Um dos principais carros-chefes do GameBlast são as análises, as
famigeradas reviews de jogos em que nossos redatores esmiúçam a fundo a
respeito da qualidade (ou falta dela) de um game tanto como um produto quanto
como uma obra produzida com viés artístico. Ao longo de 2023, segundo
levantamento feito pelo Alexandre Galvão, nosso Xelão, o GB publicou um total de mais de quatrocentos textos no
gênero.
A grosso modo, isso rende mais de uma análise por dia. Diante de uma
quantidade tão robusta de conteúdo, que tal nos aprofundarmos um pouco mais
nesses números e entender o que eles representam?
Visão Geral
Pois bem, a primeira coisa a se considerar é que, em 2023, o GameBlast
produziu um total de quatrocentas e vinte e sete análises (427) contra um
número de trezentos e trinta e uma (331) reviews
publicadas no ano anterior, o que corresponde a um crescimento de 29% nesse valor.
Nota-se que isso engloba tanto jogos completos quanto DLCs. Fazendo um
recorte, os DLCs correspondem a um total de vinte e quatro textos no período
contra os dez de 2022 e se refere, só nessa categoria, a um aumento de 140%.
Abordando apenas jogos completos, são quatrocentas e três reviews contra
trezentas e vinte do ano anterior, um aumento específico de 25,9%.
Considerando então o tipo de produto analisado apenas em 2023 (que, ao
contrário de 2022, não contou com a review de um serviço em específico, como
foi o caso do novo PlayStation Plus), a relação entre jogos completos contra
DLCs ficou a seguinte:
Ou seja, 94% das nossas críticas dizem respeito a games individuais; 6% a
pacotes DLCs (e normalmente DLCs de destaque, como
Tales of Arise: Beyond the Dawn,
Resident Evil 4: Caminhos Distintos
e
God of War Ragnarök: Valhalla). Isso denota um crescimento do nosso esforço em cobrir os conteúdos
adicionais que são lançados após o título original, uma vez que esses
valores correspondiam a 97% e 3%, respectivamente, em 2022.
Agora, e quanto à frequência das nossas análises?
Dezembro foi o mês menos movimentado, com apenas dezoito textos produzidos,
sendo o único com menos de vinte análises. Em contrapartida, junho e agosto
dividem o pódio, com quarenta e cinco reviews cada. Ambos, inclusive, foram os
meses de publicação de dois jogos que receberam a honraria de garantir uma
nota máxima, como é o caso de
Street Fighter 6
(em junho) e
Baldur’s Gate 3 (em agosto).
Também é possível ver abaixo um gráfico que acompanha o número total de
análises ao longo dos meses, no qual se observa um crescimento estável e
contínuo, sem aumentos vertiginosos ou momentos de estagnação, com exceção
da queda repentina por conta da calmaria das festividades de fim de ano em
dezembro:
Plataforma por plataforma
Uma questão persistente na indústria de jogos que continua a gerar debates é
a exclusividade. Com a popularização dos computadores, observa-se uma
diminuição na produção de jogos exclusivos para plataformas específicas. A
maioria das empresas terceirizadas deixou de adotar essa prática, enquanto
as desenvolvedoras de primeira linha ainda a utilizam para restringir seus
títulos às suas próprias plataformas — embora recentemente a Sony tenha
disponibilizado alguns de seus jogos na Steam.
Tendo isso em vista, ao analisarmos um jogo multiplataforma, o GameBlast tem
a transparência de informar qual, dentre as disponíveis, foi utilizada para
a produção da review, sendo que a escolha é dependente da disponibilidade e
preferência do próprio redator. Dito isso, qual é a plataforma favorita da
redação?
Segundo o gráfico, o PC segue a tendência como plataforma universal e
representa bem mais de 50% dos jogos analisados, com um total de 245 na
estatística geral. Em segundo vem o PlayStation 4, com 95 jogos e 22% do
montante. A Sony termina de ocupar o pódio com o PlayStation 5 na terceira
colocação, com 18%.
Na sequência, com uma parcela infinitamente menor, vêm as críticas que foram
produzidas em mais de uma plataforma. Por exemplo, tanto a versão de PC
quanto a de Xbox Series foram levadas em conta para a análise de Starfield
(PC/XSX), uma vez que o RPG da Bethesda, por pertencer à Microsoft, tem uma
sinergia própria entre essas duas plataformas.
