A Ascensão do Ronin (PS5) — guia para guerreiros iniciantes

Dicas fundamentais para começar sua aventura e aproveitar o melhor do jogo.

em 04/04/2024

Tal como conferimos na sua análise, A Ascensão do Ronin é um jogo grandioso, repleto de inimigos para enfrentar, locais para explorar e coisas a descobrir. Justamente por essa enorme variedade, este guia trará informações fundamentais para quem está iniciando sua jornada nesta movimentada aventura no Japão. Pegue suas pílulas medicinais, afie sua odachi e não esqueça da sua fiel montaria, pois a matéria vai começar!

Para começo de conversa

Uma das grandes vantagens do game é que ele traz explicações bem detalhadas sobre as suas mecânicas. Toda vez que alguma coisa nova surge, somos bombardeados com telas e informações sobre ela; no final, tudo é reunido no menu Enciclopédia, então vale a pena conferi-la. Dito isso, o jogo não escolhe pelo jogador e tampouco define as melhores escolhas e estilos (e é aí que vem o papel deste guia).
 
Por exemplo, a personalização inicial de aparência, estilo de luta e armas é apenas temporária. Após algumas horas na campanha principal, o jogador adquire um alojamento, no qual é possível customizar novamente o estilo. Aliás, sugiro focar nas missões principais até que esse local seja liberado. Nele é possível, por exemplo, escolher a decoração — que oferece efeitos passivos — e até mesmo as skins de armaduras e armas, sem abrir mão de seus status.
 
O game permite salvar em praticamente qualquer momento, com direito a até dez saves diferentes. Considerando a exigência nas lutas e as várias decisões que devem ser tomadas na aventura, ter alguns marcos registrados é interessante. Também é importante fazer uso das várias customizações no menu Sistema, incluindo muitas opções para os controles e o HUD. Inclusive, pense bem ao escolher a dificuldade, que pode ser alterada ao gosto do jogador.

Timing é tudo

Boa parte da jogabilidade de A Ascensão do Ronin consiste em mecânicas soulslike. Por isso, nada de atacar sem pensar: a barra de ki é tão importante quanto a de vida, pois ela limita os movimentos dos personagens, que ficam indefesos quando ela zera. Logo, é bom dosar os ataques e ficar atento a oportunidades, em particular fazendo bom uso dos chamados contrafulgores.
Essencialmente o parry desse jogo, ele permite neutralizar o inimigo e deixá-lo aberto a um contra-ataque. Inclusive, essa mecânica é a mais poderosa para zerar o ki do inimigo, embora seja difícil acertar o timing das investidas adversárias. Portanto, não abuse nas tentativas de contrafulgores, também recorrendo a esquivas e defesas quando necessário. Golpes especiais inimigos, que apresentam um brilho vermelho intenso antes de serem disparados, estão entre os mais recomendados para serem desviados.

Adaptar é (sobre)viver

Jogar com uma mentalidade flexível é fundamental para avançar na aventura sem sofrer (muito) com os percalços. Além do controle do jogador, o estilo de luta e a arma do protagonista afetam bastante as lutas. Os inimigos têm níveis, que podem chegar em mostradores que ficam logo acima do nome. Enquanto alguns oferecem desafios significativos, outros são inviáveis de serem vencidos naquele momento.
Outra informação importante oferecida pelo inimigo é a sua compatibilidade, definida em três condições: vantagem, neutralidade e desvantagem. Altere o seu estilo de luta e/ou a arma para que você sempre esteja no domínio de cada combate. Caso o pior aconteça — uma derrota em batalha — durante a jogatina, o jogador perde os pontos da sua barra de carma e retorna para o último estandarte (mais sobre eles em breve).
 
Para recuperá-los, o negócio é partir para uma vingança, aplicando um golpe crítico no inimigo que o derrotou. Só tome cuidado, pois se você morrer novamente no caminho, a perda se tornará permanente.

Abuse das mecânicas de combate secundárias

Embora todas as dicas anteriores sejam muito importantes, visto que os combates diretos são a parte principal do game, A Ascensão do Ronin conta com outros recursos interessantes. A furtividade é um dos mais úteis, pois permite eliminar instantaneamente oponentes fracos e enfraquecer oponentes mais fortes. Além disso, ser sorrateiro diminui as chances de alertar outros guerreiros e ter de lutar cercado.
 
Lembre-se que os inimigos tendem a enxergar muito melhor do que ouvir. Outra opção são os ataques à distância, que contam com armas de fogo poderosas, arcos flexíveis com o uso de fogo e veneno, lança-chamas, entre outras opções. Vale a pena também ficar atento aos cenários, pois é comum encontrar itens que podem ser lançados contra os adversários. Sugiro a seguinte estratégia: ser furtivo o máximo possível, para depois abusar dos ataques distantes, para só então recorrer aos embates diretos.

Ajuste as habilidades ao seu estilo...

Neste game temos uma árvore de habilidades que são compradas por pontos obtidos ao obter experiência e carma. Esses Atributos, que são bastante generosos, são divididos em quatro grandes categorias: Força, Destreza, Charme e Intelecto. Os efeitos de cada uma das opções são explicados por texto e vídeo, facilitando a decisão de qual escolher. Aqui não existe exatamente um certo e errado, visto que uma das qualidades de A Ascensão do Ronin é a personalização.
Além de habilidades específicas, cada uma das quatro opções também conta com atributos secundários. Por exemplo, adquirir habilidades de Destreza aumenta o Ataque secundário e o Atordoamento, enquanto as de Intelecto melhoram a Inflição (capacidade de infligir condições aos inimigos). Mais uma vez, cabe ao jogador definir o melhor caminho, de acordo com as suas preferências de jogo.

