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Análise: Total War: WARHAMMER III - Forge of the Chaos Dwarfs (PC) traz mais caos e brutalidade ao Velho Mundo

O mais novo DLC de um dos melhores jogos do ano passado é um lembrete eficaz do que torna o crossover entre Total War e Warhammer tão interessante.

em 12/04/2023
Forge of the Chaos Dwarfs
, ou Forja dos Anões do Caos em nosso idioma, é o mais novo pacote adicional pago disponibilizado pela Creative Assembly para o brilhante Total War: WARHAMMER III (PC) — um dos grandes jogos de 2022 e também a apoteótica conclusão de uma das melhores trilogias que já agraciou o mundo dos games.


Apresentando uma nova raça jogável, muitos desafios e horas e mais horas de diversão para os entusiastas, este DLC é, acima de tudo, um lembrete eficaz do que torna o crossover entre as franquias Total War e WARHAMMER tão interessante (e viciante). Confira os detalhes a seguir em nossa análise!

Personagens lendários com sede de caos e brutalidade

Forge of the Chaos Dwarfs nos apresenta aos anões do caos, personagens malignos, sórdidos e impiedosos no mundo de WARHAMMER. Nas lendas, tais criaturas figuram como uma raça guerreira de ferreiros que, obcecados pelo poder, entregaram-se totalmente ao deus maligno Hashut, também conhecido como o Pai da Escuridão.

Estudiosos de feitiçaria movidos pela chance do controle das forças e fogos infernais das profundezas da terra, os anões do caos se destacam de outras raças por sua habilidade de combinar segredos sombrios com engenharia e metalurgia em escala industrial. Na prática, o resultado é uma assustadora combinação de máquinas de guerra e armas demoníacas que impressiona pela inclemência.

Ao todo, são três senhores lendários jogáveis adicionados a Total War: WARHAMMER III com o DLC: 

Astragoth, o Mão de Ferro: O próprio sumo sacerdote de Hashut e também o feiticeiro mais poderoso a caminhar pela Planície de Zharr, Astragoth exibe a sua crueldade no próprio dispositivo mecânico pelo qual é transportado, já que o item foi construído por seus escravos e garante um bônus a cada morte em batalha. Seu exército é conhecido como “os discípulos de Hashut”.

Drazhoath, o Cinzento: Um feiticeiro tão poderoso quanto perverso e faminto por poder, Drazhoath ascendeu de sua posição enquanto ferreiro infernal menor para se tornar senhor da Legião de Azgorh. Hoje, sua implacável ambição o leva a ser um fiel propagador dos terrores deturpados do Caos em sua jornada pelo poder oculto.

Zhatan, o Negro: Comandante da Torre de Zharr, Zhatan é o responsável por incontáveis trabalhadores acorrentados labutarem até a morte no Vale da Desgraça. Acompanhado de seus capatazes Hobgoblins e da Armada de Zharr, seus feitos brutais são capazes de intimidar até mesmo outros vilões no Velho Mundo.

Além dos três líderes, convém mencionar que o DLC adiciona 26 unidades novas — como os Guerreiros Anões do Caos e os Bacamartes dos Anões do Caos — que podem ser usadas na construção de exércitos durante as duas campanhas do jogo base, o Reino do Caos e Impérios Imortais (que, felizmente, tornou-se gratuito há pouco tempo para todos os jogadores de Total War: Warhammer III).

Mais narrativa, mais desafios, mais turnos e diversão

Forge of the Chaos Dwarfs não é o primeiro pacote adicional de Total War: WARHAMMER III e, sejamos francos, muito provavelmente também não será o último. Dito isso, há uma série de motivos pelos quais tanto os novos jogadores quanto os veteranos da franquia devem ficar de olho neste DLC.

O primeiro diz respeito às adições à narrativa do jogo; se o terceiro jogo é o mais rico da trilogia no que tange às cutscenes e eventos, esta expansão abraça esse fato com louvor, trazendo consigo novas cinemáticas que reforçam a interessante mistura entre feitiçaria e tecnologia que caracteriza os anões do caos.

O segundo ponto toca nas variações na jogabilidade oferecidas pelo trio de personagens. Desejando obter o poder incontestável de Hashut, o grande objetivo dos anões é construir uma broca capaz de perfurar o reino oculto do deus e obter o seu sangue. 

