Prévia: Call of Duty: Modern Warfare III (Multi) promete ser um ótimo jogo de tiro, mas ainda precisa justificar o porquê da sua chegada

Conforme conferimos na análise do ano passado, parecia que a franquia de tiro mais popular da atualidade finalmente quebraria sua tradição recente de lançar um título inédito por ano. Foi então que tivemos o anúncio de Call of Duty: Modern Warfare III, novo jogo que precisa mostrar porque não valeu a pena dar suporte ao anterior. Vista seu uniforme e pegue o seu fuzil, pois a matéria vai começar.

A guerra precisa acabar

Com data de lançamento prevista para o dia 10 de novembro, o novo jogo chegará aproximadamente um ano após Call of Duty: Modern Warfare II. Embora o game anterior tivesse alguns problemas, ele contou com qualidades importantes e, principalmente, um potencial enorme na forma de um ciclo de vida mais longo, que duraria ao menos dois anos.

MW II prometeu muito, mas não entregou tudo

A chegada de Call of Duty: Warzone 2.0 — hoje chamado simplesmente de Warzone — e o encerramento do original, só reforçam essa possibilidade. A integração entre Warzone e MW II pode ser considerada competente, o que poderia indicar que ambos continuariam fortes pelo tempo prometido. Foi então que a Activision divulgou a chegada do novo game com nome próprio.

A integração entre Warzone e MW II está consolidada

Embora houvesse especulações de que ele poderia ser apenas uma espécie de expansão, o lançamento acabou se confirmando um título completo. Ou seja, com preço cheio e sem dependência do anterior. A questão é saber se ele justificará a sua chegada; pelo que pode ser apurado até agora, a resposta ainda é uma incógnita, com elementos apontando tanto para o lado positivo quanto para o negativo.

Terra de samba e pandeiro

Por exemplo, já é sabido que as armas de MW II serão plenamente aproveitáveis no jogo inédito (embora eu acredite que serão inferiores às novas), assim como teremos o retorno – com direito a uma produção moderna – de 16 mapas do título de 2009 da franquia. Ou seja, MW III foi projetado considerando os mesmos armamentos do anterior, como um DLC, mas trará uma boa dose de conteúdos renovados.

Informações privilegiadas

Antes de passar para mais informações e materiais divulgados até agora, vamos tirar algumas conclusões a partir da versão beta disponibilizada entre os dias 6 e 16 de outubro. Embora com apenas uma fração do conteúdo prometido para o game completo, os jogadores puderam conferir pontos importantes, como visuais e jogabilidade. Em particular, aproveitei bastante essa oportunidade para conferir as possíveis novidades.

O beta ajudou a entender o que está vindo por aí

Quanto ao primeiro item — os visuais — confesso que não notei diferenças significativas entre MW II e MW III. Os gráficos continuam bonitos, com belos efeitos de luz, cenários detalhados e bonitos, texturas caprichadas, entre outras qualidades, mas sem grandes novidades. Em termos de desempenho, a experiência é praticamente a mesma, sem diferenças consideráveis em tempos de carregamento.

Nada como aquela jogada épica

Já a jogabilidade pode, sim, ser considerada significativamente melhor. Não que a anterior fosse ruim, mas parece que agora os controles estão ainda mais ágeis e responsivos. A movimentação dos personagens é fluida e permite jogadas rápidas para surpreender os adversários. Por outro lado, a quantidade de vida aumentou, de forma que seja possível ao menos reagir a um ataque inimigo.

Teremos uma nova leva de equipamentos para escolher

Ainda não tivemos acesso completo às armas, habilidades e equipamentos, mas as opções disponíveis apontam para um arsenal variado e robusto. O sistema para liberar novos acessórios e itens parece ser mais dinâmico do que visto em MW II, o que também é um ponto positivo. Ressalto que esses comentários são baseados somente numa beta e não na versão final, mas dificilmente ela mudará muito em questão nesse espaço de um mês entre elas.

Cartucho cheio

Em termos de conteúdo, Modern Warfare III promete bastante: além dos já tradicionais modos multijogador e campanha, o modo Zumbi vai retornar a toda. Na minha opinião, ele realmente vai agregar bastante e tornar o game mais variado, sobretudo se ele se basear no ótimo Outbreak, que chegou gratuitamente em Black Ops – Cold War um pouco depois do seu lançamento. A promessa é termos um mapa de “mundo aberto”, então, aparentemente, isso vai acontecer.

Outbreak levou o modo Zumbi a novos patamares

Ainda sobre a campanha, é curioso apontar que o enredo será uma continuação direta de MW II. Essa sequência tão próxima é inédita na franquia e, ao meu ver, só salienta a crítica de que o título inicialmente não existia, consistindo de coisas que seriam lançadas ao game atual durante o período de dois anos. Seja como for, quem curtiu a história de John Price e Ghost vai ter um prato cheio.

Veremos em que estado chegarão os mortos-vivos

Embora ainda não seja possível afirmar, acredito que a integração de MW III com Warzone, o battle royale da franquia Call of Duty, será suave. Não somente já existe uma experiência com o processo, mas mecanicamente temos um jogo muito semelhante ao anterior, que por sua vez compartilha dos mesmos sistemas com o irmão gratuito. Portanto, parece que dessa vez as coisas funcionarão bem desde o começo.

Ainda existe potencial para muita diversão

Aliás, ainda nesse tópico, agora os jogos recentes de franquia, incluindo o futuro lançamento, são reunidos sob o “título” chamado Call of Duty HQ. Ele funciona como uma espécie de hub, de onde podem ser acessados os games que o jogador tiver disponível, além de gerenciar pacotes e compras. Mais um pró para a integração entre Warzone e Modern Warfare, que podem ser acessados rapidamente entre si.

O dever nunca termina

Isoladamente, Call of Duty: Modern Warfare III promete ser um dos melhores jogos da franquia em anos. Gráficos de primeira, jogabilidade afiada e muitos modos para disputar tiroteios. A questão é que, além de não parecer trazer muito além do que foi visto nos últimos lançamentos, seu antecessor veio com a promessa de durar até o ano que vem. Só nos resta esperar e ver como esse novo título chegará ao mercado e se fará jus às suas responsabilidades.