Meus jogos favoritos de 2023 — Yuri Hupsel

Os redatores do GameBlast falam sobre os títulos que mais curtiram entre os lançamentos deste ano.



Nunca fui o tipo de jogador que foca nos jogos “do ano”. Na verdade, sempre fiz mais o tipo “esperar ficar barato pra então aproveitar”, e a gente sabe que, pra um jogo ficar barato, pode levar um bom tempo…


Porém, me surpreendi com a quantidade de jogos lançados em 2023 que acabei aproveitando, o suficiente pra fazer esta lista e até mesmo ficar em dúvida sobre quais games colocar nela. Para se ter uma ideia, só de jogos lançados entre dezembro do ano passado e dezembro deste ano, eu joguei: Atomic Heart, Sea of Stars, Chained Chronicles, Forza Motorsport, Have a Nice Death, Starfield e muito mais.

Curiosamente,  desses que citei, por mais que eu os tenha adorado, nenhum está na minha lista; os escolhidos foram aqueles que mais me divertiram, e acabei voltando mais vezes. Entre os selecionados, há jogos comprados por mim mesmo e também alguns que recebi para analisar aqui para o GameBlast, o que prova que, às vezes, até o trabalho é divertido.

Então, sem mais enrolação, estes são os meus melhores jogos de 2023:

Dredge



Dredge é disparado o meu favorito do ano: juntou dois gêneros que eu nunca dei muita bola, pesca e terror, com uma gameplay relaxante e história muito bacana. Foi aquele jogo que eu procurei jogar com toda a calma do mundo, aproveitando cada momento para que não acabasse logo. E ainda acho uma pena já ter terminado. 

Pescar, gerenciar o armazenamento do barco, obter melhorias, evitar a noite, achar relíquias. Eu perdi as contas de quantas horas eu gastei só pescando por achar a mecânica relaxante. Posso dizer que terminei Dredge praticamente um milionário excêntrico, que só continuava pescando pelo prazer de pescar.

Ah, e não deixe se enganar pelo visual charmoso do jogo: você vai tomar alguns sustos e ficar bem tenso em alguns momentos, principalmente à noite… 

Hi-Fi Rush


É consenso geral que Hi-Fi Rush foi a grande surpresa de 2023. Chegou literalmente do nada. Sem anúncios, sem trailers, apenas foi lançado. Alguns dizem que essa tática pode ter sido ruim para a divulgação do jogo, enquanto outros podem defendê-la. Já eu, só quero saber de bater em robô ao ritmo da música até meus dedos doerem de tanto apertar os botões. 

Hi-Fi Rush é um jogo que não tem medo de ser jogo. Precisamos de mais games assim. Torço de coração por sequências (sim, quero mais de uma, merece franquia).

Pokémon Scarlet


Eu sei… Eu sei… Pokémon Scarlet e Violet chegaram com vários problemas no lançamento. Mas sendo bem sincero, eu praticamente não os notei. Pra mim, que cresci acompanhando a franquia pelo anime, e joguei tanto FireRed que seria capaz de jogar de olhos vendados, foi emocionante ter um jogo da franquia como mundo aberto (verdadeiro mundo aberto, ouviu, Legends Arceus?)

Scarlet foi o primeiro jogo que decidi completar a Pokédex, pois foi o primeiro que eu joguei sendo de fato meu. E pra mim foi emocionante explorar Paldea e Kitakami em busca dos monstrinhos. Mas se tem um problema do jogo que eu concordo totalmente com as reclamações é o uniforme. Nesse quesito, Sword & Shield (comprei pouco depois) dão aula de customização de personagem. 

The Bookwalker: Thief Of Tales


Tem um detalhe que torna The Bookwalker um jogo especial pra mim:  foi o primeiro que fiz análise aqui para o GameBlast. Isso, aliado à excelente história e à jogabilidade “apontar e clicar” com visão isométrica, ganhou meu coração. Claro, nem tudo são flores: encontrei alguns bugs e até precisei reiniciar a história devido a um bug que me impedia de prosseguir na campanha. 

Mas, no fim das contas, a soma das coisas boas supera e muito a das coisas ruins. Eu particularmente recomendo o jogo a qualquer um. 

