Análise: FAIRY TAIL: Beach Volleyball Havoc coloca os personagens da série em partidas de vôlei bem limitadas

Focado apenas em uma simples experiência arcade, o game se mostra bem limitado e não traz um conteúdo tão interessante.

em 20/09/2024

Produzido pela tiny cactus studio, MASUDATARO e veryOK e publicado pela Kodansha, FAIRY TAIL: Beach Volleyball Havoc é um jogo arcade que traz os personagens da série Fairy Tail para disputas de partidas de vôlei de praia no modo 2x2. Apesar de ter o modo single player, o game é focado em partidas com amigos do lado, permitindo que até quatro jogadores participem da divertida bagunça que são as disputas. No entanto, a jogabilidade simples e a falta de diferentes modos de jogo trazem uma limitação gritante à experiência dos jogadores.

Pé na areia e caos mágico

FAIRY TAIL: Beach Volleyball Havoc é um jogo arcade de vôlei de praia que tem como diferencial a adição de elementos da série animada para trazer caos e diversão às partidas. Ele possui apenas um modo de jogo, no qual escolhemos os personagens para as disputas 2x2 nas quais o vencedor é decidido por quem colocar quatro bolas no campo adversário. A princípio, há poucos personagens disponíveis, mas a cada partida disputada novos vão sendo desbloqueados, chegando ao total de 32 participantes.

A temática praiana é explorada principalmente nos visuais dos personagens, os quais estão trajados com roupas de banho na única arena disponível para as partidas. Apesar da pouca variedade, vale destacar que visualmente o jogo é belíssimo, com personagens e cenários feitos em pixel art e a grande quantidade de efeitos visuais dos poderes de cada um.




A jogabilidade simples é um dos pontos centrais do jogo: com apenas três botões e o analógico, realizamos todas as ações disponíveis. Por um lado, isso é bom para deixar o jogo amigável para jogadores de qualquer nível. Por outro, isso pode afastar quem procura algo mais desafiador. Pela minha experiência, acredito que Beach Volleyball Havoc foi feito para jogadores casuais, funcionando como se fosse um party game.

A experiência solo deixa muito a desejar: as partidas se tornam meio robóticas, pois controlamos apenas um personagem e os outros passam a fazer movimentos previsíveis e os adversários fazem defesas perfeitas em praticamente 100% das vezes. No modo multiplayer, a coisa começa a andar e fica mais divertida, pois há o fator humano que traz um ar de imprevisibilidade.



Conteúdo completamente raso

A falta de diversidade no conteúdo foi um dos fatores que mais me deixou desanimado com FAIRY TAIL: Beach Volleyball Havoc. No geral, todas as partidas pareciam iguais, tendo como principal variável os poderes únicos de cada um dos personagens. A disputa funciona como um jogo de vôlei de praia tradicional, com dois times de duas pessoas tendo que impedir que a bola do adversário atinja o chão.

Cada defesa realizada faz com que cristais caiam no chão e, assim que os pegamos, enchemos uma barra de especial que executa um ataque mágico. Como eu disse anteriormente, cada personagem possui um ataque único que pode ser uma bola de fogo, de gelo ou um corte super rápido. Porém, após cada ponto, uma roleta de magia é acionada e cada um dos times ganha uma magia aleatória que pode ser atribuída a um dos integrantes do time.




Esse é o máximo de complexidade e imprevisibilidade que o jogo pode trazer, visto que todas as magias podem ser combinadas entre si, trazendo efeitos únicos para atrapalhar os rivais. No mais, Beach Volleyball Havoc é apenas mais um jogo comum de vôlei que aproveita de uma IP famosa para chamar mais atenção. O jogo não tem nada que o deixe muito atrativo, além da bagunça que podemos fazer com os amigos. Todas as partidas seguem esse mesmo roteiro que descrevi: saque, ataque, defesa e magia. 

Nada de muito especial

FAIRY TAIL: Beach Volleyball Havoc peca, principalmente, em não oferecer um conteúdo mais robusto aos jogadores. Ter apenas o modo de jogo de partida rápida e a falta de uma maior profundidade em suas mecânicas certamente o deixarão no campo mais casual dos jogos. Mas mesmo assim, ele é muito simples até para esse tipo de jogo. Nem mesmo a IP de Fairy Tail é bem explorada, pois só temos os personagens em roupas de banho e magias temáticas.

Isso deixa o modo single player totalmente desinteressante, pois as partidas se tornam repetitivas rapidamente e ele deixa de ser divertido. Com pelo menos um amigo do lado a coisa muda um pouco de figura, pois a dinâmica da partida fica menos robótica e mais emocionante. Tendo além disso um preço baixo, R$18,80 no momento em que escrevo essa análise, acredito que ele possa valer a pena apenas se você tiver um irmão ou amigo para jogar com frequência.



Prós

  • Os visuais são lindos, principalmente pelos efeitos visuais dos poderes;
  • O multiplayer local melhora muito a experiência;
  • A jogabilidade simples o deixa acessível para todos os públicos.

Contras

  • A limitação de mecânicas deixa o modo single player tedioso rapidamente;
  • Há pouca variedade de conteúdo;
  • A IP de Fairy Tail é pouco explorada;
  • Apesar de acessível, a jogabilidade é um limitador para quem procura um jogo mais robusto.
FAIRY TAIL: Beach Volleyball Havoc — PC — Nota: 5.0
Revisão: Juliana Piombo dos Santos
Análise feita com cópia digital cedida pela Kodansha


É engenheiro geólogo, graduando em Engenharia Ambiental, entusiasta de novas tecnologias e apenas mais um mineiro que não vive sem café e pão de queijo. Gosta de aproveitar o tempo apreciando RPGs, relaxando em simuladores de fazenda e curtindo uma boa música em jogos de ritmo.
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