Atelier Marie Remake: The Alchemist of Salburg é o próximo jogo da Gust para PC, PS4, PS5 e Switch. A obra traz de volta o primeiro lançamento da série, um RPG lançado no PlayStation em 1997, agora com uma roupagem moderna baseada em todos os aprendizados dos seus desenvolvedores ao longo de 26 anos de experiência lançando jogos em uma frequência praticamente anual.
Um título que marca uma história antes indisponível no Ocidente
Antes de começar a falar sobre o jogo, é importante falar um pouco do seu histórico. Atelier Marie Remake é um marco na série, já que, embora Marie tenha sido várias vezes relançado no Japão, o título nunca chegou ao Ocidente.A franquia Atelier começou a cruzar os oceanos com Atelier Iris: Eternal Mana no PS2, um título que divergia drasticamente da proposta da série, reduzindo consideravelmente a importância da síntese de itens e focando em uma estrutura de JRPG épico muito mais fácil de encontrar no mercado. Esse foi o meu primeiro contato com a série e, embora eu goste da trilogia e de seus sucessores, Mana Khemia, há uma forte sensação de que algo se perdeu no caminho quando a série voltou às suas raízes em Atelier Rorona.
Nesse sentido, o resgate de Marie com uma roupagem moderna é uma forma de reparação histórica por um legado perdido de um título que ousava explorar elementos que não eram tão comuns na época, como o foco no crafting e uma estrutura no limiar entre RPG e simulação.
Com essa missão, caberá ao jogador usar o seu tempo da melhor forma possível para vencer o desafio. Em Atelier Marie Remake, a protagonista precisa evoluir na marra e de forma prática, indo de um zero à esquerda a alguém que conhece bem as capacidades de um caldeirão e consegue fazer uma grande produção de itens para vender na taverna.
Assim como em outros jogos da série, a expectativa é a de ter que explorar mapas com materiais e monstros para lutar, coletar recursos e voltar para o ateliê para fabricar itens. Esse ciclo é um elemento regular da série presente em quase todos os jogos posteriores.
Considerando as versões anteriores lançadas apenas no Japão, a expectativa é de que seja um jogo bem mais aberto do que o padrão atual da série. De lá para cá, a obra passou a valorizar mais elementos de exposição e de desenvolvimento de personagem, enquanto o título original era bem mais simples em roteiro e focado na gameplay.
Mesmo o Remake buscando trazer várias novas cenas e elementos de história que não estavam presentes no original, eu especularia que a raíz mais simples deve permanecer intacta. Também fica a questão de ver como a gameplay será melhorada, especialmente no que tange os quesitos de qualidade de vida. Menus de objetivos devem ajudar a guiar os jogadores no que é possível fazer e o Modo Ilimitado, que corta o limite de tempo, deve permitir que os fãs mais novos da série aproveitem uma experiência mais casual e relaxada.
As ilustrações que acompanham os personagens vão na direção oposta, com um formato bem longilíneo. Embora seja um estilo anime com traços em alta definição e alguns detalhes modernos que se diferenciam do estilo antigo pelo que é possível ver das imagens já divulgadas, as artes ainda parecem manter a sua essência.
Resta saber se isso se aplicará ao jogo como um todo, tendo em vista a mudança para o 3D. Porém, para aqueles jogadores mais preciosistas que queiram conferir a experiência original, também será possível aproveitar Atelier Marie Plus (versão mais completa do jogo de PS) pagando a edição digital de luxo.
Nesse sentido, o resgate de Marie com uma roupagem moderna é uma forma de reparação histórica por um legado perdido de um título que ousava explorar elementos que não eram tão comuns na época, como o foco no crafting e uma estrutura no limiar entre RPG e simulação.
Uma alquimista em treinamento
Atelier Marie conta a história de uma jovem garota chamada Marlone, mais conhecida por seu apelido Marie. Ela estuda alquimia em uma instituição renomada de ensino na cidade de Salburg, mas tem um grave problema: ela é a pior aluna que esse lugar já teve, correndo sério risco de ser expulsa. Diante dessa situação, ela recebe um ultimato: cuidar de um ateliê na cidade e se esforçar em serviços práticos a ponto de poder fazer um item impressionante dentro de cinco anos.Com essa missão, caberá ao jogador usar o seu tempo da melhor forma possível para vencer o desafio. Em Atelier Marie Remake, a protagonista precisa evoluir na marra e de forma prática, indo de um zero à esquerda a alguém que conhece bem as capacidades de um caldeirão e consegue fazer uma grande produção de itens para vender na taverna.
Assim como em outros jogos da série, a expectativa é a de ter que explorar mapas com materiais e monstros para lutar, coletar recursos e voltar para o ateliê para fabricar itens. Esse ciclo é um elemento regular da série presente em quase todos os jogos posteriores.
Considerando as versões anteriores lançadas apenas no Japão, a expectativa é de que seja um jogo bem mais aberto do que o padrão atual da série. De lá para cá, a obra passou a valorizar mais elementos de exposição e de desenvolvimento de personagem, enquanto o título original era bem mais simples em roteiro e focado na gameplay.
Mesmo o Remake buscando trazer várias novas cenas e elementos de história que não estavam presentes no original, eu especularia que a raíz mais simples deve permanecer intacta. Também fica a questão de ver como a gameplay será melhorada, especialmente no que tange os quesitos de qualidade de vida. Menus de objetivos devem ajudar a guiar os jogadores no que é possível fazer e o Modo Ilimitado, que corta o limite de tempo, deve permitir que os fãs mais novos da série aproveitem uma experiência mais casual e relaxada.
Um mundo fofo de personagens chibi
Curiosamente, em vez de tentar explorar os modelos mais detalhados que a série tem desenvolvido na trilogia Ryza, a Gust e a Koei Tecmo optaram por revisitar Marie com um estilo chibi. Esse visual é uma das primeiras coisas que chamam atenção no trailer, aparentando ser uma gracinha e mantendo-se mais próximo do estilo do jogo original, que era 2D.As ilustrações que acompanham os personagens vão na direção oposta, com um formato bem longilíneo. Embora seja um estilo anime com traços em alta definição e alguns detalhes modernos que se diferenciam do estilo antigo pelo que é possível ver das imagens já divulgadas, as artes ainda parecem manter a sua essência.
Resta saber se isso se aplicará ao jogo como um todo, tendo em vista a mudança para o 3D. Porém, para aqueles jogadores mais preciosistas que queiram conferir a experiência original, também será possível aproveitar Atelier Marie Plus (versão mais completa do jogo de PS) pagando a edição digital de luxo.
Uma chance de resgatar as raízes
Atelier Marie Remake: The Alchemist of Salburg promete ser um jogo que repensa as qualidades do embrião da série à luz do que deu certo ao longo desses 26 anos de carreira. Para quem é fã da franquia, é uma oportunidade de ouro para conhecer como tudo começou, já que este é o primeiro lançamento ocidental de Atelier Marie. Resta esperar para saber se os desenvolvedores conseguirão extrair um produto de alta qualidade revisitando uma proposta que em sua origem era mais simples do que os títulos mais modernos da franquia.Atelier Marie Remake: The Alchemist of Salburg — PC/PS4/PS5/Switch
Desenvolvedora: Gust
Gênero: RPG
Lançamento: 13 de julho de 2023
Expectativa: 4/5
Ilustrações: site oficial
Revisão: Thais Santos