A EA atualizou o modelo da jogadora da seleção do Marrocos Nouhaïla Benzina em FIFA 23 (Multi) a fim de adicionar o hijab que a atleta utilizou nas partidas da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2023. Com esse update, a zagueira alcançou outro feito inédito, pois, além de ser a única jogadora a usar um véu nos campos virtuais da franquia de futebol, também foi a primeira a utilizar o acessório no principal torneio do esporte.
Essa decisão da EA parece ser um novo passo rumo a uma maior importância do futebol feminino nos títulos do esporte criados pela empresa. Iniciativa que teve início em FIFA 16, quando algumas seleções femininas passaram a ser jogáveis. No FIFA 2023, foi a vez de times femininos serem disponibilizados. E, mesmo com o fim da parceria entre a Eletronic Arts e a federação, a desenvolvedora demonstra que seguirá apostando nessa estratégia. Uma vez que EA Sports FC 2024 adicionará mulheres ao modo Ultimate Team.
Porém, a inclusão do futebol feminino ao Ultimate Team originou algumas reações negativas da comunidade. Visto que esse modo de EA Sports FC 2024 possibilitará que os jogadores formem times mistos, ou seja, compostos por homens e mulheres. Em resposta aos comentários adversos dos fãs, o produtor sênior da Eletronic Arts, Samuel Riviera, afirmou que “Ultimate Team é um modo de fantasia. Você não vê Mbappé jogando com todos os outros Ídolos.”On Wednesday, EA Sports announced the addition of Nouhaila Benzina on FIFA 23 as she was previously not in the World Cup mode 🇲🇦
— SHE scores bangers (@SHEscoresbanger) August 8, 2023
Her impact on the big stage has already reached the biggest simulation game in the sport.
Yeah, I did play with Morocco, of course she scored 🤩 pic.twitter.com/2wRDHhV5ym
As polêmicas em torno do futebol feminino, entretanto, não são restritas aos gramados virtuais. Na medida em que, dentre outros temas, o uso do hijab foi alvo de discussão pela própria FIFA. Tendo banido o véu sob o argumento de que poderia causar ferimentos na cabeça e no pescoço, a federação reverteu a decisão em março de 2014, quando passou a permitir que atletas cobrissem a cabeça por motivos religiosos.
Fonte: VGC