Análise: Anger Foot é pé na porta e bizarrice na cara em um ritmo eletrizante

Sobreviva a uma noite alucinante para recuperar sua estimada coleção de tênis super raros.

em 11/07/2024

Da excêntrica Devolver Digital, sempre podemos esperar algo peculiar e, ao mesmo tempo, divertido. Em Anger Foot, embarcamos em uma jornada por uma cidade habitada por criaturas bizarras, ajudando um personagem a recuperar sua raríssima coleção de tênis, roubada pela gangue mais perigosa da região.

Cara, cadê meus tênis?

Anger Foot é um sujeito esquisito, mas muito gente boa. Sua vida vira de cabeça para baixo quando a Gangue Violenta destrói seu lar e rouba sua valiosa coleção de tênis. A intenção deles é clara: irritar nosso protagonista e forçá-lo a partir em busca de seus estimados pisantes.

Em uma noite interminável, nossa missão é guiar Anger Foot pelos cantos mais estranhos de Merdópolis, enfrentando os membros da gangue que tentarão impedir a recuperação de seu tesouro. Assim começa uma aventura bizarramente divertida e eletrizante, repleta de chutes de todos os tipos — e até inimagináveis.

Metendo o pé, literalmente

Anger Foot é uma aventura em primeira pessoa em que assumimos o papel do protagonista homônimo. O objetivo do jogador é atravessar mais de 60 níveis no menor tempo possível, enfrentando os bandidos de Merdópolis.

A principal habilidade de Anger, como o nome sugere, é dar poderosos chutes nos inimigos. Com um único golpe, podemos nocautear um adversário. Além disso, podemos usar armas obtidas ao derrotar alguns capangas. Embora menos emocionante do que sair chutando todos, pistolas, metralhadoras e até bazucas são úteis e, em algumas situações, indispensáveis.


O objetivo é simples: chegar ao fim do nível no menor tempo possível para desbloquear o próximo. Cada fase tem objetivos adicionais opcionais que rendem estrelas, usadas para destravar novos tênis para Anger Foot. Cada calçado proporciona uma habilidade extra diferente, como recarregar munição ao chutar inimigos, lançá-los para o alto, deixá-los com cabeças gigantes, realizar chutes rápidos ao estilo Liu Kang de Mortal Kombat, incendiar inimigos, entre outras técnicas especiais.

Se Anger sofrer dano suficiente, o jogador deve reiniciar o nível. Com o tempo, eles tornam-se mais complexos, exigindo várias tentativas para ser completados. Rejogar essas fases também contribui para concluir conquistas relacionadas a algumas atividades, como encontrar esqueletos e realizar ações específicas em alguns níveis.


Merdópolis é dividida em distritos, cada um com vários níveis e uma batalha contra um chefe no final. Derrotar esses chefes igualmente bizarros permite que Anger recupere um de seus valiosos pares de tênis. Em resumo, venha pela diversão e fique pelo desafio.

Pisando em ovos

A proposta de Anger Foot é ser uma experiência em que os jogadores testem suas habilidades, reflexos e paciência. Cada nível pode ser concluído rapidamente, entre um e dois minutos, em média. Alguns desafios adicionais deixam claro que certos níveis podem ser finalizados ainda mais rápido, em cerca de 30 segundos ou até menos. É o tipo de jogo ideal para speedrunners.

Anger Foot é ideal para quem gosta de desafios. É necessário aprender os tipos e padrões dos inimigos, memorizar as fases para atravessá-las o mais rápido possível e, claro, morrer muito no processo. A aprendizagem e adaptação constantes são essenciais para avançar no jogo.


Durante minhas sessões, houve momentos em que alguns níveis puderam ser finalizados sem muita dificuldade, enquanto em outros acumulei uma quantidade expressiva de derrotas, muitas vezes por erros bobos, como não perceber um inimigo em outro canto da sala ou dar um salto errado e cair em um precipício.

Apesar de me divertir bastante, Anger Foot tem alguns pontos que comprometeram minha experiência geral. Um dos principais problemas foi a otimização do jogo no PC. Em áreas mais fechadas, como dentro de apartamentos ou salões, o desempenho é bom. No entanto, ao acessar áreas mais abertas, como os telhados do primeiro distrito, a taxa de quadros cai drasticamente, o que é inconveniente, considerando que minha configuração atende perfeitamente aos requisitos recomendados.


Mesmo enfrentando problemas de otimização, consegui aproveitar minha noite em Merdópolis, encarando desafios crescentes e curtindo uma história nonsense sobre um cara que só queria seus tênis de volta.

Pé no chão

Anger Foot é uma experiência única e divertida, cheia de ação e desafios que testarão suas habilidades e reflexos. Com uma premissa simples e envolvente, o jogo oferece uma combinação de combates intensos e objetivos rápidos, tudo ambientado em um cenário bizarro e cativante, sendo uma boa escolha para quem busca um jogo rápido e desafiador, com uma pitada de humor e bizarrice. Mesmo com alguns contratempos técnicos, a diversão e a intensidade da ação fazem valer a pena a experiência.

Prós

  • Ação rápida e intensa, com níveis que podem ser concluídos rapidamente, mantendo o ritmo do jogo dinâmico;
  • Desafios variados graças a inimigos e padrões a serem aprendidos;
  • A variedade de tênis com habilidades especiais adiciona uma camada extra de estratégia;
  • A ambientação bizarra peculiar, junto a uma história nonsense, proporciona uma experiência divertida;
  • Os objetivos adicionais e a necessidade de memorizar fases incentivam a rejogabilidade.

Contras

  • As quedas na taxa de quadros em áreas mais abertas podem comprometer a experiência;
  • A dificuldade pode ser frustrante para jogadores menos experientes, com fases que exigem múltiplas tentativas;
  • Embora as habilidades dos tênis adicionem variedade, a mecânica básica do jogo pode se tornar repetitiva após longas sessões.
Anger Foot — PC — Nota: 7.0
Revisão: Davi Sousa
Análise produzida com cópia digital cedida pela Devolver Digital

Fã de Castlevania, Tetris e jogos de tabuleiro. Entusiasta da era 16-bit e joga PlayStation 2 até hoje. Jogador casual de muitos e hardcore em poucos. Nas redes sociais é conhecido como @XelaoHerege
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