Há 51 anos, o Pong surgiu como um marco na indústria do entretenimento. Esse jogo, que primitivamente simula uma partida de tênis, desencadeou a revolução que começaria em 1977 com o lançamento do lendário Atari 2600. A introdução deste console realmente impulsionou a popularidade dos videogames, permitindo que as pessoas desfrutassem de videogames no conforto de suas casas, contribuindo significativamente para o aumento do interesse e da adoção dos jogos eletrônicos.
Pong, o pioneiro do que hoje conhecemos como videogames |
Na segunda metade da década de 1980, até o fim do milênio, os computadores pessoais passaram a ser um item comum nas casas das pessoas, trazendo consigo jogos e criando uma nova comunidade: a dos PCs. A década de 1990 é amplamente considerada a "Era de Ouro" dos jogos para PC. Títulos icônicos como Doom, Quake, Civilization, Warcraft e Age of Empires foram lançados nessa época, solidificando a posição dos jogos para PC como uma forma importante de entretenimento.
Se você tinha um desses em casa durante a década de 1990, você era um privilegiado |
Cada plataforma tem suas particularidades, com vantagens e desvantagens na forma como oferecem entretenimento. Hoje, com jogos sendo lançados praticamente todos os dias em todas as plataformas disponíveis, surge novamente a pergunta clássica: qual é a melhor plataforma para jogar?
Angry Birds foi um dos jogos que popularizaram a jogatina nos smartphones em 2009. |
PC: uma eterna Master Race
O jogador do PC tem um perfil que visa o melhor equipamento para conseguir rodar tudo o que puder. Está sempre em busca de melhorias para seu setup, inclusive no visual, para curtir os principais jogos da atualidade com o melhor desempenho possível, afinal, foi para isso que ele investiu seu suado dinheiro.Pontos positivos:
- Gráficos e desempenho: os PCs geralmente oferecem gráficos de alta qualidade e desempenho superior devido à sua capacidade de atualização de hardware. A cada ano, novos modelos de placas gráficas e processadores são lançados, resultando em melhorias significativas nos visuais dos jogos;
- Variedade de jogos: o PC possui a maior biblioteca de jogos do mundo, graças ao trabalho de estúdios independentes e desenvolvedores que criam experiências exclusivas para esta plataforma;
- Modding: jogadores de PC podem aproveitar a comunidade de modding para personalizar seus jogos e criar novas experiências. Alguns modders são tão ágeis que lançam modificações para jogos recém-lançados em menos de 24 horas após o lançamento;
- Acessórios personalizáveis: teclados, mouses, joysticks e outros acessórios podem ser personalizados de acordo com as preferências individuais com facilidade. Diz a lenda que quanto mais luzes você coloca no seu setup, mais FPS você obtém nos jogos;
- Retrocompatibilidade: muitos jogos antigos ainda podem ser jogados em PCs modernos por meio de emuladores ou ajustes diversos, proporcionando uma experiência de jogo mais ampla em comparação aos consoles.
Pontos negativos
- Custo inicial elevado: se o seu objetivo é jogar no PC, esteja preparado para “tirar os escorpiões do bolso”, especialmente se estiver montando ou comprando um PC gamer. Dependendo das suas necessidades, podem ser necessários upgrades ao longo do tempo e isso custa uma boa grana;
- Atualizações constantes: para manter o desempenho otimizado, você pode precisar fazer atualizações de hardware periódicas, algumas das quais podem requerer habilidade para serem realizadas manualmente;
- Conhecimento técnico básico a moderado: configurar e manter um PC de jogos pode ser mais complexo do que manter um console. É essencial compreender as especificações do sistema para garantir que sua máquina possa executar os jogos e programas desejados. Em caso de problemas, muitas vezes é necessário fazer modificações no software ou hardware para solucionar os problemas e para isso é fundamental ter conhecimento sobre a compatibilidade de peças e softwares para tirar o máximo proveito de seu equipamento e até evitar danos;
- Experiência multijogador variada: a experiência de jogar online em PCs pode variar. Alguns jogos enfrentam problemas como trapaça ou comportamento tóxico de outros jogadores, afetando a qualidade da experiência multijogador.
Consoles: o preço da comodidade
O jogador de console busca a praticidade e a comodidade. Não está preocupado em especificações técnicas para saber se o jogo vai rodar ou não em PlayStation, Xbox ou Switch. Tem ciência das limitações de seu equipamento, mas nada vai superar a comodidade de simplesmente apertar um botão, ligar seu console, se jogar no sofá e curtir uma jogatina.Pontos positivos
- Títulos exclusivos: muitos consoles oferecem títulos exclusivos que não estão disponíveis em outras plataformas, tornando-se um dos principais atrativos para os jogadores de consoles;
- Facilidade de uso: os consoles são plug-and-play, não exigindo montagem ou configuração complexa. Simplificando, basta conectá-los à TV e à energia, e você está pronto para jogar. É o ideal para crianças por não necessitar de nenhum tipo de configuração para jogar;
- Experiência multijogador unificada: a experiência multijogador em consoles costuma ser mais uniforme e menos propensa a trapaças, proporcionando um ambiente de jogo mais controlado e justo;
- Preço acessível: em comparação com PCs de alto desempenho para jogos, os consoles são mais acessíveis. Montar um PC com desempenho equivalente ao de um Xbox Series X ou PlayStation 5, as principais opções de desempenho da atualidade, dificilmente custará menos de 10 mil reais.
