No próximo mês de junho, a Bungie lançará a expansão A Forma Final para Destiny 2. Assim como o encerramento do plano de conteúdo pago, o DLC também representa o fim do período de 10 anos de suporte que foi prometido no lançamento do primeiro jogo.
Destiny foi lançado em 9 de setembro de 2014 e chegou carregando consigo uma enorme expectativa. Além de trazer para os consoles um sistema de mundo compartilhado online no gênero de tiro em primeira pessoa, Destiny também possuía a missão de continuar o legado da Bungie, sendo o primeiro jogo da desenvolvedora após Halo.
Apesar de ter vivido bons e maus momentos ao longo desses dez anos, é impossível não reconhecer que Destiny cumpriu essa missão. Uma prova disso é que o jogo praticamente estabeleceu nos consoles um gênero que foi copiado por outras desenvolvedoras, conhecido popularmente como looter shooter.
Então, como uma forma de homenagear a franquia, que tal relembrarmos alguns dos principais momentos do primeiro jogo?
10. A jornada do Guardião
Tudo bem que a história de Destiny estava longe de ser um primor narrativo, e muita gente terminou a campanha sem entender praticamente nada do que aconteceu. Mesmo assim, a experiência de viver a jornada do guardião pela primeira vez ainda foi boa.
Parte disso se dava por sua jogabilidade fluida e muito divertida. A verticalidade de movimentação, a evolução das classes, a descoberta de novos itens e armas foram suficientes para manter muitos jogadores engajados.
Concluir a história não demandava muito tempo, mas significava apenas o primeiro passo rumo à construção da lenda de seu guardião.
9. Conseguir a primeira arma lendária
O principal objetivo de Destiny sempre esteve em conquistar itens mais poderosos para encarar as atividades de endgame. Quer tenha sido através de um engrama que veio de recompensa de inimigos, pelas muitas atividades ou obtido após um longo grind com uma das três facções da torre, a primeira arma lendária era a representação de todo o esforço empregado pelo jogador.
8. Farmar a Loot Cave
Conseguir itens lendários nem sempre foi uma tarefa simples. E a maneira como o nível de seu personagem era atrelado à necessidade de obter itens com mais luz tornava o grind ainda mais cansativo.
Para tentar contornar essa situação, os jogadores encontraram um lugar em que o respawn de inimigos era mais rápido e o índice de drop de engramas parecia mais consistente. Esse lugar ficou conhecido como loot cave.
Era comum chegar na caverna e se deparar com diversos jogadores simplesmente apontando e atirando para inimigos que nasciam ali dentro, apenas com o intuito de obter engramas de maneira mais rápida.
Claro que a notícia se espalhou rapidamente e a caverna foi encerrada pela Bungie. Apesar disso, o farm foi apenas um dos muitos métodos encontrados pelos jogadores para tirar vantagem de erros do jogo.
7. Chegar ao nível 30
Como dito anteriormente, a luz era uma estatística dos itens que influenciava no nível do personagem. Por conta disso, para atingir o nível máximo, a única forma era conseguir itens cujo nível de luz era o mais alto. Esses itens, até aquele momento, só poderiam ser obtidos como recompensa aleatória da Incursão da Câmara de Cristal.
Com muitos jogadores ainda aprendendo as mecânicas da Incursão e com a inconsistência dos drops, chegar ao nível máximo se tornaria uma loteria. Diversos jogadores apelaram para os espaços adicionais de personagens para criarem três guardiões da mesma classe, tendo, assim, mais chances de alcançar o tão almejado nível.
As recompensas em Destiny sempre foram limitadas semanalmente, portanto nem sempre os três personagens eram garantia de obter o item faltante dentro daquela semana. Para muitos, a busca pelo level 30 era insaciável. E os sortudos que atingiam o objetivo ostentavam seu level como se fossem os verdadeiros guardiões.
6. A primeira Bandeira de Ferro
A Bandeira de Ferro foi o primeiro grande evento PvP de Destiny e tinha foco na competição no modo Controle.
Sabendo da dificuldade que muitos jogadores estavam tendo para chegar ao nível 30, a Bungie disponibilizou na Bandeira de Ferro uma maneira de conseguir os itens faltantes sem ter que enfrentar o loot aleatório da Câmara de Cristal.
Uma característica do evento era a presença constante de equipes fechadas, fazendo com que o número de partidas desequilibradas crescesse consideravelmente. No entanto, a primeira Bandeira de Ferro foi um momento importante por concentrar quase toda a comunidade no modo PvP. Mesmo quem não era fã do crisol se viu motivado a jogar o conteúdo pelas recompensas que eram oferecidas.
5. Concluir a Prisão dos Anciões
Quando a expansão A Casa dos Lobos foi anunciada sem a inclusão de uma nova Incursão, muitos jogadores criticaram a Bungie por essa decisão. Para o lugar de sua atividade de endgame mais reverenciada, um novo modo de jogo foi apresentado: a Prisão dos Anciões.
Nesse modo para três jogadores, o time deveria enfrentar hordas de inimigos e concluir objetivos em uma arena. Após algumas rodadas superadas, o chefe final, Skolas, seria revelado.
O modo acabou sendo uma agradável surpresa e a luta contra Skolas oferecia um bom desafio. Para derrotá-lo era necessário um time organizado e com os melhores equipamentos.
4. Chegar ao farol no Desafio de Osíris
Se a primeira Bandeira de Ferro foi um evento que concentrou todos os tipos de jogadores, os fãs do modo competitivo de Destiny tiveram no Desafio de Osíris o pináculo do modo PvP.
