Dia Mundial do Rock: confira 10 trilhas sonoras para explodir seus alto-falantes

De aberturas e encerramentos até álbuns completos, o Rock’n Roll sempre está presente nos videogames.

em 13/07/2024
A data de 13 de julho é conhecida ao redor do mundo como o Dia Mundial do Rock, e como matéria especial para homenagear este gênero musical, separei para vocês algumas canções e trilhas sonoras originais de jogos que bebem fortemente do Rock e suas vertentes. 

Escolhi algumas aberturas, temas e encerramentos que não ficam devendo em nada para os clássicos do estilo e que valem a pena conhecer.

Dessa vez foquei em trabalhos originais para os jogos, então vou deixar de fora alguns clássicos como Guitar Hero, Rock Band, Brutal Legend e Tony Hawk’s Pro Skater, que só têm coisa boa, mas com músicas que já eram famosas. Vamos lá!

10 – Mega Man X — Spark Mandrill

A série X do Mega Man inovou em milhares de quesitos, desde a jogabilidade até os visuais. Se os jogos originais já continham trilhas icônicas, era de se esperar que X seguiria a mesma linha, mas com uma certa maturidade e complexidade, graças aos recursos da geração 16-bits.

Todos os jogos da saga Mega Man X têm canções mais voltadas para o rock, mas se for para citar a mais rock de todas, o prêmio fica com o tema de Spark Mandrill, que consegue ficar acima até mesmo da icônica trilha de Storm Eagle. O tanto de remix e versões encontradas na internet só mostra o quanto ela se mantém influente e favorita entre os jogadores mesmo depois de mais de 30 anos.

9 – BlazBlue: Calamity Trigger — Black Onslaught

Daisuke Ishiwatari é uma mente conhecida pelos fãs de jogos de luta. Após criar Guilty Gear, ele desenvolveu BlazBlue, que tem uma história um pouco confusa, mas trilha sonora única e bastante reconhecível. Mesmo com uma gama de ritmos mais variados, quando comparadas com seu irmão mais velho, as melodias pesadas de BlazBlue se destacam, principalmente as de Ragna the Bloodedge, que é o protagonista da franquia.

Se seu tema Rebellion já canaliza toda a fúria que ele tem, e é uma das minhas favoritas particulares, Black Onslaught eleva isso ao extremo com Ragna em sua forma Unlimited (que é um termo mais chique para surtado).


Uma curiosidade é que há duas versões de Black Onslaught. A primeira conta com vocais de Jun’ya Motomura, que trouxe um tom gutural. Nas versões seguintes quem canta é Greg Reynard, que manteve a pegada Heavy Metal, mas deixou a letra mais compreensível.

8 – Team Sonic Racing — Green Light Ride

O compositor Jun Senoue é um grande conhecido dos gamers pelo seu trabalho com trilhas sonoras dos jogos Sonic Adventure 1 e 2, Sonic Generations. Muito além de músicas ambientais agitadas, Senoue é um dos líderes da Banda Crush 40, responsável por ótimas canções, como Live and Learn, What I’m Made of… e Open Your Heart.

Para essa lista eu preferi escolher Green Light Ride, tema de abertura de Team Sonic Racing. Por mais que o jogo não seja o meu favorito do ouriço, essa canção traz toda a energia que uma corrida precisa, com um baita solo de guitarra e ótimos vocais de Johnny Gioeli.

7 – Metal Gear Rising: Revengeance — It Has To Be This Way

Metal Gear Rising: Revengeance trocou o foco das mecânicas stealth para o desenfreado hack’n slash, com uma dose cavalar de ação. Então para embalar, as músicas que acompanhavam as fases e lutas contra chefes se tornaram bem mais pesadas, e até ganharam versões com vocais.

Entre as muitas que se destacam, It Has To Be This Way é o tema escolhido para a luta final entre Raiden e o senador Steven Armstrong. Com uma letra que praticamente ilustra os eventos derradeiros, a canção é o acompanhamento perfeito para a derrocada de um político corrupto na base do corte seco de um ciborgue.

6 – Killer Instinct (2013) — The Instinct

Mick Gordon já é uma referência quando se trata de trilhas sonoras pesadas. O retorno de Killer Instinct em 2013 teve uma cara única graças às suas composições que mesclavam riffs poderosos com elementos sonoros mais incomuns, como cantos guturais próprios de monges.

Mesmo com diversas trilhas excepcionais, como minhas favoritas Hinnamatoom e Type-03, temas de Chief Thunder e Fulgore, respectivamente, escolhi para a lista a música tema de KI, pois ela é um remake exato do tema do Killer Instinct de 1994, mas com um peso que mostra o tom que o jogo moderno traria.

