Aqui, no Balanço Blast, trazemos a você, leitor, uma curadoria com as nossas principais análises do mês que se passou e, de quebra, te convidamos a ler e conhecer mais sobre os games que analisamos, sejam eles grandes AAA que decepcionaram (ou não), jogos independentes de exímia qualidade que poderiam passar batido ou ainda nosso aviso para fugir de alguns títulos de qualidade extremamente questionável — além de compilar uma tabela completa com todas as notas que publicamos ao longo do período.
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Redfall
Autoria: Maurício Katayama
Data de Publicação: 4 de agosto
Plataforma: Xbox Series/PC
Plataforma utilizada para análise: Xbox Series
Nota: 5.5
Prós
- História com premissa original, não é comum encontrar FPSs de combate a vampiros;
- Multiplayer cooperativo divertido, com jogadores combinando poderes variados para superar os obstáculos;
- Localização completa em português com dublagem integral de qualidade.
Contras
- O game não consegue transmitir o seu propósito e definir uma identidade própria, parecendo uma colagem improvisada de diferentes temas;
- Inteligência artificial patética, com inimigos se expondo e agindo de modo irracional;
- Performance de 30 quadros por segundo nos consoles na data de lançamento;
- Bugs extremamente frequentes, com personagens sumindo e reaparecendo, texturas que não carregam, controles que param de responder etc;
- Ciclo de gameplay repetitivo, as missões repetem à exaustão a mesma sequência de tarefas;
- O progresso no single player não é compartilhado entre seus personagens;
- O progresso no multiplayer só é registrado para o líder da sala.
O que mais chateia em relação a Redfall é que ele tinha potencial para ser um ótimo jogo, mas sua péssima execução resultou em frustração. Ele tem seus pontos positivos, como um gunplay divertido, premissa interessante e modo cooperativo prazeroso; porém, sua incapacidade de definir uma identidade própria, aliada à performance sofrível, gameplay repetitiva, falhas bobas de game design e um enxame de bugs, fazem com que a experiência geral seja apenas mediana. Infelizmente, o game decepciona, e seu pior problema é a falta de foco em definir qual é o seu propósito. Leia a análise completa.
Dave the Diver
Autoria: João Pedro Boaventura
Data de Publicação: 5 de agosto
Plataforma: PC
Nota: 9.0
Prós
- Equilíbrio singular entre a narrativa e os sistemas e a compõe;
- Diversidade nas mecânicas de jogo utilizadas para sustentar a campanha;
- Filosofia acolhedora e pouco punitiva;
- Atmosfera geral aconchegante e bastante harmoniosa tanto visualmente quanto auditivamente;
- Impressionante capacidade de ser um jogo tão convidativo quanto expansivo;
- Progressão cujas recompensas estimulam o jogador a seguir com a campanha;
- É impressionante como um jogo de 2023 consegue oferecer uma experiência tão livre de bugs;
- Fluxo imersivo a ponto de provocar a perda da noção do tempo;
- Conjunto da obra extremamente consistente.
Contras
- Alguns momentos muito isolados de frustração ou cansaço devido a eventos ou repetições de tarefas do jogo
Dave the Diver é um produto de um brilhantismo ímpar por todo o conjunto que ele oferece. Trata-se de uma aventura apaixonante capaz de estimular o jogador por meio de uma atmosfera confortável e convidativa, que nos dá todo o tempo que quisermos para explorá-la e experimentá-la no nosso próprio ritmo. Carismática, aconchegante, acolhedora e instigante, a aventura de Dave certamente será canonizada no mesmo panteão de outros clássicos como Stardew Valley (Multi), Hades (Multi), Hotline Miami (Multi), Limbo (Multi), Super Meat Boy (Multi) ou Undertale (Multi), responsáveis por experiências únicas que elevam o patamar dos videogames como formas multissensoriais de entretenimento. Leia a análise completa.
Shadow Gambit: The Cursed Crew
Autoria: Alexandre Galvão
Data de Publicação: 16 de agosto
Plataforma: PlayStation 5/Xbox Series/PC
Plataforma utilizada para análise: PlayStation 5
Nota: 9.5
Prós
- Jogabilidade fluida e bem integrada com o gênero de estratégia furtiva;
- Narrativa intrigante graças a um enredo interessante e personagens cativantes;
- Nível de desafio administrável e com total liberdade de customização;
- A técnica temporal do Red Marley é uma inovação ao gênero, dando a chance de experimentar diferentes estratégias em tempo real;
- Ótima localização para o português (menus e legendas).