... mas preste atenção em algumas “obrigatórias”

Dita essa dica da personalização, preciso salientar que determinadas habilidades são, na minha opinião, muito recomendáveis. O segmento Força guarda aprimoramentos de dano importantes, como reforço para os contrafulgores e os golpes críticos. Já o Destreza tem habilidades fundamentais para facilitar a furtividade, incluindo assassinatos em série e o uso do gancho para isso. Vale lembrar também dos atributos secundários, dos quais a Força se destaca graças ao reforço na Defesa e Ataque principal, assim como o Charme na Recuperação de ki.

Itens e equipamentos são vitais (e exaustivos)

As pílulas medicinais para recuperar a vida são o item mais útil do jogo. Elas recuperam boa parte da vida, podem ser carregadas em maior quantidade ao adquirir certas habilidades e são repostas a cada salvamento em estandartes (mais sobre eles na próxima dica). Mantenha-as sempre no menu de acesso rápido pelo direcionais, mas não esqueça de equipar outros itens.
 
Boas sugestões incluem os itens que incendeiam ou envenenam a arma principal em uso, causando danos extras aos inimigos. Outras opções são itens extras para recuperar a vida e que concedam reforços temporários nos atributos, incluindo mais ataque, resistência e recuperação do ki. Esses itens podem ser comprados, encontrados ou confeccionados.
 
O mesmo vale para os equipamentos, que guardam um atributo principal e efeitos secundários. Seja sua arma principal, secundária ou armadura (dividida em cabeça, tronco, braços, pernas e acessórios), é importante escolher sabiamente. Cada baú aberto, inimigo derrotado e missão cumprida pode render uma nova opção interessante, por vezes até mesmo completando um conjunto e recebendo efeitos especiais.
 
A única ressalva é quanto às quantidades: A Ascensão do Ronin oferece muitas recompensas, a grande maioria delas inútil para usar. O negócio é vender essas coisas para abrir espaço no inventário e obter recursos extras, equipando somente o que for válido. É um processo chato e exaustivo, que deve ser realizado frequentemente (é um dos defeitos do jogo, mas ao menos é de simples solução).

Explorar é divertido e útil

Após muitas dicas sobre combates, indubitavelmente a parte mais fundamental do game, falemos agora sobre a exploração. O mapa do game é vasto e repleto de opções para descobrir, então vamos a algumas informações básicas. Boa parte da diversão do game consiste em conhecer o seu mundo único, quebrando o ritmo dos combates radicais.
As recompensas de explorar o mapa incluem encontrar várias tarefas e missões secundárias espalhadas por ele, assim como itens escondidos, além de outras surpresas. Sugiro intercalar entre luta/exploração numa proporção um para um, de modo a equilibrar a obtenção de experiência e recursos. Sugiro também, tão logo o jogador tenha acesso aos estábulos, comprar um cavalo para facilitar os deslocamentos iniciais.
 
“Iniciais” porque logo que descobrimos e acendemos Estandartes em novas regiões, garantimos um ponto de teletransporte permanente, assim como uma fonte de reabastecimento de pílulas medicinais, flechas, entre outros consumíveis. Outra funcionalidade é trocar os pontos de carma por pontos de habilidade, evitando perdas em uma derrota. Aliás, morrer num combate retorna o jogador para o último estandarte visitado, então mais uma razão importante para visitar algum deles com frequência.
 
Para evitar avançar na história rápido demais, sugiro rotacionar entre as Missões de Ronin, as Missões comuns e as Missões de elo (salvo aquele esforço inicial para obter o alojamento). Esse último tipo serve para fortalecer laços do protagonista com outros personagens, adquirindo recompensas únicas para cada caso. Também é possível melhorar essas amizades em encontros no já comentado alojamento.

Foque nas áreas conturbadas

São muitas as atividades disponíveis neste mundo aberto baseado no Japão. Elas incluem afagar gatinhos, rezar em templos, tirar fotografias, praticar tiro ao alvo, capturar fugitivos, entre outras. Cada uma delas rende recompensas específicas, todas elas úteis de alguma forma, mas deixo a sugestão para que as áreas conturbadas, assim como acender os estandartes, sejam priorizadas sobre as outras.
 
Elas têm duas vantagens bastante interessantes: primeiro, fornecem uma boa quantidade de pontos de experiência e carma ao envolver o jogador em vários combates; segundo, cumprir a missão propicia que aquela localidade se recupere e ofereça novos atrativos. Por exemplo, é possível encontrar boticários, tesouros e estábulos, assim como missões inéditas.
E aí, leitor? Curtiu o nosso guia de dicas para A Ascensão do Ronin? Faltou alguma coisa? Deixe o teu comentário.
Revisão: Vitor Tibério

é produtor de conteúdo sobre games desde 2016 e um grande fã da décima arte, embora não tenha muito tempo disponível para ela. Seus games favoritos (que formam uma longa lista) incluem: KH, Borderlands, Guitar Hero, Zelda, Crash, FIFA, CoD, Pokémon, MvC, Yu-Gi-Oh, Resident Evil, Bayonetta, Persona, Burnout e Ratchet & Clank.
Também encontra-se no Twitter @MatheusSO02 e no OpenCritic.
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