Eu não escondo que a aventura de Yuuko Asou como Guerreira Valis é meu jogo favorito de todos os tempos e muito menos disfarço minha empolgação com as coletâneas lançadas para Switch (aqui e aqui), mas é fato que a versão lançada para o console da SEGA consolidou meu amor incondicional por platformers de ação.
A vida-dupla de estudante e guerreira mágica
Tudo começa quando, em um dia chuvoso, Yuuko Asou, uma estudante colegial de 16 anos, se vê diante de uma invasão de monstros em Tóquio; porém, uma espada mágica também aparece e a garota tem a impressão de ser chamada por ela. Disposta a salvar sua cidade, Yuuko empunha a misteriosa rapieira, da qual ela ganha poderes capazes de destruir esses monstros.
A heroína, no entanto, não esperava se tornar a Guerreira Valis e ficar cara a cara com Valia, a rainha de Vecanti, o Mundo dos Sonhos. Logo Yuuko descobre que ela tem uma importante missão: salvar não apenas a Terra, mas também Vecanti da invasão de Rogles, o soberano do Mundo das Trevas. Para colocar um ponto final nos planos megalomaníacos do vilão, a Guerreira Valis precisará reunir todas as Phantasm Jewels que estão em posse dos subordinados de Rogles.
Como um platformer de ação side-scrolling, Yuuko corre, salta, desliza e ataca com a espada, mas tem à sua disposição uma gama de power-ups que potencializam o poder da Valis, bem como as habilidades especiais que podem ser ativadas conforme a protagonista recupera as Phantasm Jewels. A aventura também traz diferentes tipos de inimigos e chefes com diferentes padrões de ataques, contribuindo para combates dinâmicos e diversificados.
Mesmo sendo um port com uma quantidade de estágios reduzida — mas nem por isso pouco caprichados e variados —, o jogo manteve algumas cutscenes para contextualizar a trama, apresentando não apenas o protagonismo de Yuuko, como também a presença de personagens secundários e antagonistas carismáticos e com personalidades próprias e marcantes. Essas características, somadas à incrível apresentação audiovisual acima do padrão da época, fizeram com que Valis para o Mega Drive fosse considerado tão bom quanto a versão de PC Engine.
Uma das melhores aventuras do Mega Drive
Valis: The Fantasm Soldier é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores action platformers do Mega Drive, sendo lembrado até hoje por suas excelentes características. Pode ser que, para os padrões atuais, a jogabilidade esteja datada, mas não dá para esconder sua importância no universo dos jogos, ainda mais por ser um dos pioneiros por colocar protagonistas mulheres sob os holofotes.
Revisão: Davi Sousa
Capa: Thais Santos