Preparar uma broca capaz de tal feito, logicamente, nunca seria uma tarefa fácil. Por isso, os vilões precisam, ao longo de suas campanhas, completar diversas missões, que culminarão, caso concluídas, em um sacrifício e na revelação da localização de quatro itens especiais, capazes de conceder à ferramenta o poder necessário para romper as barreiras da realidade do Velho Mundo.

Sendo plenamente sincero, as adições ao jogo da Grande Broca de Hashut e de suas tarefas relacionadas já seriam capazes de entreter os jogadores por horas (especialmente nas dificuldades mais elevadas), mas eu diria que é em seus subsistemas que Forge of the Chaos Dwarfs verdadeiramente se destaca. 

Calma, eu explico: é que, sendo os anões do caos engenheiros por natureza, ampliar e desenvolver suas capitais e construções é essencial para instaurar o verdadeiro caos no mundo (a maioria das primeiras missões obrigatórias dos líderes, inclusive, está relacionada ao surgimento de construções).

Na prática, então, campanhas com a nova cultura exigirão que o jogador esteja constantemente investindo em pesquisa e recrutando mão de obra para trabalhar em suas minas demoníacas. 

Claro, como a melhor maneira de recrutar “voluntários” é através de uma vitória esmagadora em combate com os inimigos, o novo DLC é a oportunidade perfeita para mergulhar novamente no viciante loop de batalhas épicas, conquistas e gerenciamento de exércitos e assentamentos que caracteriza, desde 2016, a junção de Total War e WARHAMMER.

Há ainda algumas outras surpresas menores embutidas no pacote adicional, como um novo herói lendário — um Hobgoblin conhecido como Gorduz, o “apunhaladô” —, engenhocas autônomas que certamente se destacarão nas mãos dos jogadores mais habilidosos, e a competição por assentos na Torre de Zharr, que exigirá habilidades diplomáticas ao se desenrolar em campanha.

Evitando spoilers, vou optar por preservar essa parte da experiência. Mas, no fim, cabe ressaltar que Forge of the Chaos Dwarfs é mais do que torna Total War: WARHAMMER III ótimo; se você deseja uma nova e divertida cultura para explorar dentro do jogo por horas e horas e/ou assumir o papel de vilão imperdoável, os anões do caos cumprem esse papel com pompas, configurando outra bela adição ao título, que está em sua melhor forma desde o lançamento no ano passado.

O caos ressurge, novamente

A adição de novas raças jogáveis como conteúdo pago não é lá uma novidade para a franquia Total War: Warhammer, mas, sob todos os parâmetros analisados, os anões do caos fazem bonito e deixam uma ótima impressão em sua estreia em Total War: WARHAMMER III com Forge of the Chaos Dwarfs.

A adição de novos objetivos e o carisma dos novos líderes fazem deste um pacote simples, sim, mas indispensável para aqueles que querem deixar o seu jogo tão completo quanto possível e que buscam uma nova experiência com o título, focada tanto no gerenciamento quanto no combate. Por fim, no Velho Mundo, poucas combinações são tão letais quanto a da engenharia com a feitiçaria… uma pena para os inimigos de Hashut.

Prós

  • Adiciona três novos carismáticos e divertidos senhores lendários ao jogo, jogáveis tanto em Reino do Caos quanto Impérios Imortais;
  • 26 novas unidades e um novo herói lendário oferecem mais flexibilidade ainda na composição dos exércitos;
  • Ir atrás da Grande Broca de Hashut é um objetivo divertido e que deve agradar a quem deseja mais conteúdo ou variações para o jogo original;
  • Mistura de magia e tecnologia torna a nova cultura muito divertida de ser explorada;
  • Legendado em português brasileiro;
  • Como é costume para os conteúdos da franquia, oferece grande fator replay.

Contras

  • Provavelmente não irá agradar a quem prefere manter o seu foco completo nas batalhas, sem se envolver com a parte de gerenciamento do título.
Total War: WARHAMMER III: Forge of the Chaos Dwarfs — PC — Nota: 8.5
Revisão: Vitor Tibério
Análise produzida com cópia digital cedida pela SEGA

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