Entrevista

Dead Island 2: entrevistamos James Worrall, diretor criativo da Dambuster

Conversamos sobre o legado da franquia, as novidades e surpresas do novo título.


Dead Island 2 (Multi) nem chegou e já está causando alvoroço na comunidade gamer. Existe muita expectativa e receio com o novo jogo devido ao tempo de produção e peso do legado que o nome da franquia carrega. Recentemente a equipe do GameBlast teve acesso a uma versão de Acesso Antecipado do game e contamos tudo pra vocês neste artigo.


Agora, tivemos a oportunidade de ter um bate-papo com James Worrall, diretor criativo da Dambuster com vasta experiência no mercado, tendo trabalhado em franquias como GTA, Need for Speed, The Crew e Forza.

GameBlast: Dead Island 2 teve um longo processo de produção entre muitas idas e vindas. Como foi para os desenvolvedores assumir a franquia e carregar o legado mais de 10 anos depois do primeiro jogo?

James Worrall: Foi realmente empolgante porque tínhamos uma ideia muito clara do que queríamos fazer com a franquia e passamos por um processo de trazer tudo de volta à essência absoluta do que pensávamos que o jogo original tinha sido, com os pontos positivos e também uma nova proposta para o que pensávamos que Dead Island poderia ser em Dead Island 2. Então, tudo o que mantivemos foi a proposta de Los Angeles daquele trailer que foi lançado no passado. Achamos que seria uma grande oportunidade de construir personagens, locais e colocar o apocalipse zumbi em um tipo de cenário moderno. Era um bom local para fazer um “paraíso que foi por água abaixo”, mas todo o resto fomos nós que construímos desde o início em torno dessa nossa visão do que Dead Island poderia ser.

GameBlast: Como a equipe chegou na ideia de transferir o ambiente de ilha para a caótica Hell-A?

James Worrall: Ironicamente, acabamos de passar por uma pandemia, então a noção de que as coisas estão em quarentena ou até mesmo colocar uma cidade em quarentena foi bem fácil por termos passado por isso. Eu acho que uma ilha impõe o aprisionamento, porque a natureza dela é de isolamento imposto pela adversidade e pela ameaça, em vez de simplesmente um corpo de água. Então, enquanto você joga, há todas essas perguntas sobre o que o resto da América está fazendo ou o que o resto do mundo está fazendo. Alguém ainda está vivo aí? Acabamos de ser abandonados para morrer? E essas são algumas das questões que a história vai abordar.

GameBlast: Os seis protagonistas tornam o ato de rejogar Dead Island 2 mais prazeroso. Existem ideias de adicionar outros personagens como o próprio Sam que aparece durante a campanha?

James Worrall: Não, na verdade não. Vamos ficar com os seis personagens. Como você pode perceber, escrever seis personagens diferentes para caber na mesma história e fazê-los dizer coisas diferentes e ter opiniões diferentes foi um grande desafio e muito trabalho. Então, por enquanto, “não” é a resposta curta.

GameBlast: Os jogadores podem esperar outros rostos conhecidos da franquia darem as caras em Dead Island 2? 

James Worrall: Não no lançamento inicial, e isso é tudo o que direi.

GameBlast: Dead Island 2 tem um tom característico na forma como conta suas histórias. Toda a quest e a lore envolvendo a Goat Pen foram hilárias. Como surgem as referências para essas micro-histórias dentro do jogo?

James Worrall: Acho que nos concentramos em personagens e caricaturas. Todo o objetivo de contar uma história ou um conto de zumbis e seu apocalipse é que deve fazer referência à vida real. Então, examinamos temas que são particularmente comuns à cultura americana moderna. Pegamos Los Angeles e fizemos uma espécie de pilar do “paraíso por água abaixo” dos jogos originais de Dead Island, adicionando esse tipo de ideia distante. Talvez a cultura digital autoindulgente e outras culturas também, como as lentes de Hollywood em geral. E achamos que isso realmente foi apenas essa mente profunda e rica que parecia explorar e desenterrar todos esses personagens interessantes e diferentes abordagens da modernidade e como eles podem lidar com o apocalipse.

James Worral tem passagem por grandes estúdios como a Microsoft e a Rockstar Games
James Worral tem passagem por estúdios como a Microsoft e Rockstar Games


















Como estão as suas expectativas para o jogo? Aposta na ressurreição da franquia ou seu enterro definitivo? Dead Island 2 chega em 21 de abril para Xbox Series X e S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e PC.

Revisão: Ives Boitano

Redator publicitário em tempo integral e amante de games nas horas vagas. Provavelmente aprendi a segurar um controle mais rápido do que uma mamadeira. Cresci com os maiores clássicos da Big N como Zelda, Mario e Pokémon. Hoje aproveito os pequenos momentos de descanso da vida corrida para me perder em Hyrule, em uma Tóquio pós-apocalíptica ou em um mundo de encanadores e cogumelos.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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