Neste último final de semana, pudemos experimentar o beta fechado de Crash Team Rumble. Com uma premissa que evoca o saudoso Crash Bash, é impossível não esperar que o título completo cause muitas confusões entre os jogadores — no melhor sentido possível.
Cada um com a sua função
Em meio a uma arena repleta de plataformas, nossa missão em Team Rumble é coletar o número estabelecido de frutas wumpa antes da equipe rival. Os times com quatro integrantes se enfrentam e os personagens têm diferentes funções.
Os Pontuadores, como Crash e Tawna, podem recolher mais frutas que os demais de uma vez; Dingodile é do tipo Bloqueador, e a sua meta é atrapalhar os oponentes roubando suas frutas e nocauteando-os com força; Coco e N. Cortex são Suportes, e sua missão é espalhar armadilhas pelo caminho enquanto ajudam a equipe com habilidades passivas.
Além de contar com as características especiais de cada companheiro, a própria arena influencia no andamento do jogo. Além dos bancos, onde cada equipe deposita suas frutas wumpa, é possível ativar poderes ao usarmos uma quantidade específica de relíquias, que também estão pelo caminho. Podemos entrar em uma bola de destruição, acionar trampolins, fazer Uka Uka bombardear o cenário com meteoros e até mandar Nitrous Oxide perseguir os inimigos com um laser.
Outro ponto importante são as plataformas de impulsionamento. Existem três pontos destes no mapa e quando um time os aciona, a quantidade de frutas ganha um acréscimo bônus por um curto período de tempo. É um sistema que lembra bastante os pontos de Capture a Bandeira, comumente visto em jogos de tiro, como os da série Battlefield.
Quem já está acostumado com a jogabilidade da franquia, principalmente de Crash Bandicoot 4: It's About Time, que trouxe mais personagens, vai se sentir em casa. Todos os selecionáveis mantiveram a mesma estrutura do jogo de aventura. Em adição a esses movimentos, eles ganharam um comando para posicionar um item que ficará fixo por alguns segundos. Pode ser uma planta cuspidora de projéteis; um guarda gasmoxiano gigante, que acertará os inimigos sem dó; ou uma geladeira com itens de recuperação de energia para a galera.
Após cada partida, nosso desempenho rende pontos de experiência, que são conferidos primeiro ao nosso perfil e depois ao personagem que usamos. Enquanto liberamos itens diversos gerais, como músicas dos títulos anteriores da franquia, avatares e fundos de perfil, ganhar pontos com um personagem libera itens de customização, como perucas, mochilas e chapéus. Pontos extras são dados àqueles que forem os melhores em alguns aspectos, como abater mais inimigos, coletar mais frutas ou impedir mais vezes que o inimigo pontue.
Para bandicoots pelo mundo
Durante o período do beta fechado, só estavam disponíveis partidas em rede para amigos ou em salas com jogadores diversos. Se por um lado houve alguns casos de demora para achar jogadores, mesmo com crossplay, por outro tudo ocorreu muito bem. Parece que o foco total do jogo será online, sem partidas locais, e de fato, seria bem complicado ter mais de uma câmera dando foco para cada jogador, uma vez que os mapas são bem grandes com layout variado, longe de serem apenas um espaço plano.
Para um primeiro teste, Crash Team Rumble se mostrou divertido e descompromissado, do jeito que era esperado. Por mais que esse tipo de proposta já seja algo mais comum na última década, ter Crash e companhia em disputas malucas ponto a ponto é empolgante. Só fica a curiosidade para saber quais serão os personagens que irão compor o elenco completo e as diferentes modalidades de jogo que podem ser apresentadas.
Crash Team Rumble será lançado em 20 de junho deste ano para PC (via Steam), PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X|S, com crossplay entre todas as plataformas e totalmente localizado para português brasileiro.
Revisão: Davi Sousa
Teste realizado com cópia digital cedida pela Activision