Originalmente lançado para o Nintendo DS em junho de 2010, Ghost Trick: Phantom Detective é uma aventura que explora o sobrenatural e nos apresenta um engenhoso método de solucionar quebra-cabeças enquanto nos envolve em uma narrativa repleta de mistério.
A Capcom gentilmente nos proporcionou acesso antecipado à demonstração disponibilizada na última segunda-feira durante a transmissão do Capcom Showcase para experimentarmos esta versão atualizada do jogo, que será lançada em 30 de junho para PC, PlayStation 4, Xbox One e Switch.
A prévia nos permite jogar os dois primeiros capítulos do jogo e tem como objetivo introduzir a trama e, principalmente, as mecânicas para resolver os enigmas.
Na sua forma espectral, é nesse momento crucial que Sissel descobre sua habilidade de utilizar o "poder dos mortos" para manipular objetos no ambiente e auxiliar os vivos. Com a ajuda de uma alma desconhecida, o rapaz consegue alterar o destino da moça, evitando que tenha o mesmo desfecho trágico que o nosso protagonista de cabelo espetado.
No entanto, Sissel não possui memórias de quando estava vivo e deseja desvendar os eventos que o levaram a esse fatídico desfecho. Agora, inúmeras indagações impulsionam nosso herói espiritual em sua jornada: Como ocorreu sua morte? Quem é a jovem de cabelos vermelhos? Será possível retornar à vida? Será uma longa noite e caberá ao jogador orientar Sissel na busca por todas as respostas.
Ao assumir o controle de um objeto, caso ele possua alguma função, Sissel pode utilizar sua interação com o ambiente para criar uma cadeia de causa e efeito. Em essência, o jogador deve descobrir como a manipulação dos objetos pode gerar mudanças na cena, impedindo a fatídica morte da pessoa envolvida.
No entanto, Sissel dispõe de apenas quatro minutos para alcançar o sucesso. Se falhar, o jogador precisa reiniciar a cena e descobrir uma nova abordagem para resolver a situação. Muitos cenários apresentam soluções facilmente perceptíveis, como mover um objeto para realizar uma ação específica, alcançar outro objeto e ativá-lo, por exemplo.
Por outro lado, há cenários mais elaborados que demandam astúcia do jogador para descobrir como obter um item específico ou fazer com que uma pessoa na cena se desloque para uma determinada posição na tela. Tive a oportunidade de jogar a versão original e posso afirmar que muitas cenas, especialmente as que ocorrem próximas ao final do jogo, são excepcionais em termos de originalidade.
Os dois capítulos disponíveis na demonstração são apenas o começo emocionante de uma história repleta de sentimentos, jogabilidade envolvente e personagens cativantes. Eles representam apenas a ponta do iceberg, pois a narrativa está repleta de momentos memoráveis que despertam diferentes emoções.
Não é à toa que o Nintendo DS foi um dos portáteis mais bem-sucedidos na história da Nintendo, graças à inovadora utilização de duas telas simultâneas, uma delas sensível ao toque, e jogos que aproveitavam ao máximo as capacidades do dispositivo. Em Ghost Trick, a arte bem desenhada e os detalhes ricos na animação foram pontos fortes que destacaram o jogo em meio à extensa biblioteca de títulos lançados exclusivamente para o portátil.
Além disso, a forma única como o jogador interage com o cenário também recebeu elogios tanto da crítica, quanto dos jogadores. Embora a interação seja extremamente simples, a engenhosidade dos desenvolvedores em integrar esses elementos à narrativa é digna de aplausos e ainda consegue impressionar até os dias de hoje.
Nesta versão remasterizada, a arte é realçada com modelos de personagens e cenários em alta definição, tornando a apresentação ainda mais bela e agradável aos olhos. O movimento dos personagens e objetos ganha vida e dinamismo nas seções em que precisamos nos movimentar pela tela para resolver quebra-cabeças.
Uma decisão criativa que pode parecer estranha para aqueles que estão descobrindo o jogo agora é o fato de ele manter a proporção de tela 4:3, como no Nintendo DS. Acredito que isso tenha sido feito para preservar a fidelidade da interação com os elementos do cenário. Informações que antes eram exibidas na tela adicional do portátil agora ocupam as laterais da tela, como uma ampulheta mostrando o tempo restante para concluir a cena.
A trilha sonora rearranjada traz sutileza que, assim como na direção de arte, apenas realça a qualidade das composições de Masakazu Sugimori. As músicas, que já eram boas, mostram-se ainda melhores na demonstração. A versão final permitirá visitar uma seção com jukebox para apreciar a trilha sonora à vontade.
Seja você alguém como eu, que teve a oportunidade de jogar o jogo original e está feliz em vê-lo de volta, ou alguém que terá a chance de conhecê-lo apenas agora, este é um título que todos devemos ter a felicidade e o privilégio de experimentar em 2023.
Morreu, mas passa bem!
Criado por Shu Takumi, o mesmo da famosa série Ace Attorney, nesta cativante aventura assumimos o papel de um indivíduo chamado Sissel. Desprovido de conhecimento sobre o que aconteceu, ele descobre que está falecido e prestes a testemunhar o assassinato de uma jovem com cabelos vermelhos, que aparentemente tentava auxiliá-lo no momento em que bateu as botas.Na sua forma espectral, é nesse momento crucial que Sissel descobre sua habilidade de utilizar o "poder dos mortos" para manipular objetos no ambiente e auxiliar os vivos. Com a ajuda de uma alma desconhecida, o rapaz consegue alterar o destino da moça, evitando que tenha o mesmo desfecho trágico que o nosso protagonista de cabelo espetado.
