Um deles, em particular, me chamou (e muito) a atenção: Marvel vs. Capcom: Clash of Super Heroes, ou simplesmente Marvel Vs. Capcom. Era difícil não ficar mesmerizada com todas aquelas cores que saíam da tela, mas não só isso: era incrível ver personagens como os X-Men travando duelos ferozes contra Mega Man, Ryu e outros personagens icônicos — à época, eu era vidrada no desenho animado dos mutantes da Marvel.
O mais curioso nessa viagem no tempo é que, quando eu tinha meus 6, 7 anos, eu não imaginava que viria a gostar tanto de videogames e desses personagens clássicos quanto gosto hoje. Então, como não falar desse incrível jogo, que, em 2023, completou 25 anos?
Um confronto de gigantes
Marvel e Capcom já tinham feito sua estreia no campo de jogos de luta crossover com o game X-Men vs. Street Fighter, em 1996. Pela primeira vez, pudemos ver lutadores de diferentes universos trocando socos, com direito a todo tipo de poder especial. Cada jogador podia controlar dois personagens, alternando entre eles até eliminar os dois do adversário, criando, dessa forma, o conceito de Tag Battle.
Não tinha como um jogo tão colorido, com sprites tão bem-trabalhados e animados, efeitos especiais caprichados e uma trilha sonora marcante dar errado nessa época, o que logo nos trouxe o lançamento de Marvel Super Heroes vs. Street Fighter em 1997. Ainda com belos visuais e boas músicas em seu catálogo, essa nova entrada trouxe novidades com relação a seu antecessor, como novos golpes, novos combos e algumas mecânicas diferenciadas, em especial o “assist attack”, que aumentou consideravelmente a liberdade e a variedade de sequências executadas pelos jogadores mais habilidosos.
O balanceamento dos personagens foi satisfatório, o que, no fim das contas, marcou um bom jogo, apesar de um elenco bem diferente do anterior. Desse modo, com novas portas abertas, o primeiro jogo com o título de Marvel vs. Capcom foi lançado em 1998. A parte audiovisual seguia impecável, com belos cenários e personagens com sprites relativamente grandes e detalhados, além de músicas que coçam gostosamente a parte nostálgica do cérebro dos que tiveram contato com esse game, como eu.
Curiosamente, este é o jogo cuja tela de seleção básica (sem contar os personagens secretos) conta com menos bonecos: eram apenas 15, enquanto X-Men vs. Street Fighter e Marvel Super Heroes vs. Street Fighter contavam com, respectivamente, 17 e 18 personagens selecionáveis de início. Da parte de gameplay, o jogo seguia quase o mesmo molde de seus dois antecessores: cada participante escolhia dois personagens, que poderiam compor equipes mistas com um boneco de cada empresa, se o jogador assim quisesse.
Foi também em Marvel vs. Capcom que surgiu uma grande novidade sobre seus antecessores: agora, era possível selecionar um terceiro personagem que entraria em cena para aplicar golpes de assistência tanto ofensivos quanto para auxiliar em contra-ataques, aumentando as possibilidades táticas dentro dos confrontos. A variedade de coadjuvantes era grande, com cerca de 20 personagens selecionáveis para cumprir essa importante função, mas de modo aleatório, a não ser que fosse ativado um código secreto antes de entrar na seleção de bonecos.
Por fim, este crossover também trouxe outra característica marcante: os Duo Team Attacks, que permitiam que os dois personagens pudessem lutar simultaneamente por um curto período, sendo possível desferir super movimentos ilimitados enquanto durasse a barra de especial.
Nostalgia para mais de década
Hoje, aos meus 31 anos, continuo não sendo muito boa em jogos de luta e Marvel vs. Capcom: Clash of Super Heroes não é exceção. Mesmo assim, quando vejo vídeos, informações e artes a respeito do jogo, meu “sensor de nostalgia” apita mais do que nunca.
Eu também não sei dizer por que exatamente, mas sempre gostei muito das duplas Mega Man e Spider-Man e Morrigan e Chun-Li, minhas favoritas até hoje, mesmo nunca tendo acertado direito os especiais… E você? Tinha alguma preferida?
Revisão: Heloísa D’Assumpção Ballaminut