Pontos negativos
- Ciclo de vida limitado: consoles têm um ciclo de vida limitado, o que significa que você precisará adquirir um novo quando uma nova geração for lançada. O intervalo médio entre lançamentos de novas gerações de consoles é de 7 a 9 anos, mas é geralmente no final de seu ciclo que os desenvolvedores conseguem extrair o máximo de desempenho do aparelho;
- Gráficos limitados: os consoles podem não alcançar o mesmo desempenho gráfico dos PCs de alto nível, muitas vezes forçando os jogadores a escolherem entre melhores gráficos ou desempenho quando não é possível selecionar ambos os modos de jogo;
- Menos personalização: as opções de personalização de hardware são limitadas nos consoles, e alguns acessórios só podem ser usados em plataformas específicas, como controles certificados;
- Biblioteca de jogos limitada: apesar dos exclusivos, a biblioteca geral de jogos em consoles pode ser menor em comparação com a do PC. Além disso, o encerramento de lojas de jogos em algumas plataformas pode limitar ou até mesmo impedir o acesso a jogos mais antigos.
Mobile: acessível e popular
Hoje em dia, a maioria das pessoas possui pelo menos um smartphone, mesmo que não tenham um PC ou console. Este dispositivo tornou-se essencial em nossas vidas, pois é nele que dedicamos grande parte do nosso tempo, seja para interagir nas redes sociais, usar aplicativos de mensagens ou até mesmo para o trabalho, mantendo contato com clientes. Nas horas vagas, é comum aproveitar para jogar aqueles joguinhos favoritos, como estourar doces ou lançar pássaros com estilingues.Pontos positivos
- Portabilidade: é possível jogar em qualquer lugar com um smartphone. Basta retirá-lo do bolso e pronto, você está pronto para jogar;
- Variedade de jogos: as lojas de aplicativos oferecem uma vasta gama de jogos, incluindo muitos títulos gratuitos. Independentemente da qualidade de alguns deles, a diversidade de opções é notável;
- Controles táteis e sensores: alguns jogos tiram proveito dos controles de toque e sensores de movimento, proporcionando uma experiência única e, em muitos casos, acessível e agradável.
Pontos negativos
- Limitações de hardware: smartphones possuem limitações de hardware que podem restringir a qualidade gráfica e o desempenho de jogos mais exigentes. Modelos intermediários e de ponta são mais recomendados para uma experiência de jogo melhor, mas seus preços podem se aproximar dos de um console;
- Anúncios e microtransações: muitos jogos gratuitos nas lojas de aplicativos apresentam anúncios, às vezes em excesso, e/ou microtransações para aprimorar a experiência de jogo, o que pode ser frustrante em alguns casos;
- Controles limitados: controles por toque nem sempre são ideais para todos os tipos de jogos, levando os jogadores a investirem em controladores Bluetooth, por exemplo, para uma experiência mais confortável;
- Bateria: jogar em smartphones pode drenar a bateria rapidamente, o que pode ser problemático se você depende do dispositivo para o trabalho ou para outras atividades importantes;
- Dependência de conexão à internet: alguns jogos requerem uma conexão constante à internet. Se você não estiver em casa usando wi-fi, pode ser necessário ter um plano de dados robusto ou controlar o tempo gasto jogando online usando a rede celular.
O importante mesmo é poder jogar
Em resumo, escolher entre jogar no PC, console ou dispositivo móvel é uma decisão pessoal, influenciada por preferências individuais e estilo de vida. Cada plataforma oferece uma experiência única, com vantagens e desvantagens distintas. Os jogadores de PC apreciarão a flexibilidade de hardware e a vasta biblioteca de jogos, enquanto os entusiastas de consoles valorizarão a simplicidade e os títulos exclusivos. Por fim, os jogadores móveis desfrutarão da portabilidade e da acessibilidade, embora lidem com limitações de hardware e microtransações.No mundo dos jogos, não há uma resposta definitiva sobre qual plataforma é a melhor. Em vez disso, a diversidade de opções permite que cada pessoa encontre a plataforma que melhor se adapta às suas necessidades, preferências ou mesmo o momento em que está vivendo. Independentemente de onde você escolha jogar, o importante é aproveitar ao máximo a experiência de jogo e compartilhar essa paixão com outros jogadores. No final das contas, o que realmente importa é a diversão e a conexão que os jogos proporcionam, não importa onde ou como você escolha jogar.
Participe nos comentários falando sobre qual sua plataforma de preferência e os motivos que o fizeram escolhê-la. Melhor que jogar juntos é poder compartilhar opiniões sobre um tema que costuma dividir a comunidade. Até a próxima!
Revisão: Heloísa D’Assumpção Ballaminut