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Elden Ring: Shadow of the Erdtree: os 10 chefes mais difíceis da expansão

Elevando a dificuldade do jogo à uma outra potência, a From Software não deixa barato na nova seleção de bosses que a sua expansão traz.

em 12/07/2024


Desde o seu lançamento no mês passado, a expansão Shadow of the Erdtree tem tomado conta das discussões sobre Elden Ring e pelo motivo mais óbvio possível: seus punitivos e controversos chefões. Logo no primeiro final de semana do lançamento da aventura complementar do clássico de 2022, houve uma enxurrada de elogios e críticas pela internet sobre sua dificuldade e o design dos bosses presentes nela, e mesmo após semanas de seu lançamento, o game ainda é ativamente discutido pelas redes sociais e fóruns afora.

Mas o fato é que a sua seleção não deixou a peteca cair com relação ao jogo base e elevou o desafio de jogos anteriores da From Software, colocando em pauta o que faz um boss ser realmente bom e, consequentemente, ajuda o estúdio japonês ganhar cada vez mais fama desde 2009, com o lançamento de Demon’s Souls. Então agora, nessa lista, que tal elencarmos os principais — e mais difíceis — bosses da expansão, do menos desafiador até o pode te fazer duvidar da própria sanidade? Claro, com muitos spoilers a seguir, então se você ainda não jogou, fique avisado. Vamos lá!

10) Romina, Saint of the Bud


O primeiro exemplar da nossa lista é a protetora da Church of the Bud e tecnicamente um dos últimos chefões da história da expansão, já que logo depois de enfrentá-la, o jogador abre caminho para a derradeira dungeon do game. Mas mesmo antes de momentos vitais da trama em Land of Shadow, o protagonista pode encontrá-la e ter um desafio formidável com a amálgama de bichos peçonhentos que a guardiã é.

Portando uma lista de movimentos bem menos agressiva do que a de vários outros chefes, nenhum de seus combos leva opressão ao jogador desferindo quatro ou cinco ataques como em outros exemplos a seguir. Os seus golpes também são extremamente telegrafados e a similaridade da personagem com outros antagonistas que a From já colocou em seus games, como Queelag e Najka, auxiliam a familiaridade nessa luta.

9) Scadutree Avatar


Em nono lugar, um daqueles chefes que você não espera encontrar durante a jornada, mas fica impressionado quando acontece, esse girassol gigante causa muito mais problemas que Romina e não é por menos. O boss opcional que carrega consigo a Great Rune de Miquella, uma das personagens principais da expansão, traz um arsenal muito mais agressivo e capaz de causar um estrago sério caso o jogador não fique atento.

Seus ataques de longa distância com espinhos que desencadeiam o status Bleed têm a capacidade de tornar o simples ato de recuperar vida ou usar itens em uma luta, além de possuir três fases com três barras de vidas completas. Por outro lado, além da sua extrema fraqueza a dano de fogo, sobretudo se for na cabeça, o boss ainda pode começar sua próxima fase com apenas dois terços de vida caso o jogador termine a parte anterior com um golpe crítico.

8) Putrescent Knight


Quando os fãs de Bloodborne terminaram a expansão The Old Hunters, não esperavam encontrar um primo distante de Orphan of Kos em Elden Ring. O chefe que possui uma machete gigante e cavalga um cavalo fantasma é opcional e só precisa ser enfrentado caso o jogador queira dar continuidade à quest de St. Trina e Thiollier, mas já é um inimigo em um nível acima dos outros dois anteriores.

Com combos que beiram 10 hits, a ajuda de seu cavalo para formar uma dupla e fazer o jogador ter que dividir sua atenção e ataques de efeito de àrea dos quais é difícil descobrir como se defender, o cavaleiro que se esconde nas profundezas de Land of Shadow já começa uma trend de opressão severa ao jogador, sem deixá-lo respirar. A única vantagem que o jogador tem é a possibilidade de summonar o próprio NPC Thiollier, uma grande ajuda na luta, e o fato de que o boss tem golpes corpo a corpo que com um pouco de prática tornam o embate menos frustrante.

7) Divine Beast Dancing Lion


Uma das figuras mais icônicas do trailer de Shadow of the Erdtree, esse leão dançarino — que na verdade são duas pessoas vestidas tal qual — foi o motivo de muita reclamação nas primeiras 24 horas do lançamento da expansão. Sendo o primeiro boss obrigatório do game e que fica ao final da primeira dungeon que o jogador explora, ele mostra bem as qualidades e os problemas técnicos clássicos da From Software.

