O Brasil foi uma das regiões que ficou de fora inicialmente e só agora no dia 13 de abril receberá o jogo. Por conta desse atraso, já teremos acesso à temporada 4, que adiciona um novo modo de jogo chamado Headquarters, o mapa Buried City e o mecha Gundam Dynames, originalmente criado para a série de anime Mobile Suit Gundam 00.
Tivemos a chance de jogar um pouco antecipadamente o título e conferir Gundam Evolution e esses novos conteúdos graças à Bandai Namco. Com base nisso, escrevo aqui algumas impressões sobre a experiência.
Entrando no robô gigante
A ideia de Gundam Evolution envolve escolher entre vários robôs da franquia (as Mobile Suits) e usá-los em combates entre equipes. As opções incluem clássicos como o Sazabi usado por Char no filme Char’s Counterattack, ∀ Gundam e o próprio RX-78-2 (o primeiro Gundam), mas também o bem mais novo Gundam Barbatos, que depende de proximidade física para enfrentar os inimigos.
Embora esteja bem longe da variedade de jogos como a franquia Extreme Vs. ou SD Gundam Battle Alliance, temos uma lista interessante de unidades já disponíveis desde o início. Outras opções como o Gundam Dynames, que foi adicionado ao jogo agora, precisam ser comprados, seja com dinheiro real ou com uma moeda in-game.
Honestamente, no tempo que tive com o jogo, senti que poucas máquinas tinham diferenciais interessantes. O Dynames é uma delas, tendo a opção de alternar entre pistolas e um rifle de sniper. A segunda opção causa mais dano, mas é mais lenta, então a capacidade de alternar entre elas chama a atenção.
O jogador também pode customizar o seu robô com vários elementos cosméticos. A paleta de cor da Mobile Suit e a da arma são separadas e é possível adicionar ornamentos como emblemas de organizações como a Federação da Terra ou o Principado de Zeon, ambos grupos importantes para a Universal Century.
Os modos de jogo
Em termos do jogo em si, Gundam Evolution envolve batalhas entre dois times de seis jogadores. Saber alternar entre a arma primária e a secundária – assim como movimentar-se de forma precisa para lidar com os inimigos e evitar ser atingido – é a base do gameplay, sendo necessário entender as capacidades e limitações da unidade escolhida.
Não é possível escolher a mesma unidade que um outro membro da equipe, mas toda vez que o seu robô é destruído, você pode trocar por outra opção ainda disponível. Imagino que especialmente para jogadores que tenham muito apreço por um robô específico, isso deva levar a algumas discussões para coordenar a equipe.
Em termos de opções de gameplay, temos partidas ranqueadas e casuais e três modalidades de jogo: Point Capture, Domination e Destruction. Cada ambiente é atrelado a uma delas, sendo a nova área, Headquarters, um mapa específico de Point Capture.
A partida desse modo envolve duas rodadas. Na primeira, os jogadores são divididos em atacantes e defensores, e depois isso é alterado na seguinte. Os atacantes devem dominar uma área dos defensores, mantendo-se nas proximidades, mas se o inimigo estiver na mesma região, ele irá contestar o domínio daquela área. Já Domination consiste em capturar três objetivos dentro do tempo limite e Destruction envolve um grupo tentar armar uma bomba e o outro desarmá-la.
Uma vez dominada, cabe aos times lutarem para proteger ou atacar aquela área central. Pontos são obtidos para quem domina a área, para os atacantes que reduzem a durabilidade desse Core (um ponto para reduzir em 50% e outro para destruí-lo) e para os defensores por impedir que a área seja destruída. Ganha quem conseguir fazer cinco pontos primeiro.
De forma geral, é mais um modo que demanda boa coordenação de equipe e o conhecimento do layout da área pode ser crucial para criar estratégias baseadas em altura e pontos cegos dos inimigos. Porém, honestamente falando, o novo modo é bem similar ao que já existia antes e as pequenas variações de regra não me pareceram suficientes para dar a ele uma sensação de diferenciação.
Um FPS genérico de times
Confesso que no pouco tempo que tive com o jogo, ele me pareceu um FPS bem genérico que poderia oferecer mais diversidade de habilidades, explorando mais a fundo o universo de Gundam. As áreas também não têm nada muito interessante em seu design, sendo mais pensadas em termos de ambientes curtos para travessia, e o mesmo vale para os modos.
Para os jogadores viciados em títulos multiplayer free-to-play, Gundam Evolution pode ser mais uma experiência frenética de ação e, como fã da franquia, fico feliz de vê-lo chegar ao Brasil. Porém, ele é focado bem especificamente nesse nicho e, no pouco tempo que pude experimentá-lo, ele não me pareceu nada particularmente interessante em detrimento ao que já existe no mercado. Nesse sentido também, o que vem com a temporada 4 parece apenas mais do mesmo.
Revisão: Heloísa D’Assumpção Ballaminut
Texto de impressões produzido com cópia digital cedida pela Bandai Namco