Contras
- A quantidade de missões nos mesmos cenários passa sensação de repetitividade;
- A conclusão total do jogo demanda muito tempo;
- A técnica de captura de memória é extremamente poderosa e pode afetar negativamente a experiência geral, se usada em demasia.
No panorama geral, Shadow Gambit: The Cursed Crew solidifica ainda mais o status da Mimimi Games como uma produtora de experiências marcantes e gratificantes no gênero de estratégia furtiva. Em um mercado talvez não tão vasto, a empresa continua a cativar tanto os aficionados quanto os recém-chegados, como um corsário habilidoso conquistando novos territórios. Um brinde merecido, seja com rum ou uma taça de admiração, a este impressionante título. Leia a análise completa.
Baldur's Gate 3
Autoria: Luan Gabriel de Paula
Data de Publicação: 23 de agosto
Plataforma: PC
Nota: 10.0
Prós
- Liberdade completa para construir seus caminhos e ações dentro do mundo;
- Combate dinâmico e complexo com grande escala devido ao seu vasto arsenal de poderes, truques, magias e equipamentos;
- Gráficos e detalhes que tornam o mundo vivo e vibrante em cada particularidade;
- Dublagem com grandes nomes do cinema, que entregam personagens cativantes e inesquecíveis em uma trama cheia de camadas;
- Sistema adaptado fielmente da 5ª edição de Dungeons & Dragons.
Contras
- O jogo pode punir severamente erros nos dados, não apenas os erros críticos, o que quebra a imersão com a necessidade de um carregamento compulsório;
- Sistema de inventário bagunçado;
- A quantidade de informações na tela e nos menus pode ser opressora.
Liberdade é a palavra que reina por aqui: a liberdade de criar seu personagem, resolver seus conflitos, adentrar suas tramas, explorar o mundo, se relacionar, combater e sobreviver. A forma como você procede nos Reinos Esquecidos só diz respeito a você. Nem o próprio Baldur’s Gate 3 ousa te prender com opções engessadas e fáceis; aqui, você é o mestre e o jogador, que decide se esta é uma história de glória e heroísmo ou sangue e dor. Leia a análise completa.
Banchou Tactics
Autoria: Ivanir Ignacchitti
Data de Publicação: 30 de agosto
Plataforma: PC
Nota: 5.0
Prós
- O sistema de combate baseado em forças elementais de sangue ajuda a valorizar o planejamento da equipe e sua movimentação pelo campo de batalha;
- Boa variedade de equipamentos desbloqueados e compráveis ao longo do tempo;
- Embora seja difícil de notar, as escolhas trazem impactos significativos no desenrolar da trama, nos combates e nos recursos disponíveis;
- Menu Fight Club permite rejogar as fases para treinar os personagens quando quiser;
- O estilo de personagens 2D em ambientes 3D e a trilha sonora que tende ao rock formam uma atmosfera bem charmosa.
Contras
- Fases com design simples e repetitivo;
- O balanceamento dos personagens é bastante questionável, com alguns aliados que ficam demasiadamente poderosos com pouco esforço;
- As informações importantes para as batalhas só aparecem em submenus, dificultando a inteligibilidade do campo;
- Algumas escolhas de pequeno orçamento como fazer os personagens atravessar portas sem animação de abertura são bem nítidas e dão a sensação de falta de polimento ao jogo;
- A trama e os personagens infelizmente acabam soando muito genéricos e pouco criativos dentro do que obras de delinquentes tradicionalmente oferecem;
- A trilha sonora poderia ser mais rica em quantidade de músicas;
- O jogador não pode cancelar o Wait, potencialmente perdendo o turno por um pequeno erro;
- Bugs de graus variados, incluindo crashes, ainda estão presentes no jogo no presente momento desta análise;
- Impossibilidade de ajustar posicionamentos dos personagens antes do combate impacta o controle estratégico inicial do jogador;
- Alguns errinhos textuais ocasionais.
Embora tenha uma ideia curiosa e que chama a atenção, Banchou Tactics é um jogo que deixa muito a desejar quando falamos de RPG estratégico. Temos mapas simplórios demais, uma história que muitas vezes parece genérica dentro do arquétipo de delinquentes juvenis, um desbalanceamento muito evidente no nível de força dos personagens, e vários erros gritantes de qualidade de vida que dão a entender que a equipe de desenvolvimento deveria ter estudado melhor o estilo de gameplay proposto. Leia a análise completa.
