Em 2022, o GameBlast teve um dos principais anos de sua história, devido tanto
à nossa audiência cada vez maior, quanto ao material produzido. Nota-se que
ambos os aspectos se relacionam mutuamente, uma vez que bons conteúdos atraem
nosso público cada vez mais qualificado.
Dentre as nossas várias colunas que englobam temas diversos, um dos
carros-chefes do portal são as análises, aos famigerados reviews de games em
que os nossos redatores discorrem criticamente a respeito da qualidade de um
jogo como produto. No ano que acabou de se passar, nós realizamos a façanha de
publicar, segundo um levantamento feito pelo Alexandre Galvão, um total de
trezentos e vinte e um textos do gênero.
Ou seja, o GameBlast publicou quase uma análise por dia. Diante de uma
quantidade de material tão robusta, vamos nos aprofundar e entender um
pouco o que esses números representam?
Pois bem, a primeira coisa a se levar em consideração é que, na verdade, o GB
produziu trezentas e trinta e uma análises, uma vez que dez reviews referentes a DLCs acabaram ficando de fora do levantamento. Além disso, dos trezentos e
vinte e um originais, um deles se refere ao serviço do novo PlayStation Plus,
fazendo com que o montante final seja de trezentos e vinte textos analisando
os jogos em suas edições básicas, dez de conteúdo adicional e uma última
crítica isolada pertinente a um novo serviço, como ilustrado pelo gráfico a
seguir:
Ou seja, 97% das nossas críticas dizem respeito a games individuais; 3% a
pacotes DLCs (e sempre DLCs de destaque, como Monster Hunter Rise: Sunbreak,
Lost Judgment: The Kaito Files ou Cuphead: The Delicious Last Course); e
apenas uma única análise de serviço que representa menos de 1% do montante
total, como representado por uma área quase ininteligível.
Em relação à tendência das publicações, nota-se que o segundo semestre foi
bem mais movimentado do que o primeiro, visto que foram cento e noventa e
três análises publicadas no período (contra cento e trinta e oito dos
primeiros seis meses), o que equivale a aproximadamente 60% do total.
Janeiro foi o mês menos movimentado, com apenas dezessete textos produzidos,
sendo o único mês com menos de vinte análises. Em contrapartida, setembro e
novembro dividem o pódio, com trinta e quatro reviews cada. Novembro,
inclusive, foi o mês da publicação de God of War Ragnarök e Slow Damage,
dois jogos que tiveram a honra de receber a nota máxima de seus analistas.
Ademais, o fato de janeiro ter menos avaliações não significa que não houve
coberturas importantes no mês, uma vez que os ports para PC de Monster Hunter Rise, God of War e Final Fantasy VII Intergarde tiveram suas análises
publicadas nesse período.
Também é possível acompanhar um gráfico que acompanha o
número total de análises ao longo dos meses, no qual se observa um
crescimento estável e contínuo, sem aumentos vertiginosos ou momentos de
estagnação:
Uma discussão da indústria de games que perdura até hoje tem a ver com
exclusividade. Com a universalização do PC, cada vez menos jogos exclusivos
são produzidos para determinadas plataformas, sendo que a maioria das third
parties simplesmente abandonou a prática e só as first acabam recorrendo à
ela no intuito de trancar seus títulos em suas próprias plataformas
(ultimamente nem isso, visto que a Sony andou lançando seus jogos na Steam).
Tendo isso em vista, quando um jogo é multiplataforma o GameBlast tem a
transparência de informar qual foi utilizada para a produção da análise,
sendo que a escolha é dependente do próprio redator. Dito isso, qual é a
plataforma favorita da redação?
Segundo o gráfico, o PC segue a tendência como plataforma universal e
representa mais de 50% dos jogos analisados, com um total de 176 na
estatística geral. Em segundo vem o PlayStation 4, com 89 jogos e 27% do
montante. A Sony termina de ocupar o pódio também com o PlayStation 5 na
terceira colocação, com 16%.
Na sequência, com uma parcela infinitamente menor, vêm as críticas que foram
produzidas com mais de uma plataforma. Por exemplo, tanto a versão de PC
quanto a de PlayStation 4 foram levadas em conta para a análise de
MultiVersus, bem como o novo PlayStation Plus, contabilizado Multi por
enquadrar todo o ecossistema de rede Sony. Nota-se que, embora o Xbox tenha
sido a plataforma única em apenas quatro ocasiões (três no Xbox Series e uma
no Xbox One), o console da Microsoft também foi utilizado em certas análises
multiplataforma, como é o caso da crítica de Halo Infinite e River City Girls 2.
