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Análise: HUMANKIND: Cultures of Oceania (Multi) é uma ótima, mas não fundamental, expansão ao jogo de estratégia

O novo DLC traz seis novas culturas para diversificar as nossas táticas.


Cultures of Oceania
é o novo DLC de HUMANKIND (Multi), jogo de estratégia 4X da AMPLITUDE Studios, lançado em 2021 para PC e em 2023 para consoles. Seguindo o padrão dos outros DLCs lançados — Cultures of Africa e Cultures of Latin America —, este pacote traz consigo seis novas culturas, quatro maravilhas da natureza, duas maravilhas culturais e 21 eventos narrativos para dar uma maior diversidade à gameplay. Apesar de não ser um pacote essencial, Cultures of Oceania certamente irá agradar aos fãs de HUMANKIND pela sua qualidade.

A chegada dos oceânicos

Em resumo, HUMANKIND é um jogo de estratégia em que temos como objetivo criar nossa própria civilização, mesclando ou não diferentes culturas ao longo das eras, e torná-la a mais influente em um determinado aspecto social. Desde seu lançamento para PC em 2021, o game recebeu alguns DLCs que adicionaram as culturas africanas e latino-americanas, diversificando ainda mais as possibilidades de gameplay.

No ano passado, a AMPLITUDE Studios também lançou o DLC Together We Rule, que, além de adicionar novas culturas ao jogo, incluiu a mecânica de diplomacia como meio de interação entre os jogadores. Cultures of Oceania segue a dinâmica das duas primeiras atualizações, ou seja, sem adicionar uma nova mecânica ao game, apesar de complementar bem o jogo-base sem desbalancear a gameplay.




Assim que entramos na Idade Antiga, temos a oportunidade de escolher o povo pama-nyungan como nossa primeira cultura, uma civilização com afinidade estética e traços de herança que nos dão bônus de influência para cada ponto de referência e maravilha da natureza encontrada.

Sua unidade emblemática são os Lançadores de Bumerangues, especialistas em combate a distância, e seu Distrito Emblemático é a Armadilha de Pesca, que, além de funcionar como distrito agrícola, fornece mais alimentos por rio adjacentes. Como escolha inicial, essas características ajudam a crescer nossa cidade de forma que não falte alimentos aos novos moradores.




Em seguida, no Período Clássico, temos os polinésios, uma cultura com afinidade expansionista e que possui como Unidade Emblemática a Faulua, uma embarcação com uma ótima mobilidade, perfeita para exploração e expansão de território. O seu Traço de Herança também facilita essa característica, pois as unidades não sofrem danos quando perdidas no mar. A Marea, seu Distrito Emblemático, funciona como distrito religioso e auxilia no aumento da fé da população.

Na Idade Média temos os rapa nui, uma cultura com afinidade construtora. Seu Traço de Afinidade, Olho de Makemake, nos dá bônus de indústria por cada área costeira em nosso território. Após um período de expansão com os polinésios, com os rapa nui temos a oportunidade de crescer rapidamente com novas construções, principalmente se a expansão de território foi bem-sucedida. 




Sua Unidade Emblemática é o Maori Tangata, uma poderosa unidade terrestre de combate corpo a corpo, ótima para proteção de território. Seu Distrito Emblemático, Maoi, possui três níveis e conta como distrito religioso, aumentando a fé, influência e nível de alimento para a população. Com a expansão do território e o crescimento da população, o Maoi auxilia no abastecimento de alimentação da sua cidade.

Chegando na Idade Moderna, temos acesso ao povo mäori, com afinidade militarista e Traço de Herança que aumenta a estabilidade das nossas cidades. Sua Unidade Emblemática consiste na Waka Taua, uma poderosa embarcação que possui ótima mobilidade, perfeita para atacar a partir do ambiente marinho. O Pã, seu Distrito Emblemático, fornece mais estabilidade, alimento e fortificação ao seu distrito.




Durante a Revolução Industrial, temos os havaianos, povo com afinidade agrária e Traços de Herança que aumentam a influência por cada operário que possuímos. Os Guerreiros Koa, sua Unidade Emblemática especializada em combate corpo a corpo, são fortes e excelentes para proteção de território. O distrito de Loko Kuapã aumenta nossa produção de alimentos por cada água costeira e oceanos adjacentes, sendo uma ótima construção para ser utilizada durante o aumento populacional.

Por fim, na Idade Contemporânea, temos os neozelandeses, cultura com afinidade científica que ganha bônus de ciência por cada área costeira em nosso território. Esse povo possui dois Distritos Emblemáticos: o Clube de Regatas, que aumenta a estabilidade e a influência do jogador; e a Base Polar, que aumenta a influência e ciência por cada terreno estéril e pesquisador disponível.




Um grande mérito desta atualização é não desbalancear as partidas a partir da escolha das novas culturas, diferente do que ocorreu em Together We Rule. A combinação das novas culturas entre si e entre as demais se mostrou equilibrada o suficiente para que jogadores novatos e veteranos tenham vontade de usá-las.

Mas como explicado anteriormente, por não haver uma nova mecânica como a diplomacia, o jogo tende a acabar na mesmice depois de um tempo. Acredito que este DLC seja adequado aos jogadores entusiastas do gênero, principalmente pelo preço de R$ 34,49, que considero alto pelo que oferece. Mas, se levarmos em consideração as promoções, em breve ele pode estar custando algo próximo de R$ 10,00, assim como seus antecessores.



Mais eventos para diversificar o jogo

Além dos seis povos, Cultures of Oceania adiciona mais alguns itens para variar as partidas. Primeiramente, temos quatro novas maravilhas naturais: Cordilheira Bungle Bungle, Lagoa de Aitutaki, Uluru e Vulcão de Whakaari. Em seguida, temos duas novas maravilhas culturais: o Observatório de Mauna Kea e o Palácio Real de Papeete.

Por fim, o DLC adiciona 21 novos eventos narrativos que são apresentados a partir de gatilhos específicos durante a partida. Apesar de todas essas mudanças não impactarem de maneira significativa o jogo, elas são relevantes o suficiente para dar uma diversificada na jogatina. 



Uma boa novidade aos fãs de Humankind

Cultures of Oceania é mais uma ótima adição para HUMANKIND. As novas culturas são muito interessantes, aumentam o fator replay do jogo e dão mais diversidade à jogatina sem comprometer a partida por conta de desbalanceamento. No entanto, acredito que as novidades sejam menos atrativas para os jogadores casuais por não oferecer uma novidade significativa, como em Together We Rule, e também pelo preço. Para os mais entusiastas, a recomendação é mais que certa, pois a qualidade do conteúdo segue o padrão dos demais DLCs de pacotes culturais.

Prós

  • As novas culturas trazem maior diversidade à gameplay sem comprometer o balanceamento da partida.

Contras

  • A DLC não traz nenhuma novidade significativa ao jogo.
HUMANKIND: Cultures of Oceania — PS5/PS4/XSX/XBO/PC — Nota: 7.5
Versão utilizada para análise: PC
Revisão: Ives Boitano
Análise feita com cópia digital cedida pela SEGA


É engenheiro geólogo, graduando em Engenharia Ambiental, entusiasta de novas tecnologias e apenas mais um mineiro que não vive sem café e pão de queijo. Gosta de aproveitar o tempo apreciando RPGs, relaxando em simuladores de fazenda e curtindo uma boa música em jogos de ritmo.
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