E aí, galerinha, tudo bem com vocês? Bom, vocês sabem que eu sou o cara do site que curte as coisas nostálgicas e coletâneas da vida. Não é novidade que sempre que tem um título Recharged da Atari, eu pego.
Hoje vim compartilhar algo que só vim reparar de verdade após analisar o mais recente título dessa série, o Caverns of Mars: Recharged. Todas as conquistas/troféus têm nomes de músicas de bandas famosas.
Eu já havia notado coincidências aqui e ali, mas como os nomes de todas as conquistas estavam em português, passou batido por mim. Só no último jogo que mantiveram os nomes originais e aí veio a curiosidade de olhar os demais. E sim, quando eu notei isso, minha cabeça explodiu!
OK, com certeza eu não fui o primeiro terráqueo a notar isso, mas fiquei tão intrigado com as escolhas que irei mostrá-las aqui para vocês e não só falarei quais são as músicas, mas também criei uma playlist para que vocês possam apreciá-las. Dei preferência para organizar essa lista no Spotify, para facilitar as coisas para quem acompanha pelo celular, mas algumas canções não estão na plataforma, então colocarei o link delas no YouTube logo abaixo do player.
Centipede: Recharged - Blue Öyster Cult
O Blue Öyster Cult já tem uma longa estrada, já que iniciou suas atividades em 1967. Por mais que já tenham passado mais de 20 integrantes pela sua formação, a ideia geral das suas músicas sempre envolveu psicodelia e ocultismo.
Nos games, o Blue Öyster Cult marcou presença nas séries Guitar Hero e Rock Band com os hits Godzilla, Cities in Flame with Rock’n Roll e (Don't Fear) The Reaper.
Black Widow: Recharged - Electric Light Orchestra
O Electric Light Orchestra inovou ao trazer violinos em suas composições, e posteriormente uma orquestra de fato, o que não era algo muito comum na década de 1970. Mesmo sendo ingleses, eles estouraram mais nos Estados Unidos, principalmente com a canção Last Train to London, para só depois alcançar o topo das paradas em seu lar.
Além de todo seu experimentalismo, o ELO também foi responsável por compor a trilha sonora do filme Xanadu, de 1980, protagonizado por Olivia Newton-John. A banda voltou ao mainstream em 2017, quando Mr. Blue Sky foi usada na abertura de Guardiões da Galáxia Vol.2.
Asteroids: Recharged - Queen
Não há muito que eu possa falar sobre o Queen que já não tenha sido dito, mas eu reforço: é uma das bandas mais influentes da história do rock, e Freddie Mercury é simplesmente um dos vocalistas mais reverenciados da música, independentemente do gênero.
Agora… o porquê de terem juntado Queen com Asteroids é uma incógnita. Será que é pelo fato do guitarrista Brian May também ser um doutor em astrofísica? Será que é pelo fato da banda já ter composto a trilha sonora inteira do filme Flash Gordon, que também era um herói espacial? Muitas teorias para ótimas referências.
Breakout: Recharged - Pink Floyd
Agora o trocadilho veio pronto de uma maneira que eu até aproveitei na capa da matéria: qual o objetivo de Breakout? Quebrar tijolos! Qual a banda que mais tem músicas com tijolos (mesmo que figurativos)? Pink Floyd! E é claro que a obra icônica Another Brick in The Wall foi referenciada em Breakout Recharged.
Naturalmente, a carreira da banda não se resume somente a paredes e tijolos, já que o Pink Floyd é considerado um dos expoentes do rock progressivo e psicodélico, além de ter composições belíssimas e complexas.
Gravitar: Recharged - Laurie Anderson
Gravitar: Recharged marcou uma virada de chave nos títulos remodelados da Atari, trazendo algo mais ousado e experimental, que envolvia uma nova identidade estética e sonora. Então, ninguém melhor para simbolizar isso que Laurie Anderson.
Laurie está na ativa desde 1975, sendo uma pioneira da música eletrônica e do som conceitual que veio a ser conhecido como art rock. Ela inclusive inventou muitos dos instrumentos que utilizou em suas composições.
Yars: Recharged - Rush
Rush é o epítome do rock progressivo. Alex Lifeson, Geddy Lee e Neil Peart são conhecidos não só pelo seu trabalho conjunto, mas pelo enorme talento individual e sinergia que eles demonstravam no palco. Isso sem contar que sua maneira única de compor canções que contam histórias subdivididas pela duração do álbum curiosamente combina bem com a jornada de vingança de Yars.
Compor esta playlist foi algo um pouco mais complexo, já que ela utiliza intertítulos de canções subdivididas, como 2112, By-Tor and the Snow Dog e Cygnus X-1 Book II: Hemispheres. Então, para que nada fique de fora, incluí as três na íntegra.
Missile Command: Recharged - Creedence Clearwater Revival
Se você tem uma banda de garagem ou já assistiu a um cover de músicas variadas em qualquer barzinho, seus ouvidos conhecem as guitarras características de Creedence Clearwater Revival. Agora o que a banda de classic rock tem a ver com Missile Command é uma incógnita. Talvez seja o grupo favorito dos soldadinhos que ficam dentro das torretas, protegendo a cidade das naves inimigas (lá vai minha imaginação de novo...)
A vida de fato da banda liderada por John Fogerty foi curta, durando apenas cinco anos, mas que resultaram em sete álbuns recheados de clássicos como Fortunate Son, Up Around the Bend, Long as I Can See the Light, Suzie Q, Born on the Bayou e Have You Ever Seen the Rain.
Obs: este Missile Command: Recharged não é o mesmo lançado em 2020. Trata-se de uma segunda versão, com visuais mais próximos do que os demais já apresentavam.
Caverns of Mars: Recharged - David Bowie
Aqui está a referência que motivou este texto. Sou um grande fã de Bowie e sempre tenho o costume de dar uma lida na lista de objetivos antes de começar a jogar - não que eles variem muito de um Recharged para outro. E qual não foi a minha surpresa de achar aquela “playlist” em forma de troféus?
Além disso, é muito fácil conectar Bowie à temática marciana devido aos seus diversos personagens e canções focadas no planeta vermelho, principalmente o astronauta Major Tom e o alien Ziggy Stardust.
E vocês, caros leitores: em possíveis releituras de clássicos de Atari, quais artistas gostariam de ver recebendo esse tipo de homenagem? Deixem seus favoritos nos comentários e até a próxima!
Revisão: Davi Sousa