Microsoft pretende vender os direitos da transmissão via nuvem dos jogos da Activision Blizzard para a Ubisoft

A iniciativa tem a intenção de fazer com que o CMA aprove a fusão entre a dona do Xbox e a editora de Call of Duty.


O presidente da Microsoft, Brad Smith, anunciou, por meio de uma publicação no blog da companhia, que a empresa fechou uma parceria com a Ubisoft para vender os direitos de streaming dos jogos da Activision Blizzard caso a compra da desenvolvedora norte-americana pela dona do Xbox pelo valor de 68.7 bilhões de dólares seja concretizada. 


No comunicado Smith revelou que essa estratégia foi tomada com o propósito de reverter a suspensão da união da Microsoft com a editora de Call of Duty no Reino Unido emitida pelo órgão regulador CMA devido ao entendimento que “alteraria o futuro do mercado de jogos em nuvem que se encontra em rápido crescimento, levando a uma redução da inovação e a entrega de menos opções para os jogadores.”

Para mudar a decisão da agência britânica, o presidente divulgou que esse acordo com a Ubisoft impedirá que a Microsoft torne os títulos da Activision Blizzard exclusivos do Xbox Cloud Gaming ou controle o licenciamento desses jogos para serviços rivais. Já que a parceria irá transferir os direitos sobre o streaming de todos os novos lançamentos da Activision pelos próximos quinze anos, bem como os games atuais da desenvolvedora lançados para PC e consoles à companhia francesa de maneira perpétua.

Por conta dessa delegação de direitos, a Ubisoft poderá oferecer os jogos para serviços de streaming que atuam por meio de sistemas concorrentes do Windows. No entanto, para ter acesso a esses benefícios, a desenvolvedora de Assassin's Creed precisará arcar com um pagamento único para a Microsoft, incluindo uma “opção de precificação de acordo com o uso.”

A parceria entre as duas companhias é mais um passo rumo à concretização da compra da Activision pela Microsoft. Transação anunciada em janeiro de 2022 e que, desde então, sofreu vários contratempos, como a decisão do órgão regulador do mercado americano, Federal Trade Comission, de bloquear a aquisição e os diversos conflitos com a Sony, incluindo a afirmação da empresa japonesa que Call of Duty é “essencial” e a Microsoft acusando a Sony de fazer acordos para impedir a entrada de jogos no Game Pass.

Contudo, a gigante estadunidense parece ter conseguido solucionar a maioria desses percalços, uma vez que a Microsoft venceu o processo contra o FTC e a Sony fechou um acordo para manter a série Call of Duty nos consoles PlayStation pelos próximos 10 anos. Tendo sido aprovada em mais de 40 países, o CMA aparenta ser um dos últimos entraves à conclusão da aquisição. Órgão que se pronunciou e garantiu que irá avaliar a nova proposta da Microsoft e dará o seu parecer até 18 de outubro.


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