Em partidas disputadas entre dois times de três jogadores cada, as equipes se enfrentavam em um formato de eliminação por rounds. A equipe que conseguisse superar os times adversários de forma consecutiva por sete partidas teria acesso ao Farol, um local onde era possível coletar recompensas exclusivas para os vencedores, mas que também possuía uma das melhores vistas de todo o jogo.
Chegar no Farol era uma tarefa árdua, mas que recompensava muito bem os que a superavam.
3. O lançamento do Rei dos Possuídos
A primeira grande expansão de Destiny também marcou o início do segundo ano do jogo. Apesar de ter recebido duas expansões pequenas em seu primeiro ano, foi o lançamento do DLC Rei dos Possuídos que confirmou a franquia como uma das maiores daquele momento.
Um novo arco de história foi adicionado, assim como tantas outras novidades. Destaque para as espadas exóticas, a corte de Oryx, as novas subclasses e os inimigos possuídos.
A maior novidade, no entanto, foi a incursão A Queda do Rei, que ainda é lembrada como uma das melhores atividades da história da franquia.
2. Completar a Câmara de Cristal
E por falar em Incursão, a Câmara de Cristal permanece sendo a atividade mais memorável de Destiny. A simples tarefa de abrir as portas da Raid poderia levar horas com uma equipe despreparada.
Uma vez dentro da atividade, todos os checkpoints eram prazerosos de serem jogados. Desde os confluxos, passando pelos oráculos, o desafio do Templário, o labirinto das górgonas, até a batalha final contra Atheon.
As recompensas também eram um atrativo. Armas como Arauto do Destino, Visão da Confluência, Fim do Petroriano e Medida Corretiva serão sempre consideradas clássicas da franquia.
Isso sem falar na Mitoclasta Vex, a arma exótica primária que poderia ser dada a um jogador aleatório após a conclusão da atividade e que, por algum tempo, foi o item mais cobiçado de Destiny. Até a Bungie decidir modificá-la a ponto de torná-la quase inútil.
1. Ganhar a Gjallarhorn
Mesmo após quase dez anos, a Gjallarhorn ainda continua sendo a arma mais icônica de Destiny. Esse lança-foguetes de raridade exótica tinha uma propriedade de fragmentação que causava um dano massivo aos inimigos. Seu poder de fogo era tão grande que a arma praticamente virou requisito para participar das atividades endgame.
Fosse para derrubar o Crota, matar o Skolas ou eliminar alvos de forma mais rápida, a Gjallarhorn era sinônimo de destruição e virou objeto de desejo de dez entre cada dez jogadores de Destiny.
Muitas foram as lembranças de jogadores comemorando como crianças ao ganharem a arma. Mas, como tudo que é bom não dura muito tempo em Destiny, o dano da Gjallarhorn foi reduzido e seus dias de glória ficaram apenas na memória dos que estiveram presentes no primeiro ano do jogo.
Menções honrosas
Tirar proveito dos erros do jogo
Puxar o cabo para travar o Crota, ser arremessado pela explosão de uma lanterna, empurrar o Atheon e o Templário para fora do mapa, se esconder em lugares fora do mapa em assaltos do anoitecer ou usar o super de resplendor do arcano de forma infinita. Esses foram apenas alguns dos muitos exploits que a comunidade tirou proveito para facilitar sua vida no jogo.
Por mais que muitos ainda considerassem esse tipo de prática como uma trapaça, dificilmente quem participou ativamente do primeiro jogo não utilizou os artifícios que, além de tornarem as atividades menos cansativas, também proporcionavam muitas risadas.
Assistir aos vídeos do Fetulho
Quem hoje vê os quase 2,5 milhões de inscritos do canal MaxMRM GAMEPLAY pode não saber, mas Destiny foi um dos primeiros jogos abordados pelo YouTuber.
Além de postar vídeos com guias para as atividades de Destiny, Max também produzia um conteúdo muito divertido e repleto de originalidade.
Sob a alcunha de Fetulho, um personagem com uma origem para lá de engraçada, ele abusava de piadas criativas e de trocadilhos para cativar seus inscritos.
Dentre os muitos quadros apresentados pelo Fetulho estavam os Loots da Semana, o Top 10 de jogadas dos inscritos, os Loots dos inscritos, músicas sobre os bugs do jogo, além de muitos outros vídeos bem-humorados.
Com isso, o canal rapidamente se tornou uma referência para a comunidade brasileira de Destiny.
O Fetulho pode não fazer mais parte do canal MaxMRM, mas será sempre lembrado com saudosismo pelos fãs mais antigos do jogo.
As falas do Comandante Zavalla
Esta menção fará mais sentido para os que optaram por jogar Destiny preservando sua dublagem original.
Em meio aos três guardiões que serviam como mentores ao jogador, o Comandante Zavalla sempre chamou a atenção pelo seu tom de voz marcante e suas frases de incentivo impactantes. Uma de suas falas mais lembradas é a introdução do assalto Cerberus Vae III, conhecido também como assalto do Valus Ta’aurc, em referência ao chefe final da atividade.
Infelizmente, o ator Lance Reddick faleceu em 2023, deixando uma legião de fãs de Destiny tristes, assim como muitos outros fãs dos diversos personagens por ele interpretados.
Esta é uma singela homenagem ao ator e também um agradecimento pelo trabalho realizado ao longo de sua incrível carreira.
Agora é sua vez, caro leitor. Identificou-se com alguma dessas memórias? Quais são suas melhores lembranças de Destiny? Aproveite para deixar seu comentário.
Revisão: Ives Boitano