Meus jogos favoritos de 2023 — Luan Gabriel

Os redatores do GameBlast falam sobre os títulos que mais curtiram entre os lançamentos deste ano.

em 13/12/2023

Este ano, sem dúvidas, foi um dos maiores no quesito de lançamentos de qualidade. Tivemos tantos jogos passíveis de entrar na lista de jogo do ano da TGA que era impossível algum grande título não ficar de fora.


2023 também traz uma marca pessoal pra mim, já que em 2022 eu tive pouco tempo para jogar os lançamentos devido ao fim da minha graduação, mas, este ano, a história foi diferente: com bastante tempo para jogar, foi o período em que mais finalizei jogos em toda minha vida.

Foram mais de 30 títulos ao longo dos 12 meses, quase três jogos por mês! Dito isso, vamos aos meus favoritos do ano. Contudo, minha lista, assim  como o GOTY, deixa de fora ótimos lançamentos, já que não quero  me alongar demais no texto.

Resident Evil 4 Remake


Resident Evil é uma franquia pela qual tenho muito carinho Foi uma das primeiras experiências que tive com videogames: lembro que minha mãe jogava o original de PS1 enquanto eu morria de medo.

Ter a oportunidade de jogar o remake de uma das entradas mais amadas pelos fãs no dia do lançamento foi uma grande felicidade. Felizmente, o jogo entregou ainda mais do que se esperava, elevando a régua para os remakes que virão no futuro.

Killer Frequency


Conheci Killer Frequency sem nenhuma expectativa num domingo de junho e finalizei o jogo no mesmo dia. A experiência gira em torno de resolver puzzles, atender ouvintes e comandar um programa de rádio noturno enquanto um assassino mascarado está à solta.

O jogo tem uma vibe única, um visual muito cativante e uma escrita afiada que me fez ficar colado na cadeira do início ao fim, apenas olhando para a mesa de som e ouvindo os personagens, suas histórias e personalidades. Roller Rick e seu cachorro Maxy sempre estarão comigo.

Hi-Fi Rush


O melhor exclusivo da Microsoft do ano, sim ou claro? Hi-Fi Rush é um baita show do início ao fim: ótimos personagens, uma trilha sonora (obviamente) incrível, ritmo frenético e um humor descompromissado que eu sinto falta no mundo dos games. Vale também a crítica ao capitalismo, exploração do trabalho, Fordismo, dentre outros, de forma muito direta e criativa.

Baldur's Gate 3


O jogo. A máquina. O monstro. O GOTY! Baldur's Gate 3 é um marco do seu gênero e uma aula de como entregar uma experiência AAA nos dias atuais. O mundo é rico, complexo, vivo. Seus personagens estão entre os mais marcantes da indústria: lembro o nome de cada um dos companions, suas personalidades e manias. Tenho certeza que todos que jogaram ainda lembram das dancinhas bobas que a Karlach fica fazendo no fundo das cenas.

Acredito que o nível de liberdade para o jogador, densidade de gameplay e complexidade de escrita que BG3 apresenta seja algo que raramente veremos acontecer de novo com esse nível de qualidade. Já terminei a minha segunda campanha com o modo Impulso Sombrio e não consigo tirar da cabeça a vontade de iniciar a terceira.

Lies of P


Eu tenho um grande problema com um soulslike feito fora da FromSoftware. Dificilmente encontro algum que tenha uma qualidade meramente parecida ou que entregue uma experiência interessante. E olha que tentei vários: Lords of Fallen 1 e 2, Wu Long, The Surge, Mortal Shell, Nioh e muitos outros, mas nenhum me despertou o mínimo de interesse ao jogar.


Dito isso, já comecei Lies of P com esse pé atrás. Felizmente, dei uma chance e fui completamente arrebatado pela experiência. P é facilmente um dos melhores soulslike já feitos fora da From. Ótima ambientação, história e combate compõem um título muito bem-feito e refinado. A história tem a esquisitice e nuance que eu adoro neste gênero: uma viagem louca pela fantasia e o horror que me deixou surpreendido.

Alan Wake 2


Quando eu achava que não tinha como algum jogo me surpreender mais do que Baldur’s Gate 3, Alan Wake 2 veio e me deixou mais uma vez catatônico neste ano. O que a Remedy construiu aqui é algo único, não só nos games, mas nas mídias contemporâneas no geral.


Uma mistura belíssima entre as mais diversas artes criando uma história, ao mesmo tempo, pesada e cheia de horror, mas sem nunca perder a ternura característica do estúdio e um humor que eu acho genuinamente engraçado. A icônica cena de Herald of Darkness é facilmente meu momento favorito dos jogos em 2023.