No entanto, Sissel não possui memórias de quando estava vivo e deseja desvendar os eventos que o levaram a esse fatídico desfecho. Agora, inúmeras indagações impulsionam nosso herói espiritual em sua jornada: Como ocorreu sua morte? Quem é a jovem de cabelos vermelhos? Será possível retornar à vida? Será uma longa noite e caberá ao jogador orientar Sissel na busca por todas as respostas.
Truques fantasmas
A mecânica central de Ghost Trick é a manipulação de objetos no ambiente para evitar a morte das pessoas que Sissel precisa ajudar, a fim de desvendar mais sobre sua própria história. Nosso protagonista tem a habilidade de alternar entre sua existência no mundo dos vivos, onde experimenta os eventos em tempo real, e o plano espiritual, onde é capaz de identificar os objetos que podem ser possuídos.Ao assumir o controle de um objeto, caso ele possua alguma função, Sissel pode utilizar sua interação com o ambiente para criar uma cadeia de causa e efeito. Em essência, o jogador deve descobrir como a manipulação dos objetos pode gerar mudanças na cena, impedindo a fatídica morte da pessoa envolvida.
No entanto, Sissel dispõe de apenas quatro minutos para alcançar o sucesso. Se falhar, o jogador precisa reiniciar a cena e descobrir uma nova abordagem para resolver a situação. Muitos cenários apresentam soluções facilmente perceptíveis, como mover um objeto para realizar uma ação específica, alcançar outro objeto e ativá-lo, por exemplo.
Por outro lado, há cenários mais elaborados que demandam astúcia do jogador para descobrir como obter um item específico ou fazer com que uma pessoa na cena se desloque para uma determinada posição na tela. Tive a oportunidade de jogar a versão original e posso afirmar que muitas cenas, especialmente as que ocorrem próximas ao final do jogo, são excepcionais em termos de originalidade.
Os dois capítulos disponíveis na demonstração são apenas o começo emocionante de uma história repleta de sentimentos, jogabilidade envolvente e personagens cativantes. Eles representam apenas a ponta do iceberg, pois a narrativa está repleta de momentos memoráveis que despertam diferentes emoções.
13 anos depois
A demonstração de Ghost Trick: Phantom Detective permite que os jogadores experimentem os dois primeiros capítulos do enredo, com o objetivo de introduzir a história do jogo e demonstrar o funcionamento da mecânica de manipulação de objetos de Sissel. Quando o jogo foi lançado originalmente em 2010, chamou bastante atenção do público e da crítica devido à sua direção de arte singular, considerada uma das mais interessantes para a época, especialmente em um console portátil que muitos consideravam limitado em termos de desempenho.Não é à toa que o Nintendo DS foi um dos portáteis mais bem-sucedidos na história da Nintendo, graças à inovadora utilização de duas telas simultâneas, uma delas sensível ao toque, e jogos que aproveitavam ao máximo as capacidades do dispositivo. Em Ghost Trick, a arte bem desenhada e os detalhes ricos na animação foram pontos fortes que destacaram o jogo em meio à extensa biblioteca de títulos lançados exclusivamente para o portátil.
Além disso, a forma única como o jogador interage com o cenário também recebeu elogios tanto da crítica, quanto dos jogadores. Embora a interação seja extremamente simples, a engenhosidade dos desenvolvedores em integrar esses elementos à narrativa é digna de aplausos e ainda consegue impressionar até os dias de hoje.
Nesta versão remasterizada, a arte é realçada com modelos de personagens e cenários em alta definição, tornando a apresentação ainda mais bela e agradável aos olhos. O movimento dos personagens e objetos ganha vida e dinamismo nas seções em que precisamos nos movimentar pela tela para resolver quebra-cabeças.
Uma decisão criativa que pode parecer estranha para aqueles que estão descobrindo o jogo agora é o fato de ele manter a proporção de tela 4:3, como no Nintendo DS. Acredito que isso tenha sido feito para preservar a fidelidade da interação com os elementos do cenário. Informações que antes eram exibidas na tela adicional do portátil agora ocupam as laterais da tela, como uma ampulheta mostrando o tempo restante para concluir a cena.
A trilha sonora rearranjada traz sutileza que, assim como na direção de arte, apenas realça a qualidade das composições de Masakazu Sugimori. As músicas, que já eram boas, mostram-se ainda melhores na demonstração. A versão final permitirá visitar uma seção com jukebox para apreciar a trilha sonora à vontade.
Voltando dos mortos para ganhar a alma de mais jogadores
Ghost Trick: Phantom Detective é mais uma decisão acertada da Capcom, que está constantemente trabalhando para trazer de volta alguns de seus principais títulos do passado, com o objetivo de preservar seu legado e conquistar novos fãs para seus icônicos jogos.Seja você alguém como eu, que teve a oportunidade de jogar o jogo original e está feliz em vê-lo de volta, ou alguém que terá a chance de conhecê-lo apenas agora, este é um título que todos devemos ter a felicidade e o privilégio de experimentar em 2023.
Ghost Trick: Phantom Detective chega em 30 de junho para PC, PlayStation 4, Xbox One e Switch.
Revisão: Vitor Tibério
Texto de impressões feito com cópia digital cedida pela Capcom