Marvel Super Heroes levou a pancadaria a níveis galácticos nos anos 90

O game foi um dos primeiros a trazer as Joias do Infinito e soube utilizá-las muito bem.

em 13/07/2024


Apenas um ano depois de lançar a pancadaria do X-men, a Capcom retornou com a parceria com a Marvel Comics e lançou Marvel Super Heroes (MSH) nos arcades no final de 1995. Posteriormente, ele foi portado para o Sega Saturn e PlayStation, no ano de 1997.

A diferença principal é no elenco de personagens. Trazia alguns remanescentes de seu predecessor, como Wolverine e Psylocke, e o jogo ainda contava Magneto e Juggernaut (Fanático) sendo controláveis pela primeira vez. Somava-se, ao já famoso grupo, heróis como Hulk, Iron Man (Homem de Ferro), Spider-Man (Homem-Aranha) e Captain America (Capitão América), mas também vilões, entre eles Blackheart (Coração Negro) e Shuma-Gorath.


Novos bosses foram criados para o game. Como sub-boss, Dr. Doom (Doutor Destino) fez sua estreia — ele que seria um dos personagens mais clássicos da franquia, tendo seu pico em Ultimate Marvel vs. Capcom 3 — e, como boss final, Thanos (sim, aquele) aparecia em uma luta épica. Os bosses eram possíveis de serem escolhidos através da inserção de códigos na tela de seleção de personagens.

O jogo foi levemente baseado na saga do Desafio Infinito (Infinity Gauntlet), no qual Thanos tenta juntar as Joias do Infinito para matar metade do universo na tentativa de agradar a Morte. Portanto, as joias apareciam como um elemento fundamental da gameplay.


Além de MSH, o jogo mais recente da franquia, Marvel Vs Capcom: Infinite, é o único que também trazia os elementos místicos. No entanto, o jogo da década de 90 apresentava de uma maneira mais integrada ao game e de maneira não tão poderosa quanto as de MvC: Infinite. No geral, elas apresentavam as mesmas características para todos os personagens, por pouco tempo, e todos poderiam usá-las, não eram limitadas a uma única escolha.


Por fim, cada personagem tinha uma joia que possuía afinidade e recebia um pequeno diferencial, como Shuma-Gorath com a joia do Tempo (que aumentava a velocidade do personagem), que solidificava os inimigos ao acertar os ataques; ou a joia do Poder, que permitia ao Spider-Man criar um clone que permanecia ao lado oposto, como um espelho, imitando todos os ataques. Ainda era possível roubar a joia do seu adversário (bem como perder a sua) ao acertar ataques com bastante dano.

Quando se jogava no modo arcade, o jogador já começava com uma joia aleatoriamente e encontrava outras quatro em posse de alguns dos adversários. Após vencê-los, a joia era recuperada pelo jogador e poderia utilizá-la nas lutas seguintes. A última joia, da Mente, sempre estava em posse de Thanos. Ao se iniciar a luta com ele, o titã louco roubava as outras cinco joias do jogador e colocava em sua manopla, deixando-o ainda mais poderoso. Assim, Thanos conseguia usar um ataque especial para cada uma das joias.


A gameplay pouco mudou com relação a X-Men: Children of the Atom. Super pulos, dashes, habilidade de voar, pulos duplos, combos aéreos: tudo estava de volta, apenas repaginado e integrado aos novos personagens e elementos do jogo. A barra de especiais foi uma das mudanças e deixou mais fácil para os jogadores entenderem quando podiam usar algum hyper combo.

Destaque-se que a versão de arcade também foi lançada no Brasil, em novembro de 1995, mesmo mês que saiu no Japão e apenas um mês depois do lançamento na Europa e Estados Unidos.


Marvel Super Heroes serviu para solidificar o trabalho feito em X-Men: Children of the Atom e plantar uma importante semente no que viria a ser uma das maiores franquias dos jogos de luta. Diversos personagens foram apresentados neste jogo e, assim como seu predecessor, pouco mudaram mesmo décadas depois. MSH irá retornar este ano, no Marvel Vs Capcom Fighting Collection: Arcade Classics.

Revisão: Beatriz Castro


Jornalista, Técnico no papel, engenheiro não praticante e mestre Pokémon nas horas vagas. Passa 80% do tempo falando de games. Nos outros 20% torce para alguém falar sobre games, só para poder falar mais um pouco.
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