Por um lado, a luta é um espetáculo à parte: desde a trilha sonora com influências orientais, aos golpes de trovão que tomam a arena, passando pelo design arrebatador do boss, Dancing Lion pode ser facilmente um daqueles bosses clássicos dos quais os fãs sempre se lembrarão. Mas por outro lado, o que dificulta a luta de verdade são os defeitos crônicos que a From apresenta ao criar bosses muito maiores que o jogador: além de uma hitbox quebrada e que não deixa claro o que o player deve evitar fazer, a luta na maior parte do tempo é mais contra a câmera do que contra o chefão em si. Uma pena.

6) Midra, Lord of the Frenzied Flame


Quase como um sweet spot entre dificuldade, desafio e design, Midra é um dos bosses mais diferentes da expansão, evocando — mais uma vez — inegáveis referências a Bloodborne, especificamente a luta contra Lady Maria of the Astral Clockwork. Fora que sendo um boss opcional devemos passar pela esotérica Abyssal Woods e adentrar a Midra’s Manse para encontrá-lo, e o cenário é uma Legacy Dungeon que lembra demais Resident Evil.

O boss em si é um espetáculo em sua luta: mesmo possuindo combos que não dão chance para o jogador respirar, a luta é uma daquelas que mais parece uma dança, com Midra voando de um lado para o outro e fazendo o jogador ter que aprender quando é a melhor oportunidade para atacar. Claro que sendo o Lord of the Frenzied Flame há o fator do status Frenzy, presente nos seus ataques de área, os quais são muito fortes e podem acabar com a luta em um instante, mas nada disso parece mais opressivo do que deve ser.

5) Metyr, Mother of Fingers


Mais um boss espetacular visualmente, enfrentar Metyr é mais um puzzle em forma de quests do que apenas encontrá-lo e cair no braço, e exige até um guia aos jogadores que podem ficar coçando a cabeça sem saber onde acha-lo. Mas a busca vale muito a pena quando damos de cara com um chefe que traz novamente a vibe extraterrestre de seres como Astel.

O desafio de Metyr não é apenas a luta, mas essa já é um grande desafio por si só com os ataques mágicos e rápidos ataques físicos do boss que podem facilmente deixar o jogador em dificuldade caso não tenha a prática de evitar seus golpes. Depois de enfrentar o chefe, o jogador ainda tem que enfrentar Ymir, outro NPC que atua como boss ao fim da quest e também e, bem, ser pego desprevenido logo depois de uma luta nada fácil é complicado…

4) Commander Gaius


Um dos bosses mais odiados desde o lançamento de Shadow of the Erdtree, Commander Gaius é, de fato, um dos mais chatos da galeria de chefes da From Software, ainda mais quando se trata de um dos chefes principais do jogo. O colega de classe de Radahn que tem como melhor amigo e companheiro um javali gigante não deixa o jogador respirar em nenhum momento e teve seus motivos para ganhar a antipatia de jogadores pela internet à fora.

Além de um moveset que parece repetitivo se comparando com outros inimigos de montaria durante todo o game, a real dificuldade do boss vem da sua hitbox extremamente quebrada, que faz o jogador não saber o que vai atingi-lo ou não. É muito comum ver pessoas reclamando de seu ataque frontal, em que ele vai correndo em direção ao jogador e o atinge sem mesmo encostar devido à uma falha de design. Soma-se isso ao fato de Gaius ser extremamente agressivo e uma indução ao uso do cavalo Torrent, em uma batalha de cavaleiros, e essa luta, que já tinha tudo para ser uma das mais difíceis do jogo, se torna algo no mínimo frustrante.

3) Rellana, Twin Moon Knight


Partindo do pior boss da expansão para uma das melhores, se não a melhor, a luta contra Rellana é um espetáculo do início ao fim e é mais uma que faz referência à jogos anteriores da From, dessa vez com um design e um moveset que lembra Pontiff Sulyvahn de Dark Souls III. Uma rápida pesquisa pela internet já mostra que ela é uma das chefes mais bem recebidas pelo público, e o ponto em que os jogadores começam a testar de verdade suas habilidades durante a campanha adicional.

