The Jungle Book: 30 anos de mais um clássico da Disney no Mega Drive

A aventura do menino lobo foi outro grande sucesso de adaptação nos consoles de 16-bits, especialmente a versão da Sega.

em 20/07/2024

The Jungle Book
, conhecido no Brasil como Mogli - O Menino Lobo, é uma clássica animação da Disney baseada no livro homônimo de Rudyard Kipling. Nesta aventura, acompanhamos Mogli, Balu e Baguera em uma jornada rumo à civilização, uma vez que o malvado tigre Shere Khan está ameaçando o jovem filhote humano.


Seguindo a fórmula tradicional de adaptação de filmes para os videogames, algo muito comum nos anos 1990, The Jungle Book é mais uma produção da Virgin Games, empresa que ficou responsável também pelo sucesso Aladdin. Curiosamente, apesar de o lançamento ter chegado a múltiplos consoles da época, Mogli se deu melhor no Mega Drive, rendendo muitos elogios da crítica especializada.

Apenas o necessário

Como a maioria dos outros jogos dos anos 1990 e início dos anos 2000, The Jungle Book é um título de plataforma no qual vemos o simpático Mogli em cenários que remetem ao filme animado. Controlamos o protagonista em fases com progressão lateral, coletando joias e outros itens ao longo do caminho; o objetivo principal, contudo, é encontrar o personagem escondido da vez.

Além de correr, escalar e pular, Mogli pode combater inimigos — incluindo alguns chefões — ao atingi-los com projéteis de banana, a comida preferida do rapazinho. Como de praxe, existem power-ups que melhoram a “arma” do protagonista, bem como aqueles que garantem invencibilidade temporária a ele. 

A grande sacada da jogabilidade é o tempo limite para completar cada fase, independentemente da dificuldade escolhida. Em seis minutos, Mogli deve obter o número mínimo de joias (seis no fácil; dez no normal; e 12 no difícil), de um total de 15 em cada cenário, para avançar para o nível seguinte; caso contrário, perde-se uma vida e é necessário tentar de novo, embora checkpoints e ampulhetas sirvam para contornar os limites impostos pelo tempo contado.

16-bits ao máximo, marca registrada da Virgin

As fases da campanha de Jungle Book são contadas em forma de história, dividida em capítulos que seguem a cronologia do filme. Na abertura de cada cenário, temos uma breve recapitulação do que aconteceu até aquele momento e também o objetivo a ser alcançado — como comentado, encontrar o personagem escondido ou derrotar um chefão.

Outro ponto elogiável é a trilha sonora do jogo, que traz as batidas icônicas de Somente o Necessário, Eu Quero Ser Como Você e A Marcha do Coronel Hathi, entre outras. Dentre todos os consoles para os quais foi lançado, The Jungle Book foi extremamente elogiado no Mega Drive por apresentar uma jogabilidade mais ágil e variada, gráficos mais vivos e fases longas e desafiadoras. A animação dos sprites também foi outro mérito que ajudou a versão do console da Sega a se destacar sobre as demais, incluindo as dos consoles nintendistas.

Mesmo com todas as suas excelentes qualidades, infelizmente The Jungle Book foi lançado em um período não muito bom. Antes dele, veio Aladdin, também da Virgin, que brilhava sob os holofotes da época; pouco tempo depois da aventura de Mogli, viria Earthworm Jim para roubar a cena.

Mais uma animação que ganhou vida nos videogames

The Jungle Book, assim como todas as adaptações de clássicos da Disney para os consoles, é mais um ótimo exemplo de “filme jogável”. A aventura virtual de Mogli em selvas indianas é, sem dúvidas, um dos marcos dos títulos retrô, especialmente no Mega Drive, mesmo que tenha sido vítima de uma janela de lançamento infeliz.


Revisão: Davi Sousa
Screenshots: MobyGames

Também conhecida como Lilac, é fã de jogos de plataforma no geral, especialmente os da era 16-bits, com gosto adquirido por RPGs e visual novels ao longo dos anos. Fora os games, não dispensa livros e quadrinhos. Prefere ser chamada por Ju e não consegue viver sem música. Sempre de olho nas redes sociais, mas raramente postando nelas. Icon por 0range0ceans
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