Meus jogos favoritos de 2023 — Maurício Katayama

Os redatores do GameBlast falam sobre os títulos que mais curtiram entre os lançamentos deste ano.

em 29/12/2023

Olá, pessoal! Mais um ano se passou, e que ano foi esse! Sei que estou repetindo algo que meus colegas redatores já disseram em seus textos de favoritos do ano, mas 2023 foi um dos melhores de todos os tempos na indústria dos games. Eu jogo videogame desde a primeira geração de consoles na década de 1970 e não consigo me recordar de um período que seja melhor.

O problema sequer foi escolher o que jogar, mas sim a falta de tempo para desfrutar dos ótimos lançamentos. Todas as plataformas lançaram jogos sensacionais e simplesmente não consegui fazer tudo o que eu queria.

Nesta lista citarei meus jogos favoritos nas plataformas PC, Xbox Series e PlayStation 5. Meus jogos favoritos do Switch você pode conferir no especial dedicado à plataforma no site Nintendo Blast.

Final Fantasy XVI

Apesar de ser criticado por muitos por “não ser um Final Fantasy de verdade” ou por ser “parecido demais com Devil May Cry”, eu gostei de Final Fantasy XVI, em parte por seus belos gráficos, e muito por sua trilha sonora belíssima. O enredo capturou meu interesse desde o início e eu gostei bastante do elenco de personagens, especialmente do protagonista Clive Rosfield. Concordo que o sistema de combate seja um pouco simples e repetitivo, mas as animações especiais dos golpes tornam a parte de hack-and-slash um espetáculo.



Resident Evil 4 Remake

Durante muito tempo eu bradei a frase “Resident Evil 4 não precisa de um remake”. Bem, jogar RE4R mudou minha opinião. O remake consegue manter o clima do jogo original, mas transportando-o para jogabilidade e estética modernas. O game tem apresentação visual impecável e equilibra bem o desafio e diversão, sem a necessidade de apelar exageradamente para a nostalgia, como é muito comum de se ver em remakes. Eu desfrutei essa maravilha da Capcom no PlayStation 5, para um dia talvez testar seu modo VR, se é que um dia vou me animar para pagar o preço de um console inteiro em um acessório tão específico.



Hi-Fi RUSH

Surpreendente em todos os sentidos, desde o seu modelo de lançamento até a temática inesperada para um jogo da Tango Gameworks, Hi-Fi RUSH é um mix muito bem-sucedido de jogo de ritmo, hack-and-slash e plataforma. Criativo, pulsante e divertidíssimo, ele envolve o jogador pela sua jogabilidade gostosa e pela ambientação muito bem feita. O polimento impecável pode ser visto nos gráficos, desempenho, jogabilidade e trilha sonora, sem falar na excelente dublagem em português, uma das melhores que já ouvi. É um jogo excelente e extremamente recomendado para amantes de jogos de ação e ritmo, um verdadeiro presente do Xbox Game Studios para aqueles que gostam de jogos divertidos no sentido puro da palavra.



Starfield

Starfield é um RPG imenso que dá a oportunidade para o jogador ser quem quiser e explorar um vasto universo adaptando a jogabilidade ao seu estilo, explorando apenas as mecânicas que mais gostar. Certamente não é perfeito e não é a revolução que a Bethesda prometeu, mas seus defeitos importam cada vez menos à medida que o jogador é absorvido pela imensa quantidade de atividades e conteúdo à sua disposição. Starfield é uma experiência que não deve ser jogada, mas sim vivida, e tem conteúdo suficiente para entreter o jogador por anos como seu simulador de vida no espaço.


Forza Motosport

Forza Motorsport continua sendo referência em simuladores de corrida para consoles e é a mais bonita entrada da série, além de ser a que apresenta a jogabilidade mais realista e refinada dentre todos os Forza e merecer elogios por suas amplas opções de acessibilidade. Ele não é livre de defeitos, contudo, oferecendo menos pistas e carros que seus antecessores e possuindo um sistema de punição inconsistente, mas seu modo multiplayer sólido faz com que este reboot seja uma indicação obrigatória para entusiastas de esporte motorizado nos consoles.



Baldur’s Gate 3

Eu gostei bastante de Baldur’s Gate 3 pela ampla liberdade que ele dá ao jogador e por recriar o clima de um RPG de mesa, algo que eu nunca tinha visto acontecer com competência em um videogame. Também achei impressionante como sua história se molda e se adapta a todas as escolhas feitas pelo jogador, sejam elas quais forem, o que demonstra bastante capricho e cuidado em sua concepção. Eu teria escolhido The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom (Switch) como Jogo do Ano, mas não há como negar que Baldur’s Gate 3 é um jogaço.


Street Fighter 6

Street Fighter 6 reforça uma anedota que eu gosto de contar: que os Street Fighters com números ímpares tendem a decepcionar em seu lançamento, já os com números pares saem ótimos. Tudo bem que é uma brincadeira minha (ou não), mas o fato é que esse jogo me agradou muito, muito mesmo. Gostei da ideia de montar uma personagem, explorar uma cidade e customizar seu estilo de luta ganhando experiência com outros lutadores, um conceito que, embora não seja exatamente novo, foi super bem executado aqui. A jogabilidade ficou uma delícia, evitando os sistemas complexos sem sentido e a falta de conteúdo inicial do seu antecessor.


Diablo IV

O lançamento de um novo Diablo é sempre um evento para mim, que curto a franquia desde o início. Eu gostei como muito do jeitão sinistro e da jogabilidade dos primeiros jogos da série foram transportados para o jogo mais recente. A sensação que eu tive foi de um retorno às raízes que eu tanto gostava, mas com elementos gráficos e narrativa modernos. Acho estranho, contudo, que um jogo com esse nível de qualidade tenha perdido o interesse do público e da mídia poucos meses após seu lançamento, a ponto de mal ter sido lembrado na premiação The Game Awards 2023. Uma pena.


Perspectivas para 2024

O ano que se passou foi um período fora da curva para a indústria dos games, pois acredito que boa parte da enxurrada de ótimos títulos lançados foi resultado de projetos represados durante a pandemia de COVID-19. Não tive tempo para jogar tudo o que eu queria, então boa parte do ano que vem será dedicada a visitar itens do meu backlog, como Alan Wake II, Marvel’s Spider-Man 2, COCOON ou até mesmo retomar aventuras que infelizmente deixei incompletas, como Octopath Traveler II e Pikmin 4.

Já para os jogos de 2024, minhas atenções estão voltadas para Final Fantasy VII Rebirth, Princess Peach: Showtime!, Hades II, Like a Dragon: Infinite Wealth, Paper Mario: The Thousand-Year Door, REPLACED, Rise of the Ronin, Senua’s Saga: Hellblade II e S.T.A.L.K.E.R 2: Heart of Chornobyl. Pelo visto o problema de falta de tempo vai acontecer novamente, hehehe.

Desejo a todos um excelente 2024, com muitos jogos, alegrias e realizações!!!
Confira também a lista dos jogos favoritos dos meus colegas de Redação:

Ivanir Ignacchitti
Yuri Hupsel
Alexandre Galvão
Luan Gabriel de Paula
Carlos França Jr.
Alecsander Oliveira
Farley Santos
Lucas Oliveira
João Pedro Boaventura
Matheus Senna de Oliveira
Juliana Paiva Zapparoli 
Alan Murilo
Revisão: Heloísa D'Assumpção Ballaminut

é engenheiro eletrônico e tem uma filha fofinha que tenta morder os controles do papai. Curte jogos de luta, corrida e ação.
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