Dead Space Remake


Já era hora de eu dar uma chance ao horror cósmico de Dead Space, e qual melhor hora pra começar se não com o remake deste ano? Eu amo jogos de horror com foco em religiões, mas se tiver um pano de fundo sci-fi, melhor ainda!

Eu adorei me borrar de medo na Ishimura enfrentando as bizarrices e horrores desse jogo. Realmente me cativou como o remake não tenta reinventar a roda e traduz a experiência do jogo original para o público atual de forma muito sincera. A experiência foi tão boa que na sequência já engatei Dead Space 2 pra jogar. Mais um fã pra franquia!

Cyberpunk: Phantom Liberty


Começo fazendo uma confissão: eu fui um dos malucos que compraram Cyberpunk na pré-venda, em 2020. Desde então, eu tive altos e baixos com o jogo, mas nunca de fato consegui odiá-lo; Night City sempre teve um lugar especial no meu coração.

Quando migrei pro PC, o game já estava em seu estágio mais polido, não perdi tempo e joguei tudo de novo, me apaixonando mais uma vez pelo mundo criado pela CDPR. Agora, com Phantom Liberty, foi a vez de cair nas graças de Johnny Silverhand pela terceira vez.

O começo linear e cinematográfico do DLC me fez saltar na cadeira vendo todo o potencial que eu já imaginava que esse projeto tinha. Eu entrei na neurodança e curti cada segundinho de Dogtown, suas surpresas e contradições. Mal me lembro do que era Cyberpunk em 2020.

The Legend of Zelda: Tears of The Kingdom


A sequência de Breath of The Wild tinha todas as expectativas nas alturas e ainda assim conseguiu superá-las. Eu tinha medo da experiência ser uma repetição da fórmula do antecessor, mas fiquei feliz de redescobrir Hyrule de uma forma que eu não imaginava.

Apesar de manter alguns problemas de BOTW, a sequência encontra um caminho próprio com um tom mais ameaçador, confrontos diretos com o protagonista, o maravilhoso sistema de criação e um mapa três vezes maior do que antes. Um jogo para morar dentro dele por meses antes de largar o controle completamente encantado com o que a equipe da Nintendo conseguiu fazer aqui.

Armored Core 6: Fires of Rubicon


Apesar de não ter jogado Marvel's Spider-Man 2, eu acho um absurdo que ele tenha pegado uma vaga para GOTY e AC6 não. A FromSoftware continua sua saga de entregar cada vez mais experiências sólidas, ousadas e bem executadas na indústria. O retorno às origens com um novo Armored Core foi um movimento da empresa em se desafiar. 

Aqui, a FS traz toda a gameplay frenética de mais de 20 anos de história da franquia com controles aprimorados, tecnologias atuais e uma história que faz jus a todas as tramas já contadas nessa série. O sistema de Novo Jogo é algo que deveria ser copiado mais vezes: a cada vez que você termina a campanha, algo novo aparece: fases novas, desfechos diferentes para as missões, até mesmo um final completamente inédito.

Um ano marcado pela grandeza



2023 com certeza vai deixar ótimas lembranças para os jogadores. Muitos títulos incríveis ficaram de fora da minha lista pelo fato de eu não ter todos os consoles (ainda). Como não tenho um PS5, novamente exclusivos, como Final Fantasy XVI e Marvel 's Spider-Man 2, vão ficar de fora esse ano. 


Do lado da verdinha, os games do Xbox chegam em sua maioria para PC no Day One, mas quase nada que a empresa de Phil Spencer coloca no mercado me chama atenção. Starfield era a grande promessa do ano, mas depois de 60 sofridas horas, na qual boa parte deve ter ficado entre telas de carregamento e NPCs sem alma olhando o fundo do meu ser sem expressão nenhuma, seria um crime colocar o título numa lista com tantos jogos bem-feitos recheados de paixão pelos seus desenvolvedores.

2024, lá vamos nós!



Sinceramente, não tem muitos jogos específicos que já estou de olho em 2024, mas tenho certeza que boa parte das surpresas do ano que vai nascer nem foram anunciadas ainda. Estou positivo com que o futuro reserva para nós, jogadores, e espero bater meu recorde de jogos zerados no ano que vem.

Até lá, continuem jogando e nos vemos por aí!

Revisão: Juliana Paiva Zapparoli

Redator publicitário em tempo integral e amante de games nas horas vagas. Provavelmente aprendi a segurar um controle mais rápido do que uma mamadeira. Cresci com os maiores clássicos da Big N como Zelda, Mario e Pokémon. Hoje aproveito os pequenos momentos de descanso da vida corrida para me perder em Hyrule, em uma Tóquio pós-apocalíptica ou em um mundo de encanadores e cogumelos.
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