5 – Final Fantasy X — Otherworld

Para quem está acostumado com os temas orquestrais de Final Fantasy, realmente teve uma surpresa com a abertura pesada do décimo capítulo da saga. Otherworld é uma pedrada forte que serve tanto para introduzir os jogadores à história de Tidus, quanto como encerramento para o confronto final contra o Aeon Final.

Otherworld foi composta pelo mago das composições fantásticas Nobuo Uematsu, que também conta com os vocais do cantor Bill Muir. Apesar da combinação inusitada, esta não havia sido a primeira vez que Uemastu se aliou a alguém do rock para criar algo diferenciado.

4 – Metal: Hellsinger — No Tomorrow

Se Doom e Guitar Hero fossem batidos em um liquidificador, o resultado seria Metal: Hellsinger. Este FPS nos coloca de frente com criaturas apocalípticas em uma ação ritmada por heavy metal de melhor qualidade. Por mais que sua execução tenha algumas falhas, a trilha sonora conta com nomes de peso, como Matt Heafy (Trivium), Randy Blythe (Lamb of God) e Alissa White Gluz (Arch Enemy).

Entretanto, o destaque maior fica com o hino da batalha final contra o chefão Red Judge. No Tomorrow traz nos vocais Serj Tankian, do System of a Down, em uma canção épica que consegue ser mais empolgante que a batalha em si e com certeza nos deixa desejando que essa música fizesse parte do setlist da banda. 

3 – DOOM (1993 e 2016) 

Desde 1993, DOOM sempre foi um ícone de trilhas sonoras voltadas para o Rock’n Roll. Até hoje At Doom's Gate é referenciado como um dos principais temas de abertura de jogos em geral. O trabalho que Bobby Prince baseou seu trabalho icônico em bandas clássicas dos anos 1990, como Alice In Chains e Pantera.


Quando a franquia foi trazida de volta em 2016, Mick Gordon foi o incumbido de reviver o legado das trilhas frenéticas que embalariam os combates demoníacos. O resultado foi tão satisfatório, que Gordon retornou na sequência DOOM Eternal, lançado em 2020.

Para não ser injusto com nenhuma versão, deixarei a trilha sonora completa das duas versões aqui para vocês curtirem.

2 – Blue Dragon — Eternity

Blue Dragon é uma gema perdida dos RPGs japoneses. O título, lançado exclusivamente para Xbox 360 em 2006, é baseado em uma história criada por Hironobu Sakaguchi, uma das mentes que deu vida ao universo de Final Fantasy. Além disso, os conceitos visuais foram feitos por ninguém menos que Akira Toriyama, o pai de Dragon Ball.

Entretanto, os headbangers de plantão se atentaram ao tema Eternity. Lembram que eu disse acima que Nobuo Uematsu já havia trabalhado com outros roqueiros? Pois bem, o cantor dessa faixa é o lendário Ian Gillan, vocalista da banda Deep Purple. Imagina o hype que bateu em milhares de jogadores ao enfrentar chefes ao som da mesma voz que entoou hinos como Smoke on the Water, Perfect Strangers, Highway Star e Child in Time. 

1 – Guilty Gear -Strive-

Vou citar Daisuke Ishiwatari mais uma vez pois, para mim, Guilty Gear sempre vai ter uma das melhores trilhas sonoras dos jogos. E eu não estou falando de um jogo só, e sim da franquia inteira. Desde a pancada seca que é Mince, o primeiro tema de seleção de personagens, até Haven’t You Got Eyes in Your Head, que mistura rock e jazz, e passando por todos os temas de Ky Kiske, GG dificilmente erra a mão com suas canções.

Para dar uma afunilada na seleção, até porque a franquia por si só já merece um top 20, vou me ater a -Strive-, o jogo mais recente da franquia e o primeiro a trazer temas com letras. Com composição de Ishiwatari e vocais de Naoki Hashimoto e AISHA, Guilty Gear -Strive- traz uma trilha sonora que é praticamente um álbum completo que não deve nada a nenhum clássico do Rock.


E aí, leitor, ficou faltando algum nome na lista? Seu favorito ficou de fora? Deixe sua opinião nos comentários. Abraços e até a próxima!
Revisão: Vitor Tibério

é amante de joguinhos de luta, corrida, plataforma e "navinha". Também não resiste se pintar um indie de gosto duvidoso ou proposta estranha. Pode ser encontrado falando groselhas no seu twitter @carlos_duskman
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.