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Análise: Overwatch 2: Invasão (Multi) é um deleite para quem ama a lore da franquia

A Temporada 6 é uma das melhores atualizações do jogo desde seu lançamento.


Se tem algum game que passou por maus bocados nos últimos tempos é Overwatch 2. Houve o cancelamento do modo PvE, o bombardeamento de reviews negativos na Steam e uma queda considerável da base de jogadores desde que o título chegou de forma gratuita no final do ano passado.

Era evidente a necessidade de um conteúdo que pudesse deixar os fãs menos desapontados e atrair novos (e antigos) jogadores. Mirando estes objetivos, a atualização Invasão acerta em cheio ao relembrar o potencial que a franquia tem, não apenas como um jogo multiplayer, mas como uma plataforma de histórias e heróis emocionantes.

Heróis nunca morrem



O carro chefe da temporada 6 é o modo Invasão, que consiste em uma série de missões PvE (Jogador contra Inimigos) para até 4 jogadores com três missões de história ao redor do mundo: Resistência no Rio de Janeiro, Liberação em Toronto e Couraçado em Gotemburgo.

A trama acompanha a invasão apresentada na cinemática de anúncio Zero Hour, na qual os antigos membros da Overwatch se juntam para impedir um ataque massivo em Paris. A partir desse ponto, as missões de Invasão começam, com Winston ainda na busca por novos e antigos aliados, enquanto todos tentam entender o que motivou o ataque em escala global do Setor Nulo.

Todas as três fases têm sistemas semelhantes: escoltar e assegurar um objetivo, destruir ou ativar algum mecanismo, e lutar contra chefões específicos. Cada missão funciona como um capítulo de uma grande campanha, com cinemáticas na abertura e no fechamento, contando com cutscenes bem animadas entre os objetivos. A missão no Rio de Janeiro, por exemplo, começa com um avanço da Overwatch contra os robôs e termina com a invasão de uma nave gigantesca que ameaça toda a cidade.




Todas as missões deixam um gostinho de “quero mais” e uma dor pelo potencial do cancelado modo história do game. Entretanto, para todos que amam a lore de Overwatch e gostariam de ver a história avançar na linha do tempo, o pacote é mais do que suficiente para agradar dos fãs mais antigos até os novatos. Cativar a audiência com seus personagens sempre foi um ponto forte de OW, e é satisfatório ver a Blizzard apostando nisso.

Existe também uma série de missões chamadas de Subterrâneo, que são gratuitas e servem como uma ótima introdução ao pacote Invasão, além de ser um bom desafio para quem quer concluir os objetivos e conseguir títulos e itens cosméticos.

O maior problema fica pela quantidade reduzida de missões e as dificuldades mais altas, que podem ser drasticamente afetadas caso alguns dos jogadores sejam substituídos por bots, o que acontece frequentemente nas partidas que joguei.

O sol nasce



Illari é a nova suporte que chegou com a temporada 6. Ela é portadora do poder do sol e tem um passado trágico. Nascida em Runasapi, no Peru, ela fazia parte dos Guerreiros Inti, grupo aprimorado com o poder solar para defender seu povo, até que um acidente terrível deixou apenas Illari viva.

Em termos de gameplay, Illari conta com um rifle solar de longa distância com recarga automática que também cura aliados, uma ótima arma para ajudar no dano do time, mas que exige bastante precisão. Suas habilidades são o Obelisco de Cura, uma torreta que cura aliados próximos; a Explosão, responsável por impulsionar a personagem e afastar inimigos; e o Sol Aprisionado, que faz Illari atirar uma bola de energia solar que desacelera e explode inimigos.

A adição desta heroína representa mais uma personagem com história e visual único, aliados a uma gameplay divertida. Apesar de ser difícil se acostumar com o rifle, jogar com ela é uma ótima experiência de um suporte completo, tendo boa mobilidade, ajudando na cura e também no dano em conjunto.

Apenas o começo



O clássico Passe de Batalha também está de volta, dessa vez com recompensas temáticas do Setor Nulo. Os destaques ficam com as skins da Ana e Symmetra. Senti falta de recompensas para a Brigitte, mas os desafios do modo subterrâneo já suprem essa necessidade para os main da ruiva sueca.

A progressão pelo passe não é punitiva e será possível completá-lo até para jogadores mais casuais ou que têm uma rotina corrida, principalmente se você realizar as missões de história, que recompensam o jogador com até dois níveis por partida.

Os novos modos são uma ótima adição ao caos do multiplayer, com Ponto de Tumulto sendo a clássica versão de dominação, mas com objetivos randomizados que mudam de lugar, o que traz mais dinamismo às partidas.


Os mapas Nova Junk City e Suravasa também não deixam a desejar, com visuais belíssimos e rotas estrategicamente planejadas para grandes conflitos em grupo. A área final de Junk City foi especialmente montada com foco em uma "última defesa" desesperadora clássica dos finais de partida.

Além disso, mais sistemas e conteúdos inéditos estão a caminho, como a maestria de heróis, que chega no dia 5 de setembro; o evento de aniversário no dia 19 de setembro; e novos meios de progressão.

Enfrente o Setor Nulo

Overwatch 2: Invasão é uma adição oportuna que chega em um momento de necessidade da Blizzard. A nova heroína, o conteúdo PVE, os itens do passe e os novos modos de jogo são um bom combo para chamar a atenção dos jogadores, mas fica evidente o cuidado da empresa para não entregar todas as peças, já que, por mais que as missões de campanha sejam divertidas e emocionantes, apenas três fases é um número pequeno demais.

O pacote mais barato fica por 70 reais e acompanha o acesso ao modo PVE, uma skin lendária e a heroína Sojourn, além de 1000 moedas que podem ser usadas para comprar o passe de batalha. Pode ser um preço salgado para alguns, mas pra mim, pela quantidade de conteúdo, vale bastante a pena, principalmente para quem ama os personagens e quer ver onde suas histórias vão dar.

Prós

  • Missões da história que avançam a lore, emocionam com momentos únicos de personagens amados e divertem com gameplay simples e familiar;
  • Nova heroína de suporte eficiente com gameplay divertida e dinâmica;
  • Novos modos, mapas e conteúdos, como a maestria de heróis.

Contras

  • Apenas três missões no modo PvE;
  • A introdução de bots pode ser um problema em níveis mais altos;
  • O preço pode ser um impeditivo para alguns jogadores que se mantêm no acesso gratuito ao jogo.
Overwatch 2: Invasão PC/PS4/XBO/Switch/XSX/PS5 — Nota: 7.0
Versão utilizada para análise: PC
Revisão: Davi Sousa
Análise produzida com cópia digital cedida pela Blizzard

Redator publicitário em tempo integral e amante de games nas horas vagas. Provavelmente aprendi a segurar um controle mais rápido do que uma mamadeira. Cresci com os maiores clássicos da Big N como Zelda, Mario e Pokémon. Hoje aproveito os pequenos momentos de descanso da vida corrida para me perder em Hyrule, em uma Tóquio pós-apocalíptica ou em um mundo de encanadores e cogumelos.
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