Relembre a seguir algumas características deste ótimo RPG.
Uma luta do bem contra o mal que faz sucesso até hoje
Em Shining Force, o protagonista, Max, é encarregado de colocar um fim nos planos de Darksol, líder das forças de Runefaust, que pretende reabrir o Shining Path e ressuscitar o Dark Dragon, um terrível dragão capaz de destruir todo o continente. A jornada da brigada Shining Force começa no reino de Guardiana e, ao longo do caminho e ao lado de seus companheiros de batalha, o herói viaja por todo o continente de Rune para deter a ameaça iminente. Ao todo, são mais de 30 personagens, com personalidades, parâmetros e classes distintos, que podem se unir a Max nessa jornada.
Apesar de ser um RPG tático por turnos, este título da Sega já possuía em seu DNA a principal característica dos JRPGs: a exploração. Com a possibilidade de vasculhar mapas e cidades, o jogador não apenas tem maior facilidade para salvar o progresso, adquirir itens e equipamentos e recrutar novos aliados, como também interagir com NPCs e entender melhor o que vem a seguir na história.
Outra característica marcante de Shining Force é o grinding, que não deixa o jogo tão maçante quanto outros títulos similares do gênero. Apesar de as batalhas exigirem certo raciocínio tático em relação ao posicionamento das unidades em campo, recuar da batalha não acarreta perda de pontos de experiência e Gold recebidos, fazendo com que seja muito mais simples restocar itens, recuperar HP/MP e ressuscitar, curar e promover unidades.
No entanto, durante os embates, cada turno é único e a ordem de movimentação dos personagens, tanto aliados quanto inimigos, é dada pela agilidade de cada unidade, exigindo que o jogador preste extrema atenção no que acontece no campo de batalha, especialmente porque não há distinção entre “fase do jogador” e “fase do inimigo”, como acontece em jogos da série Fire Emblem. Também não há a opção de contra-atacar ou atacar em sequência, então raramente um personagem atacará duas vezes em combate.
Além disso, existe a particularidade de que apenas magos e curandeiros têm acesso aos magic points (MP) e magias ofensivas e curativas — a exceção aqui é Max, que pode usar a habilidade Egress para abandonar o combate —, outra característica explorada em JRPGs. Dessa forma, o aprendizado de novas magias e versões aprimoradas destas está atrelado ao personagem e ao seu crescimento de nível.
Mesmo não sendo tão extenso ou rico em conteúdo (do ponto de vista narrativo), Shining Force fez bastante sucesso à época, gerando continuações e até mesmo um remake para Game Boy Advance (Shining Force: Resurrection of the Dark Dragon), em 2004, que expandiu a história do original de 1993. Outra prova do sucesso do TRPG da Sega são os inúmeros ports que o jogo recebeu ao longo destes 30 anos — atualmente, ele está disponível para PC (via Steam) e Switch por meio da coletânea Sega Genesis Collection.
O que mais você lembra de Shining Force: The Legacy of Great Intention? Vamos conversar sobre o jogo nos comentários!
Revisão: Heloísa D’Assumpção Ballaminut