Alguns gêneros são amorosamente acolhidos pelo cenário independente. Um dos principais é o metroidvania, que já nos presenteou com inúmeros títulos que se tornaram favoritos instantâneas de muitos jogadores, além de servir de inspiração para novos projetos que surgem frequentemente no mercado.
Uma das novas inclusões a este gênero é Genopanic. Criado pela Mobirate, este jogo nos transporta para uma empolgante aventura em uma estação espacial infestada de criaturas e enigmas. Tivemos acesso prévio à versão de demonstração que já está disponível no Steam e neste preview vamos tentar desvendar, pelo menos, um enigma: se ele desperta nosso interesse.
Era para ser apenas uma coleta
Genopanic coloca o jogador no papel de um protagonista anônimo vestido com traje espacial. Nossa missão é chegar à estação espacial Simbirsk para coletar um objeto. Tudo corre bem até o momento em que alcançamos o local e eventos estranhos começam a ocorrer, obrigando nosso personagem a lutar pela própria vida enquanto cumpre sua tarefa e busca sobreviver.Ao explorarmos a estação, nos deparamos com zumbis, que antes eram os operadores do local, e outras criaturas monstruosas que representam ameaças à nossa vida. Para complicar ainda mais, não podemos sair da estação sem concluir nossa missão designada. Aventura e mistérios sobre o que ocorreu na estação serão nossos companheiros, juntamente com o assistente virtual LAIK, até que consigamos cumprir nossa tarefa e escapar de Simbirsk.
A demonstração oferece duas experiências distintas para experimentarmos. A primeira, com aproximadamente 25 minutos de duração, nos permite vivenciar os momentos iniciais da chegada do nosso personagem à estação, proporcionando uma ideia da atmosfera misteriosa que envolve o local e estabelecendo a direção do enredo do jogo.
O segundo momento, disponível após concluirmos a primeira parte do preview, apresenta uma série de desafios de habilidade, permitindo ao jogador experimentar as uma das armas, um cortador de plasma, e habilidades que nosso personagem adquirirá ao longo do jogo. Combinando a experiência dessas duas etapas distintas, já podemos ter uma boa ideia do que o jogo completo oferecerá.
O capricho está na simplicidade
Apresentando uma direção de arte bem simplista, mas rica em detalhes, Genopanic deve conquistar jogadores que apreciam uma caprichada estética retrô. Aqui, a arte traz animações excelentes tanto para os personagens quanto para os elementos do cenário. Destaco a iluminação, que contribui para transmitir o clima misterioso de Simbirsk, com corredores onde as luzes falham ou piscam e salas onde a visibilidade é prejudicada pela falta de luminosidade.A trilha sonora adota uma abordagem futurista que evoca as composições de fundo do saudoso Super Metroid, alternando entre temas contemplativos e imersivos. Em contrapartida, outras faixas, como a da segunda etapa da demonstração, possuem um som mais enérgico, inspirando-nos a superar obstáculos e enfrentar inimigos.
Com controles simples e responsivos, a aventura oferece combates básicos, mas destaca-se principalmente pela mobilidade. Na segunda etapa da demonstração, onde recebemos armas adicionais e aprimoramentos de mobilidade, como o salto duplo e o jetpack, podemos perceber que é nesse aspecto que Genopanic oferecerá uma dose extra de interatividade.
Outro ponto interessante refere-se a um detalhe que inicialmente passou despercebido durante a minha jogatina, mas que depois percebi que será fundamental para a experiência. Dentro do contexto narrativo de Genopanic, certas partes da estação Simbirsk estão em colapso. Ao encostar em uma superfície sutilmente marcada, ela se desfaz, revelando caminhos secretos.
Essa mecânica, presente também na segunda etapa da demonstração, estimulará bastante a exploração dos cenários durante a nossa estadia no local, embora inevitavelmente cause frustração ao tentar pegar um item ou alcançar uma passagem e ser surpreendido com o chão desmoronando sob nossos pés.
Prepare seu cortador de plasma
Genopanic surge como uma adição interessante a um dos gêneros mais populares no meio independente, e embora não traga elementos impressionantes ou inovadores, a jogabilidade e a qualidade da direção artística já são motivos convincentes para dedicar algumas horas a essa cativante aventura.Revisão: Davi Sousa