Para quem curte jogar no celular, já virou rotina ter que aturar aqueles anúncios interativos, que por vezes conseguem ser mais interessantes e bem trabalhados do que os próprios jogos. VOCÊ QUER "AQUELES JOGOS", NÉ? ENTÃO TOMA! AGORA MOSTRE COMO SE FAZ! 2 traz cinco desses minigames para que nós possamos aproveitar tudo de uma vez, sem cair na armadilha mobile de baixar vários aplicativos que levam a outros, e assim por diante.
Testando seu Q.I.
A pegada de AQUELES JOGOS 2 — vou nomear assim para encurtar — são os desafios curtos e simples, daqueles que te fazem perder horas que parecem minutos. Ao todo são 250 fases diferentes, nas quais nossa pontuação pode render até três estrelas. Os minigames presentes são:
Tiro com recuo: Nosso boneco precisa acertar um ou mais alvos com o menor número de tiros o possível. As balas ricocheteiam, então é necessário tomar cuidado para não ser pego pelo próprio tiro na volta. Contém 100 fases ao todo;
Desenhar e Proteger: Temos que proteger um gatinho utilizando apenas um traço ou dois. A criatividade do jogador é posta a prova, pois o felino deve resistir alguns segundos ao ataque de morcegos para que o triunfo seja validado. Novos desafios surgem ao avançarmos pelas fases, como chão de lava e bombas. Contém 50 fases ao todo;
Puxe o Pino 2: O rei e a rainha precisam de ajuda para guiar brasas para sua lareira, ou água para matar a sede. Escolha e retire os pinos certos para que o caminho seja liberado e o casal real consiga resolver seu problema. Contém 50 fases ao todo;
Masmorra Numeral: Um cavaleiro teve sua namorada capturada e agora precisa superar diversos desafios matemáticos para salvá-la. Temos que escolher a rota da nossa jornada a partir de adições, subtrações, multiplicações e divisões. Nem sempre é possível passar por todos os monstros que estão pelo caminho e deixar o herói muito forte, por isso é fundamental ser bom de contas e ter decisões rápidas, pois o tempo de conclusão influencia na pontuação. Contém 25 fases ao todo;
Pergaminho Fascinante: Esse é o mais simples de todos. Controlamos uma garota que dispara flechas enquanto corre em linha reta. Ela precisa acertar os alvos pelo caminho para ficar mais forte e eliminar perigos cada vez maiores até chegar ao final da trilha. Infelizmente, o mais fraco da seleção. Contém 25 fases ao todo.
Independente da nossa pontuação, sempre ganhamos pontos de Q.I., que liberam mais fases. Além disso, esses pontos são compartilhados entre todos os jogos, então podemos focar em apenas um para liberar mais desafios em todos os outros, os quais podemos acessar em qualquer ordem uma vez que estejam disponíveis.
Isso é algo positivo, pois agiliza o processo para os mais ansiosos (assim como eu) que gostam de completar algumas das fases mais difíceis para depois ir voltando para as mais fáceis. Entretanto, mesmo com duas centenas e meia de estágios, que até são rápidos de serem finalizados, é inevitável a sensação de repetitividade e cansaço depois de algumas horas de jogo.
Da tela para o controle
A maior diferença em AQUELES JOGOS 2, para o bem e para o mal, é como controlar cada jogo, pois deixamos a tela de toque de lado para contar com todos os botões de um controle. No fim, só utilizamos o analógico/direcional e um botão para confirmar ações, dependendo do jogo.
A melhor adaptação sem sombra de dúvidas foi a do Tiro com Recuo, pois só precisamos mirar e atirar, com toda a calma do mundo. Entretanto nos outros jogos a coisa ficou um pouco mais falha.
Em Puxe o Pino 2, a escolha do pino a ser puxado não é livre, como se escolhêssemos com o dedo, e sim temos que ir de pino em pino até chegar ao que queremos mover. Uma vez que tiramos o primeiro, o tempo começa a correr e a confusão de querer ir para o próximo influencia no nosso desempenho.
Tanto Masmorra Numeral quanto Pergaminho Fascinante às vezes parecem engasgar para ir na direção que queremos. Além disso, a câmera no primeiro jogo, por mais que dê um ângulo de visão legal, não ajuda a compreender para onde vamos, já que ela fica na diagonal. Felizmente isso pode ser mudado. Já no segundo, nas fases mais avançadas temos que trocar de pista rapidamente e parece que nem sempre o direcional acompanha o nosso raciocínio.
O caso que mais chega a irritar é o de Desenhar e Proteger. Ele é o único no qual podemos movimentar o analógico como se fosse o dedo em uma tela, mas por muitas vezes o nosso rabisco sai impreciso, começando e terminando fora do ponto que queremos. Como o tempo começa assim que iniciamos o traçado, este foi o minigame que mais vai fazer o jogador repetir fases para conseguir as três estrelas douradas.
Você realmente queria esses jogos, certo?
VOCÊ QUER "AQUELES JOGOS", NÉ? ENTÃO TOMA! AGORA MOSTRE COMO SE FAZ! 2 até que é uma boa ideia para um compilado,e não por nada que já está em sua segunda edição. Não há um primor visual ou sonoro, já que o foco está em jogos mais dinâmicos, mas o charme simplista do mobile funciona bem aqui. Ainda assim, seria bom dar uma refinada nos controles, que acabam se tornando as estrelas principais desses minigames.
Prós
- Dos cinco jogos selecionados, quatro se destacam muito bem;
- 250 fases, com desafios variados e rápidos de serem cumpridos.
Contras
- Longas sessões podem causar uma sensação de cansaço e repetitividade;
- Os controles podem deixar a desejar em diversos momentos, e isso compromete nossa pontuação;
- Pergaminho fascinante é bem fraco comparado aos demais minigames.
VOCÊ QUER "AQUELES JOGOS", NÉ? ENTÃO TOMA! AGORA MOSTRE COMO SE FAZ! 2 — PC/PS4/PS5/Switch/XBO/XSX — Nota: 6.5Versão utilizada para análise: PS4
Revisão: Juliana Piombo dos Santos
Análise feita com cópia digital cedida pela D3 Publisher