Blast Test

Impressões: ENDLESS Dungeon (Multi) mistura tower defense e ação cooperativa em uma proposta promissora

O novo roguelite da série ENDLESS promete uma jornada que demanda estratégia e coordenação de equipes.

ENDLESS Dungeon
é um novo jogo que a Amplitude Studios está desenvolvendo como parte do universo compartilhado da franquia iniciada por ENDLESS Space (PC). O roguelite de ação será lançado para PC, PS4, PS5, XBO e XSX no dia 18 de maio de 2023 e tivemos a oportunidade de jogá-lo antecipadamente em um evento para a imprensa. A impressão que fica é a de uma experiência que pode ser bastante viciante e demandar um bom planejamento estratégico na exploração dessas áreas repletas de monstros.

Uma vida frágil em um espaço infinito

A ideia básica de ENDLESS Dungeon envolve vários personagens presos em uma estação espacial abandonada que parece ter alguma ligação com lendas que todos acreditavam ser pura ficção. Após se perderem no espaço e pararem nesse lugar, vários indivíduos começaram a explorar os arredores e notaram que não conseguiam mais morrer ao lutar contra os monstros. A derrota apenas fazia com que eles voltassem ao ponto de partida, que se tornou uma espécie de lobby para aventureiros.
Com o objetivo de alcançar o Núcleo da estação espacial, esses heróis terão que unir forças para enfrentar os monstros que tomaram conta de vários setores. Curiosamente, a expedição só pode ocorrer com a ajuda de um cristal. Se o inimigo conseguir quebrá-lo, o jogador terá que recomeçar a jornada pela estação desde o início.
 
Pelo que foi possível jogar no evento, a ideia do jogo é misturar tower defense com roguelike de ação, dando uma forte dimensão estratégica à exploração. Além de poder contar com o seu personagem e aliados controlados por outros jogadores ou pela própria máquina no single player, é bastante importante montar torretas em pontos estratégicos para que elas interceptem os inimigos.
Alguns heróis podem ser mais focados na criação e manutenção dessas máquinas, enquanto outros atraem a atenção do inimigo ou causam dano por conta própria. Para jogar o multiplayer com três pessoas, recebi a recomendação de que pelo menos um de nós controlássemos um personagem focado em cura. Decidi fazer esse papel e notei que realmente fez uma diferença considerável no combate, que era mais desafiador do que sozinho ou com apenas duas pessoas.

Portas, ondas de inimigo e a estratégia de controle

Embora o combate ocorra em tempo real, a relação do jogo com o tempo é um pouco curiosa, dependendo de como o jogador abre portas para novas áreas. Embora a dungeon tenha uma disposição aleatória, as ondas de inimigos surgem dentro de determinados intervalos. Assim, o jogo alterna entre os momentos de buscar mais recursos (que serão necessários para construir torretas e fortalecer os heróis) e lidar com enxames potencialmente devastadores de inimigos.
Um detalhe que chama a atenção nisso é a simplicidade e elegância que o design do jogo promove para a estratégia. Como é o próprio jogador que abre as portas da estação, ele também tem a capacidade de moldar o trajeto que deseja. Os monstros só têm acesso ao cristal por meio de áreas que já tiveram suas portas abertas, fazendo com que o jogador possa traçar os planos de como manter o seu cristal seguro.
 
Por exemplo, se, no multiplayer, a equipe for toda descoordenada, com cada pessoa indo para um canto, o resultado é que os inimigos também terão vários pontos de origem. Por conta disso, a organização da equipe e a elaboração de estratégias para a exploração e o posicionamento das torretas faz uma grande diferença para a dificuldade.
Da mesma forma, talvez não valha a pena abrir mais portas ou tentar receber itens à custa de invocar uma nova onda de inimigos. Essas escolhas estratégicas precisam ser bem organizadas para a equipe não se ver diante de um game over prematuro por mal planejamento, mas, curiosamente, na versão que tive acesso, não há nenhuma restrição para que os indivíduos façam essas ações com potenciais consequências catastróficas. Dessa forma, é possível notar como a comunicação será um fator muito importante para que os jogadores aproveitem ao máximo o multiplayer.

Um jogo promissor

ENDLESS Dungeon
é um roguelite de ação com mecânicas de dungeon crawler e, apesar de pessoalmente eu não ser um jogador muito ligado ao multiplayer, minhas breves horas de gameplay me deixaram bem cativado pela experiência. Conseguir valorizar a estratégia e o trabalho em equipe em um título com ação muito frenética não é um trabalho fácil e já consigo vislumbrar a experiência valendo muitas horas de diversão.

Revisão: Juliana Paiva Zapparoli
Texto de impressões produzido com demonstração cedida pela SEGA

é formado em Comunicação Social pela UFMG e costumava trabalhar numa equipe de desenvolvimento de jogos. Obcecado por jogos japoneses, é raro que ele não tenha em mãos um videogame portátil, sua principal paixão desde a infância.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


Disqus
Facebook
Google