Também é possível comparar a aderência de cada plataforma em 2023 em
comparação ao ano de 2022:
Como era de se esperar, o aumento no número de análises levou a um crescimento
geral para as três principais plataformas da redação: PC, PS4 e PS5. Chama a
atenção que, embora já estejamos com alguns anos de caminhada na geração do
PlayStation 5, o PS4 segue firme e forte na consistência, embora seu domínio
em relação ao geral tenha diminuído, representando 22% de todas as análises
(uma queda de 5% em relação a 2022), enquanto o PS5 diminui a distância, com
18% (aumento de 2%), reduzindo para 4% uma diferença que antes era de 9%.
Percebe-se também a estabilidade do Xbox Series entre os períodos, bem como
o completo sumiço do Xbox One. Ambos foram superados pelo mobile, que,
embora ainda tímido, aumentou sua presença em 100% entre um ano e outro. O
PC segue absoluto, aumentando não só as análises em quase 40% quanto sua
presença como plataforma favorita, que subiu de 53% para 57%.
A nossa redação
Esses números todos são mérito da nossa competentíssima redação, que, além
de redigir as notícias do cotidiano, também opera a todo vapor para produzir
as análises que você lê aqui no GameBlast — valendo também a menção aos
revisores, cujo controle de qualidade permite que sempre alcancemos a
excelência.
Tendo isso em vista, quais são os nossos redatores mais prolíficos em 2023?
De acordo com o levantamento, pelo segundo ano consecutivo, o troféu de
analista mais prolífico do GB vai para o Carlos França Jr., com setenta e sete
reviews no período. O segundo lugar ficou com o mago das visual novels, Ivanir
Ignacchitti, com cinquenta e oito e, na sua cola, Alexandre Galvão, com
quarenta e nove. Nota-se que o fato de alguns redatores atingirem números mais
tímidos pode significar que eles não completaram o ano inteiro no GameBlast
(tendo entrado recentemente para a equipe ou que saíram antes do ano acabar),
ou ainda que colaboram ativamente de outra forma para a produção do Blast,
como focando na redação de notícias ou outros tipos de textos de destaque.
Desses que já integram nosso time há mais de uma volta da Terra ao redor do
sol, é possível fazer uma comparação com o próprio desempenho no ano
anterior:
Analista | 2022 | 2023 | Variação |
---|---|---|---|
Adrian Gustavo | 1 | 2 | +100% |
Alan Murilo | 15 | 13 | -13% |
Alexandre Galvão | 39 | 49 | +26% |
Carlos França Jr. | 60 | 77 | +28% |
Farley Santos | 49 | 48 | -2% |
Gustavo Souza | 20 | 38 | +90% |
Ivanir Ignacchitti | 46 | 58 | +26% |
João Pedro Boaventura | 12 | 19 | +58% |
Juliana Paiva Zapparoli | 2 | 9 | +350% |
Lucas Fábio Rodrigues | 4 | 1 | -75% |
Matheus Senna de Oliveira | 29 | 26 | -10% |
Maurício Katayama | 16 | 4 | -75% |
Victor Vitório | 7 | 34 | +386% |
Vítor M. Costa | 19 | 10 | -47% |
Sob o ponto de vista de crescimento, o Victor Vitório é quem mais aprimorou
sua produtividade, com um aumento de 386% entre os períodos. Dos analistas
que já tinham uma quantidade consideravelmente robusta de análises, Carlos
realizou a façanha de aumentar seus números em 28%, seguido por Ivanir e
Alexandre, ambos com 26%. Farley Santos, que em 2022 tinha ficado no pódio,
produziu menos críticas em 2023, com uma queda de 2% no período.
Outra prática do GameBlast, assim como a de vários outros portais, é a
atribuição de uma nota para cada jogo analisado. Considerando então nossos
autores, qual é a média de notas atribuídas por cada um deles?
Considerando 2022, os redatores com a maior média são Ronald Junior e Lucas
Fábio Rodrigues (com suas únicas análise e médias 9.0), Juliana Paiva
Zapparoli (com nove críticas e média 8.2) e Ivanir Ignacchitti (com cinquenta
e oito publicações e média 8.0). Em contrapartida, os analistas mais severos
foram João Pedro Boaventura (com dezenove análises e média 6.6), Alexsander
Oliveira (com 10 reviews e cuja média foi 6.9) e Adrian Gustavo (com média 7.2
e dois textos produzidos).