Listão de Análises GameBlast — Agosto/2023
Data do Review |
Autor | Jogo | Nota |
---|---|---|---|
01/ago | Gustavo Souza | Ember Knights | 8.5 |
01/ago | Matheus Senna de Oliveira | Garlic | 8.5 |
02/ago | Victor Vitório | Vision Soft Reset | 8.5 |
03/ago | Farley Santos | Double Dragon Gaiden: Rise of the Dragons | 7.0 |
03/ago | Carlos França Jr. | PixelJunk Scrappers Deluxe | 7.0 |
04/ago | Yuri Hupsel | The Last Hero of Nostalgaia | 9.0 |
04/ago | Maurício Katayama | Redfall | 5.5 |
05/ago | João Pedro Boaventura | Dave the Diver | 9.0 |
07/ago | Luan Gabriel de Paula | Ratchet & Clank: Em Um Outra Dimensão | 9.0 |
08/ago | Alexandre Galvão | 30XX | 9.0 |
08/ago | Ivanir Ignacchitti | D Life | 7.0 |
09/ago | Ivanir Ignacchitti | Crime o’Clock | 8.5 |
10/ago | Alan Murilo | Atlas Fallen | 8.0 |
11/ago | Victor Vitório | Moving Out 2 | 8.5 |
11/ago | Matheus Senna de Oliveira | Killsquad | 6.5 |
14/ago | Gustavo Souza | Adore | 7.0 |
15/ago | Ivanir Ignacchitti | OU | 6.5 |
15/ago | Ivanir Ignacchitti | BOKURA | 8.5 |
15/ago | Ivanir Ignacchitti | Stray Gods: The Roleplaying Musical | 8.5 |
16/ago | Alexandre Galvão | Shadow Gambit: The Cursed Crew | 9.5 |
17/ago | Farley Santos | Blasphemous 2 | 9.0 |
17/ago | Gustavo Souza | Ninja or Die: Shadow of the Sun | 7.5 |
17/ago | Carlos França Jr. | Quantum: Recharged | 6.5 |
18/ago | Matheus Senna de Oliveira | Marble It Up! Ultra | 8.0 |
19/ago | Alecsander Oliveira | Spark the Electric Jester 3 | 8.5 |
21/ago | Matheus Senna de Oliveira | Ride 5 | 8.5 |
22/ago | Alexandre Galvão | Hammerwatch II | 6.0 |
22/ago | Luan Gabriel de Paula | Overwatch 2: Invasão | 7.0 |
23/ago | Farley Santos | Shotgun King: The Final Checkmate | 7.0 |
23/ago | Gustavo Souza | Two Point Campus: Medical School | 7.5 |
23/ago | Luan Gabriel de Paula | Baldur's Gate 3 | 10.0 |
24/ago | Farley Santos | Bomb Rush Cyberfunk | 8.0 |
24/ago | Carlos França Jr. | Hidden Shapes: Cat Realm + Trick or Cats | 7.0 |
25/ago | Ivanir Ignacchitti | Rhapsody II: Ballad of the Little Princess | 8.0 |
25/ago | Gustavo Souza | Affogato | 8.0 |
25/ago | Ivanir Ignacchitti | Rhapsody III: Memories of Marl Kingdom | 8.0 |
28/ago | Farley Santos | Sea of Stars | 9.0 |
28/ago | Alan Murilo | Turbo Overkill | 8.5 |
29/ago | João Pedro Boaventura | Dragon Ball Z: Kakarot — 23rd World Tournament | 8.5 |
29/ago | Carlos França Jr. | Agatha Christie - Hercule Poirot: The London Case | 7.5 |
29/ago | Carlos França Jr. | The Making of Karateka | 8.0 |
30/ago | Farley Santos | Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge - Dimension Shellshock | 7.5 |
30/ago | Alan Murilo | Total War: WARHAMMER III - Shadows of Change | 7.5 |
30/ago | Ivanir Ignacchitti | Banchou Tactics | 5.0 |
31/ago | Ivanir Ignacchitti | Dokapon Kingdom: Connect | 8.0 |
Total de Análises | 45 | ||
Média Geral | 7.8 | ||
Nota mais alta | 10.0 (Baldur's Gate) | ||
Nota mais baixa | 5.0 (Banchou Tactics) |
Ressaltamos que as análises e as notas aqui atribuídas variam de acordo como critério e justificativas aplicadas pelos próprios analistas, sendo elas de total responsabilidade de seus autores.