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Impressões: Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin (Multi) trará um mundo mágico às plataformas da Sony

O spin-off da série da Capcom chegará ao PlayStation 4 em 14 de junho.

Enquanto alguns jogos inicialmente exclusivos da Sony estão constantemente estreando no PC, como Horizon Forbidden West, The Last of Us e o maravilhoso Death Stranding, Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin segue o caminho inverso. Lançado originalmente para PC e Nintendo Switch em 2021, o spin-off da série de caçadores de monstros chegará ao PlayStation 4 em 14 de junho, sendo possível também desfrutá-lo no PS5 por meio da retrocompatibilidade.

A Capcom nos deu a oportunidade de experimentar uma parte do jogo antecipadamente e viemos trazer as nossas impressões.

Seguindo os passos de uma lenda

Em Monster Hunter Stories 2, assumimos o papel de um protagonista personalizável, tanto em aparência quanto em gênero, que é neto de Red, um lendário montador de monstros. Vale destacar que ainda que aqui as opções de customização não sejam tão vastas como em alguns outros jogos, elas são variadas o suficiente para que cada jogador sinta que criou um personagem único.

Embora os tradicionais caçadores de monstros existam neste universo, a narrativa foca nos montadores, humanos que formam laços com as criaturas e as utilizam como montarias e companheiras de combate. A história começa nos mostrando que o mundo está sofrendo com alguns eventos estranhos, como o desaparecimento de diversos Rathalos e alguns bichos se tornando inexplicavelmente agressivos. Neste cenário, nosso herói inicia sua jornada como domador, partindo em uma aventura que o leva a formar diversas alianças e se tornar o guardião de um ovo que trará à luz um ser especial.

Já nos primeiros momentos, Monster Hunter Stories 2 deixa claro que entregará uma história simples e até mesmo um tanto previsível. No entanto, o título também traz personagens extremamente carismáticos, garantindo que a aventura do neto de Red seja memorável. Apesar de Wings of Ruin conter referências ao seu antecessor (lançado para 3DS em 2017 e prestes a chegar ao PC, Switch e PS4 em uma versão remasterizada), é plenamente possível apreciá-lo sem qualquer tipo de conhecimento prévio.

Um incrível RPG com monstrinhos

Monster Hunter Stories 2 é um RPG que incorpora com maestria elementos da série principal em um divertido combate baseado em turnos, utilizando um sistema de pedra, papel e tesoura para definir forças e fraquezas. Além de derrotar monstros e construir armas e armaduras a partir de suas partes, o jogador pode adquirir ovos dessas criaturas para criá-las e utilizá-las como companheiras em batalha.

Nesse sentido, a diversidade é outro aspecto notável desde os primeiros momentos da campanha, tanto em termos de equipamentos quanto de espécies de bichos. Já nas áreas iniciais, podemos ver uma boa variedade de monstrengos, além de locais que só podem ser alcançados por meio das habilidades especiais de exploração de alguns deles, como nadar, escalar vinhas ou saltar.

Embora o conceito de capturar e utilizar monstrinhos em combates seja bem antigo em RPGs, creio que os detentores de consoles que não são da Nintendo sempre ficaram para trás nesse gênero. Ainda que as plataformas da Sony tenham recebido com frequência jogos de Digimon e da série Shin Megami Tensei e seus spin-offs, Pokémon e a esmagadora maioria dos títulos de Dragon Quest Monsters são lançados exclusivamente nas plataformas da Big N.

Diante desse cenário, a chegada de Monster Hunter Stories 2 ao PlayStation 4 é extremamente positiva para os amantes desse nicho, pois a obra da Capcom é verdadeiramente fascinante e se posiciona facilmente como um dos melhores exemplares do gênero. Curiosamente, o jogo será lançado no mesmo dia e mês em que Shin Megami Tensei V, que está atualmente disponível apenas no Switch, estreará em uma versão com novos conteúdos em diversas plataformas.

Olhando por esse lado, penso que a Capcom poderia ter seguido o exemplo de SEGA, disponibilizando seu título em todos os consoles da geração atual e da passada, além de adicionar conteúdos extras que justificassem a aquisição para aqueles que já experimentaram o produto em seu lançamento original.

Visualmente caprichado 

Citando novamente Dragon Quest Monsters, uma similaridade entre Wings of Ruin e os títulos da subsérie concebida por Yuji Horii é o fato dessas obras disporem de um visível menor orçamento em comparação com suas respectivas séries principais. No entanto, ambos os spin-offs compensam isso com uma incrível e caprichada direção de arte.

Nesse sentido, embora os gráficos de Stories 2 não sejam extraordinários, o cuidado que os desenvolvedores tiveram para produzir cada cutscene e transmitir emoções e carisma aos principais personagens da história fazem com que os momentos cômicos e dramáticos sejam sempre fascinantes.

Esse mesmo carinho é aplicado na construção do mundo, especialmente dos centros urbanos, que conseguem transmitir com maestria a ideia de um universo em que existem humanos que somente caçam monstros e pessoas que vivem em harmonia com alguns desses seres. Sendo assim, Wings of Ruin consegue criar em nós um genuíno desejo de desbravar essas terras e conhecer as criaturas e indivíduos que vivem nelas.

Uma adição importantíssima ao PlayStation

Com uma narrativa simples, mas cativante, personagens carismáticos e um sistema de combate que mistura elementos clássicos da série com mecânicas próprias, Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin promete ser uma adição valiosa à biblioteca do PlayStation, oferecendo uma alternativa incrível aos RPGs de captura e batalha de monstros.

Revisão: Juliana Paiva Zapparoli
Texto de impressões produzido com cópia digital cedida pela Capcom

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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