Visions of Mana marca o retorno da série Mana com um novo título principal após 15 anos. O RPG de ação promete modernizar a franquia com combates ágeis e cenários amplos, sem deixar de lado o seu legado, como o tradicional menu em anel e os temas narrativos. Com atmosfera de fantasia colorida e vibrante e muitas ideias notáveis, Visions parece ter qualidades para ser um dos pontos altos da série. Com base nas informações disponíveis nos materiais de divulgação, compilamos a seguir o que podemos esperar do jogo.
Em uma jornada para restaurar o equilíbrio do mundo
A série Mana nasceu como um spin-off de Final Fantasy e tem como principais características o combate de ação ágil, um cenário de fantasia marcante e personagens cativantes. Nos últimos anos, apesar da popularidade, o foco foi o lançamento de remakes e remasterizações, sendo Visions a primeira entrada principal inédita desde Dawn of Mana, lançado em 2006. O jogo conta com veteranos da franquia em sua produção, como o produtor Masaru Oyamada, o compositor Hiroki Kikuta e o ilustrador HACCAN.
A trama se concentra na clássica jornada para salvar o mundo. A cada quatro anos, uma fada visita as cidades em busca de “Alms”, pessoas que recebem a tarefa de oferecer a própria alma para restaurar o poder da Árvore de Mana. Apesar de parecer um destino cruel, ser escolhido é considerado uma grande honra e todos desejam receber essa graça.
Na vila de Tianeea, a jovem Hinna é designada como a Alm do Fogo e agora precisará peregrinar até o local de repouso da árvore para cumprir o seu propósito. Ela é acompanhada pelo espadachim Val, seu amigo de infância que tem como dever protegê-la de todos os perigos. Pelo caminho, a dupla conhece outros personagens pitorescos em uma jornada que explora questões como destino, companheirismo e o papel do poder de mana no mundo.
Desbravando um universo de pura fantasia
Visions of Mana tem a intenção de ser uma das aventuras mais expansivas da série. A jornada se desenrola em um mundo semiaberto: a progressão é linear, mas as áreas são vastas e repletas de pontos de interesse e atividades. Há muito o que fazer, como completar missões paralelas, encontrar Lil Cactus escondidos e coletar itens raros (como Grizzly Syrup). A intenção é explorar todos os cantos e, para atravessar com maior velocidade os imensos cenários, os herois podem cavalgar em criaturas chamadas Pikuls.
Pelo caminho, Val e seus companheiros enfrentam monstros em combate em tempo real. Além de ataques fracos e fortes, os heróis são capazes de desferir técnicas especiais e feitiços diversos. O ritmo é acelerado, com direito a combos ágeis e sequências de golpes aéreos — com um pouco de perícia, os inimigos ficam indefesos no ar. O tradicional menu em anel está presente no combate, mas atalhos tornam mais ágil acessar técnicas e itens.
Até três personagens participam dos embates, cada qual com um estilo de luta único: Val é um espadachim versado em ataques ágeis, Careena é capaz de lançar feitiços poderosos, já a rainha Palamena consegue golpear a meia distância com seu chicote mágico. Controlamos diretamente um único herói e os demais agem de acordo com estratégias pré-determinadas, mas é possível alternar entre eles com o toque de um botão. Fora isso, há outros personagens que ajudam nos embates por conta própria.
A variedade que vem dos poderes elementais
Os espíritos elementais estão de volta em Visions of Mana, oferecendo habilidades diversas em todos os campos do jogo. Para utilizá-los, primeiro é necessário encontrar os Spirit Vessels, artefatos que canalizam a energia dessas entidades.
Na exploração, cada poder elemental tem um uso único que permite manipular os ambientes para resolver pequenos puzzles de navegação. O espírito de vento Sylphid cria correntes de ar para alcançar locais altos ou distantes; a pá de Golem permite controlar gigantes de pedra que destroem paredes e estruturas, revelando novos caminhos; o poder de Luna manipula o tempo, paralisando perigos ou diminuindo a velocidade de objetos. Essas técnicas só podem ser ativadas em locais específicos e nem sempre temos em mãos o espírito necessário, o que incentiva revisitar os cenários.
Outro uso dos Spirit Vessels está no combate: os espíritos são capazes de alterar a classe dos herois. Por exemplo, Val se torna um Rune Knight ao equipar o Vessel de vento, um Berserker com o elemento de sombras ou um Weapon Master ao se associar com o artefato de terra. Além de alterar os atributos e equipamentos básicos, a mudança de estilo traz consigo técnicas elementais exclusivas, transformando completamente o estilo de jogo. Experimentar vai ser essencial, pois os inimigos têm fraquezas a golpes específicos.
Fora isso, os Spirit Vessels oferecem opções de customização dos heróis por meio do sistema de Elemental Plots. Cada elemental possibilita liberar habilidades passivas interessantes, como permitir que diferentes classes usem novos equipamentos, ou então ativar efeitos diversos em combate, como aumentar a taxa de esquiva. Um detalhe importante é que os pontos para investir nos Elemental Plots são obtidos por meio de itens escondidos nos cenários, sendo mais um incentivo para explorar detalhadamente cada área.
Um retorno que promete
Visions of Mana traz uma nova e promissora adição à série Mana após uma longa espera, combinando elementos clássicos com inovações modernas. O jogo promete oferecer um vasto mundo semiaberto cheio de atividades, um sistema de combate ágil e dinâmico e uso interessante dos espíritos elementais por meio dos Spirit Vessels. Com uma equipe de veteranos da franquia e uma atmosfera vibrante, Visions of Mana tem todos os elementos para ser um marco na série e proporcionar uma experiência memorável.
Visions of Mana — PC/PS4/PS5/XBO/XSX
Desenvolvimento: Square Enix/Ouka Studios
Gênero: RPG de ação
Lançamento: 29 de agosto de 2024
Revisão: Ives Boitano