Para isso, ela conta com duas espadas, uma imbuída de fogo e outra de magia, que não dão muito espaço para o erro do jogador. Estando no final de uma das primeiras dungeons as quais o player pode acessar, se não for a prática constante e a resiliência na hora de aprender, seus ataques podem ser massacrantes, misturando uma série de combos e o uso de magias que podem dominar boa parte da tela e esgotar a barra de HP de qualquer pessoa com nível baixo de Scadu Blessing.

2) Messmer The Impaler


O garoto propaganda da DLC agora se faz presente na lista: claro que ele é um dos chefes mais difíceis do game e apresenta uma luta de cair o queixo, tanto o de quem ama o masoquismo da From, quanto o de quem jura nunca mais tocar em um jogo do estúdio. O boss obrigatório para a finalização da história vende caro uma vitória e faz com que a arena fique pequena com tantos golpes e ataques ele tem a sua disposição, além de entregar um espetáculo visual visto em poucas lutas de Elden Ring.

Logo na primeira fase da luta, Messmer aplica combos que exigem 30 segundos de esquiva às vezes, além de terminar com um ataque que pode facilmente terminar em um one hit k.o. contra o jogador. Como se não fosse o bastante, a segunda fase da luta adiciona ataques de serpentes gigantes que podem levar qualquer um à loucura, vindo de todos os lados várias vezes seguidas, além das dezenas de explosões que o próprio empalador pode causar em um curto espaço de tempo. Nada mal para o que pode ser o primeiro chefe que você enfrenta na expansão.

Menção honrosa: Bayle The Dread


Claro que não seria Elden Ring se faltasse um dragão extremamente poderoso para testar os limites dos jogadores e aqui se faz presente Bayle, que atrelado à duas quests e uma área inteira só para o desenvolvimento de uma intensa luta no final, culmina em uma das lutas mais brutais do game. Mas não sendo um chefe que dá ao jogador uma Rememberance no final, ele fica quase como um super boss secreto, à parte da campanha normal.

Mesmo sem possuir as asas e uma das pernas, Bayle dispõe de uma velocidade descomunal e traz consigo um dos movesets mais insanos que a From já deu aos seus dragões. Seus ataques de raio e fogo não dão oportunidade para o jogador respirar ou tentar fugir correndo pela arena, já que na segunda fase da luta o monstrengo cria asas elétricas e corre a arena inteira lançando ataques corpo a corpo, à distância e de área. Como uma cobertura por cima do bolo, ainda entra o fato de a câmera se posicionar de maneira caótica durante toda a luta, fazendo o jogador perder o gigantesco inimigo de vista e está formada a receita do fim do mundo. Curse you Bayle!

1) Promised Consort Radahn/Radahn Consort of Miquella


E em primeiro lugar, claro que seria ele, o boss que mais uma vez traz à tona a discussão sobre modo fácil nos jogos da From Software, o Rei prometido à Miquella, Radahn. Em uma conclusão que colocou pontos finais (ou não) em tudo que se tinha dúvida sobre a relação entre Miquella e Mohg, a escolha de “repetir” um dos bosses mais difíceis do jogo base como o boss final da expansão foi de uma crueldade que talvez tenha impactado o psicológico de muita gente que ainda possui flashbacks do Vietnã do Festival de Caelid.

Os golpes mais básicos do chefão final já são uma prova para cardíacos que podem obliterar mesmo aqueles que possuem rune level alto e scadu blessing no nível máximo em apenas alguns hits. E some isso a ataques extremamente irritantes como a puxada gravitacional que leva o jogador ao alcance do boss e já temos uma receita básica de frustração. Mas na segunda parte da luta na qual o desafio é multiplicado pela sua capacidade de chorar, Radahn, com a ajuda de Miquella, ainda pode lançar um ataque de área que atinge quase toda a arena e obstrui a tela inteira em raios brancos, fazendo com que a única escapatória seja rezar. E é isso que todos devem fazer antes da luta mais difícil que a From Software já possa ter feito em seus games.

Revisão: Juliana Piombo dos Santos


Falo de tudo quanto é coisa, de Castlevania a Anatomy of a Fall, de Carolina Maria de Jesus a Hidetaka Miyazaki, de trilhas sonoras de Super Sentai a Mano Brown. Só não gosto de Deckbuilder Roguelike. Meu sonho é visitar o Japão. Se curtiu, continuo falando sobre meus textos em twitter.com/WesternYokai666
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