Em relação ao nosso pódio, Carlos fechou 2022 com uma média de 7.3 (a mesma
do ano passado, indicando certa consistência de critério), Alexandre com 7.6
e Ivanir com 8.0. Tendo em vista esses dados, como ficou a distribuição da
quantidade de análises produzidas se colocadas em comparação com a média de
cada um?
Observa-se que, com menos análises, a tendência é termos números mais
exagerados na média de cada redator (Lucas Fábio Rodrigues e Ronald Junior
produziram uma única análise cada, cuja avaliação foi a de nota 9.0). Com mais
críticas produzidas, a propensão é que a maior parte dos redatores se acumule
na faixa entre o 7.5 e o 8.0.
Qual foi o desempenho da indústria em 2023?
Por fim, também é possível contabilizar as críticas produzidas pelos
redatores do GameBlast através das notas finais dos jogos. Nesse caso, o
portal utiliza uma escala de zero a dez, em que cada uma das faixas ajuda a
qualificar o game analisado dentro de um contexto, como pode ser observado
no levantamento a seguir que quantifica a incidência de cada uma das
pontuações atribuídas.
Tendo isso em vista, o ano que se passou, no geral, pode ser considerado entre
o “bom” e o “muito bom”, visto que foram cento e sessenta e oito jogos com
notas na faixa entre 8.0 e 8.5 e cento e quatorze na faixa entre 7.0 e
7.5. A média final de 2023, segundo as trezentas e trinta e uma análises do
GB, foi de 7.6. A fim de curiosidade, a nota mais baixa do ano também foi a
mais baixa da história do GameBlast, um 0.5 atribuído a
Postal 4: No Regerts (Multi).
Também é possível extrair uma média por plataforma analisada:
Com isso, observa-se que os quatro jogos de mobile analisados (Mighty Doom,
Street Fighter Duel,
Usagi Shima
e Lost in Play) foram suficientemente bons para ganhar nossa atenção e jogar a média da
plataforma lá para o alto. O mesmo vale para títulos cujo teste em mais de
uma plataforma pode favorecer a experiência como um todo em sua essência
multiplataforma.
É importante ressaltar que tal leitura em momento nenhum indica que uma
plataforma produz jogos melhores do que as outras, já que ela reflete apenas
as plataformas escolhidas pelos autores na hora de analisar cada um dos
produtos (sendo que a maioria está disponível em mais de uma plataforma,
inclusive).
Por fim, a nossa política de transparência no que diz respeito a avisar
quando uma publisher manda uma cópia para análise facilitou com que
passássemos também a contabilizar quais foram as empresas que mais lançaram
jogos que julgamos dignos de análise. Nota-se que nem todos foram cedidos,
de fato, para a redação desta forma (é possível que o redator tenha
adquirido a própria cópia e ainda assim feito sua crítica), mas em termos de
reviews produzidas em 2023, as dez companhias com mais produtos cobertos
pela redação do Blast foram:
Para além das listadas, chama a atenção alguns outros nomes de peso da
indústria de jogos que tiveram uma quantidade menor de títulos lançados, como
é o caso da Activision-Blizzard, da Atari, da Devolver Digital e da Koei
Tecmo, com seis; da PQube e da Sony, com cinco; da Bethesda e da Ubisoft, com
quatro; e da Konami, 2K e Warner, com três.
Valorizando o nosso legado!
E esse foi o 2023 da área de análises do GameBlast! Esse tipo de levantamento
é sempre muito importante para o time porque valoriza não só o nosso legado,
com anos de atividade e perseverança, mas também cada um de nossos redatores,
uma vez que cada game é uma roleta russa que pode
surpreender positivamente
ou simplesmente se tornar
uma das piores experiências de suas vidas
apenas para poderem registrar o sábio conselho de se afastar de tais bombas.
Para os que quiserem entrar em mais detalhes a respeito de cada análise,
também estamos no
OpenCritic
contabilizando nossas notas, além de publicarmos balanços mensais que servem
para destacar as principais reviews de cada mês.
Confira os balanços mensais com as análises publicadas no GameBlast
Revisão: Davi Sousa