Daymare: 1994 Sandcastle


Este ano levou a um acontecimento que eu jamais imaginei ser possível: começar a gostar de jogos de terror. Dredge e principalmente Daymare: 1994 Sandcastle foram o pontapé para isso. Prequela do primeiro jogo, Sandcastle melhorou muito do que foi apresentado antes, só faltou ser menos apelão em relação ao combate com os inimigos. Tive uns três princípios de infarto com este jogo, mas admito que gostei muito, a ponto de ficar carregando o Steam Deck pra todo canto pra jogar (sim, o título roda muito bem no portátil da Valve, mais um ponto a favor dele).

O impacto de Sandcastle foi tanto no meu gosto por games, que estou encerrando o ano jogando a antologia Dark Pictures com a minha esposa e acompanhando com afinco as jogatinas dela em Resident Evil. Acho que ela ganhou um parceiro pra esse gênero que ela tanto ama, e tudo isso graças a Daymare: 1994 Sandcastle.

Ainda não joguei, mas pretendo

E claro, tem outros jogos que foram lançados este ano e que eu tenho muita vontade de jogar. Alguns não só estão na minha lista, como até já comprei, só falta arrumar tempo para iniciar.

Evil West



Velho Oeste + vampiros + combate brutal = compra certa. Ao menos foi assim pra mim com Evil West. Passei um bom tempo namorando esse jogo até decidir comprar. No recesso de fim de ano, vou sair caçando vampiros e desbravando o oeste selvagem.

Dead Space Remake


Já que não é segredo para você que está lendo que agora eu gosto de jogos de terror, nem chega a ser surpresa este jogo estar na lista. Não cheguei a ter contato com o original, mas estou seguindo uma recomendação de começar por esse mesmo e aguardar os próximos remakes.

Mas o que me surpreendeu mesmo foi o preço que paguei na versão de luxo, apenas 50 reais. Aqui temos uma excelente exceção à regra de jogo recém-lançado demorar a ficar barato… 

Deliver Us Mars

Joguei o primeiro game da franquia, Deliver Us The Moon, e, ao saber dessa sequência, fiquei animado. Acho que tenho um fraco por “simuladores de caminhada espacial com quebra-cabeças”.

O jogo estava na minha lista para comprar há um bom tempo, mas ainda bem que demorei, já que a Epic distribuiu o título gratuitamente no final de novembro. E como já recuperei a Lua, logo, logo vou recuperar o Planeta Vermelho. 

Star War Jedi Survivor



OK, este é um ponto problemático da lista, mas só pra mim. Jedi Survivor foi um presente do meu irmão mais novo, e eu ainda não parei pra jogar direito.

Abri o jogo, dei uma mexida, mas ainda não joguei. Se meu irmão Dimitri estiver lendo isso, prometo que vou começar o jogo pra valer antes de 2023 terminar. Até porque Fallen Order foi bom demais, se tornando um dos meus jogos de Star Wars favoritos (e a prova de que a EA pode, sim, lançar bons jogos single player e sem microtransação abusiva).

Baldur’s Gate 3



O grande nome do ano e mais cotado a levar o tão desejado GOTY para casa. É um dos games que mais estou ansioso pra jogar, mas esse vou deixar para o começo de 2024, já tenho coisa demais na frente. Porém… quando eu começar… bom, vai ser necessária uma intervenção pra me afastar do jogo, tenho nem dúvidas, afinal, são tantos finais, tantas possibilidades… Por hora, pode-se considerar Baldur’s Gate 3 o game de RPG definitivo.

2023 tá no fim e 2024 já está batendo à porta exigindo minha carteira

Que 2023 foi um dos melhores anos na história dos videogames, não tem como negar. Foram diversos lançamentos aguardados e surpresas que encheram os olhos e esvaziaram carteiras, incluindo a minha. Fazia tempo que eu não aproveitava tanto um ano pra jogar, então foi bom retomar “velhos hábitos”. 

E já preciso me preparar para 2024, algumas das minhas franquias favoritas estão vindo com lançamentos de peso. Vai ter Like a Dragon 8, Frostpunk 2, Hellblade 2, Tekken 8, etc. Só não sei se vai ter dinheiro ou tempo pra tanta coisa, mas dou um jeito. Sempre dou um jeito.

Revisão: Juliana Paiva Zapparoli


Jornalista e aficcionado por jogos e quadrinhos. Aproveita a profissão para falar do que gosta. Atualmente, é redator aqui no GameBlast e colaborador no Mapingua Nerd.
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