo novas ideias para a fórmula, mas o modo não me agradou tanto.

Balanceamento a caminho



Um dos pontos que mais me afastam do Warzone é o seu sistema de armas e como as mais novas dos passes são geralmente as mais eficientes, tornando armas antigas quase obsoletas. A seleção inicial que tivemos acesso na beta do BO6 me agradou bastante. Todas elas parecem letais o suficiente para não serem esquecidas, mas uma em específico se destacou durante todo o período de teste.

A PDW Jackal é uma submetralhadora que já vinha sendo falada desde a CoD Next e só teve os rumores confirmados: o equipamento é letal, até demais, na verdade. 90% das partidas estavam infestadas com a arma. E não é para pouco: com os equipamentos corretos, ela ganha um alcance considerável, tem quase nenhum recuo e uma cadência assustadora. Com certeza o nerf dela será uma das primeiras ações de balanceamento da Treyarch.




Mesmo assim, a M4 está mais forte do que nunca, snipers matam com um tiro até no pé e as espingardas estão tão nojentas quanto sempre foram. Fiquei animado para ver o restante do arsenal com o lançamento final, mas espero que eles mantenham um sistema em que grande parte das armas sejam de fato eficientes e não apenas algumas seletas para vender passe de batalha.

O sistema de killstreak e perks se mantém bem similar aos antigos Black Ops, mas algumas mudanças pequenas trazem um ar de novidade para os sistemas. Agora, quando equipamos três perks de cores iguais, temos acesso a um quarto extra, algo que combina com a ideia de montar uma build específica. Eu mesmo fiquei em uma para ganhar os streaks mais rápidos. 

Por falar neles, talvez seja o sistema mais básico até agora. Alguns killstreaks estão mais caros que antes, como Vant e Vant-R, mas curiosamente, o maior problema está nos mais caros. O helicóptero de apoio, penúltimo da lista, mal serve para atacar, dificilmente matando algum inimigo e servindo mais como distração. Se a Treyarch quer que esse sistema funcione como antigamente, é melhor começar a mexer nas coisas.

Corre e atira


Obviamente o núcleo de gameplay da franquia se mantém intacto em Black Ops 6, para desespero dos críticos e alegria de uma parte dos fãs. A mudança com o Omnimovent pode trazer impactos positivos e negativos para a Activision, talvez pelo novo padrão de movimento para todo lançamento de COD daqui para frente, ou afundará com o fim da era atual, mas acredito que BO6 tem um pacote interessante nas mãos e pode trazer antigos jogadores de volta. Ainda resta saber a qualidade final do modo Zombies e da campanha, que também prometem trazer a glória do passado aos campos de batalha.

A beta aberta do Black Ops 6 começa nesta sexta-feira (06) para todos os jogadores e vai até a segunda-feira (09) com oito mapas, seis modos de jogo e uma seleção limitada de killstreaks, perks e armas.

Revisão: Vitor Tibério

Redator publicitário em tempo integral e amante de games nas horas vagas. Provavelmente aprendi a segurar um controle mais rápido do que uma mamadeira. Cresci com os maiores clássicos da Big N como Zelda, Mario e Pokémon. Hoje aproveito os pequenos momentos de descanso da vida corrida para me perder em Hyrule, em uma Tóquio pós-apocalíptica ou em um mundo de encanadores e cogumelos.
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