A expansão do jogo Horizon Forbidden West (PS4/PS5), Burning Shores, foi lançada em 19 de abril exclusivamente para PlayStation 5 e, desde então, alguns jogadores vêm reclamando do seu final. A fim de entender como os responsáveis pelo título da Guerrilla Games lidaram com essa repercussão negativa, o site VGC entrevistou o diretor de narrativa Ben McCaw e a escritora principal Annie Kitain.
Atenção: spoilers a seguir!
No início do DLC Burning Shores, Sylens orienta Aloy para que ela viaje até o Litoral Ardente com o objetivo de caçar um último membro da organização Far Zenith e obter mais informações sobre o lugar.
Aloy parte para esse local, mas, assim que chega na região, cai em uma emboscada pelas forças de defesa desse membro. Quando tudo parecia perdido, surge Seyka para auxiliar a protagonista. Essa nova personagem é uma jovem fuzileira que está em busca de sua irmã.
Com isso, as duas unem forças para reencontrar a irmã de Seyka, deter o integrante restante da Far Zenith e decifrar os segredos do Litoral Ardente. No decorrer da expansão, a parceria entre as duas fica mais forte, o que termina por originar um possível interesse amoroso, dependendo das escolhas que o jogador tomar.
Alguns fãs da franquia, por causa dessa relação, se sentiram ofendidos com o desenrolar do DLC e, em consequência, avaliaram Burning Shoes com péssimas notas na internet. No momento da redação dessa notícia, o agregador de críticas Metacritic, por exemplo, está apresentando uma nota 82 da mídia especializada enquanto a pontuação dos usuários não passa de 4.2.
Nesse contexto, o site britânico VGC se reuniu com os responsáveis pela narrativa da expansão e os questionou como eles absorveram o impacto das opiniões negativas dos jogadores. Confira a seguir alguns trechos das respostas, em tradução livre:
“Nós adoramos quando eles [os jogadores] têm um feedback construtivo sobre isso e aquilo. E nós ficamos perfeitamente felizes quando eles dizem que não gostam de uma coisa ou outra, com relação a praticamente qualquer aspecto do nosso game que eles realmente refletiram a respeito.No entanto, quando é somente uma negatividade grosseira, eu pessoalmente penso que é bem fácil deixar de lado e entender que é uma mentalidade com a qual nunca irei compactuar, e coisas do tipo.[As escolhas finais de Burning Shoes] são realmente uma continuação do tema que nós tivemos em ambos os jogos, sobre ela [Aloy] não estar preparada para vários tipos de contato social, por causa da sua criação, mas também por conta dos enormes desafios que ela enfrentou anteriormente.”Ben McCaw, diretor de narrativa“[Sobre a opção de ver a dupla se beijar ou não] é mais sobre a questão de se o jogador pensa que Aloy está pronta para dar o próximo passo e ter esse encontro romântico ou se ela ainda não chegou lá. Qualquer escolha é válida.”Annie Kitain, escritora principal
Burning Shores não deverá ser o último conteúdo da franquia. Uma vez que o diretor responsável pela série, Mathijs de Jonge, confirmou que a Guerrilla Games já tem planos para a próxima aventura de Aloy.
Fonte: Eurogamer