Também é possível observar a progressão das plataformas utilizadas ao longo
de 2022 em periodicidade mensal:
A despeito do domínio absoluto do PC no fim da contabilidade, o começo do ano
mostrava um embate interessante entre ele e o PlayStation 4 até abril, quando
o PC finalmente assumiu a liderança definitiva. Outro ponto interessante é que
o PlayStation 5 começou tímido, mas também é notável como ele ganhou fôlego a
partir de junho, quando começou a receber análises com mais constância.
A nossa redação
Esses números todos na verdade são mérito da nossa redação, que além de
redigir as notícias do dia a dia, também opera a todo vapor para produzir as
análises que você lê aqui no GameBlast. Dito isso, quais são nossos redatores
mais prolíficos?
De acordo com o levantamento, o troféu de maior analista (em números gerais)
do GB é o Carlos França Jr, com sessenta reviews produzidos no período. Em
segundo vem Farley Santos, com quarenta e nove e, na sua cola, Ivanir
Ignacchitti, com quarenta e seis. Nota-se que o fato de alguns redatores
atingirem números mais tímidos pode significar que eles entraram
recentemente para a equipe ou que colaboram ativamente de outra forma para a
produção do Blast, como focando na redação de notícias ou outros tipos de
textos de destaque.
Outra forma interessante de ler nossos números é a partir de qual é a
plataforma de preferência de cada autor em específico:
Uma observação interessante a ser feita é que os três primeiros colocados só
utilizaram uma única plataforma para a produção de suas análises. Ou
seja, as sessenta críticas feitas pelo Carlos saíram todas de seu
PlayStation 4 (que já deve estar exalando fumaça a essa altura do
campeonato), enquanto o Farley e o Ivanir usaram seus PCs como plataformas
exclusivas para jogo — isso aqui no quesito GB, já que ambos, assim como
outros autores da lista, também escrevem para o Nintendo Blast.
Os redatores com maior variedade de recursos para suas análises acabaram
sendo Maurício Katayama (com cinco plataformas diferentes utilizadas) e
Alexandre Galvão (com quatro). Matheus Senna de Oliveira, João Pedro
Boaventura e Victor Vitório dividem a terceira colocação com três
plataformas diferentes cada.
Outra prática do GameBlast, assim como a de vários outros portais, é a
atribuição de uma nota para cada jogo analisado. Considerando então nossos
autores, qual é a média de notas atribuídas por cada um deles?
Considerando 2022, os redatores com a maior média são Camila Berka (com sua
única análise e média 9.5), Alan Murilo (com quinze críticas e média 8.6) e
Gohan Dutra (com três publicações e média 8.5). Em contrapartida, os
analistas mais severos foram Adrian Gustavo (com um único review cuja nota
foi 3.0), João Pedro Boaventura (com doze análises e média 6.1) e Tiago R.
Hermann (com média 6.7 e dois textos produzidos).
Em relação ao nosso pódio, Carlos fechou 2022 com uma média de 7.3, Farley
com 7.4 e Ivanir com 8.1. Tendo em vista esses dados, como ficou a
distribuição da quantidade de análises produzidas se colocadas em comparação
com a média de cada um?
Observa-se que, com menos análises, a tendência é termos números mais
exagerados na média de cada redator (Camila, com um único 9.5, enquanto
Adrian foi guerreiro e teve a infelicidade de analisar o RWBY: Arrowfell,
que recebeu uma nota 3.0). Com mais críticas produzidas, a propensão é que a
média de cada redator se dirija à faixa dos 7.5.
Como foi a qualidade da indústria em 2022 segundo o GB?
Por fim, também é possível contabilizar as críticas produzidas pelos
redatores do GameBlast através das notas finais dos jogos. Nesse caso, o
portal se utiliza de uma escala de zero a dez em que cada uma das faixas
ajuda a qualificar o game analisado dentro de um contexto, como pode ser
observado no levantamento a seguir que quantifica a incidência de cada uma
das pontuações atribuídas.
Tendo isso em vista, o ano de 2022, no geral, pode ser considerado entre o
“bom” e o “muito bom”, visto que foram cento e onze jogos com notas na faixa
entre 8.0 e 8.5 e cento e cinco na faixa entre 7.0 e 7.5. A média
final de 2022, segundo as trezentas e trinta e uma análises do GB, foi de
7.6.
Também é possível extrair uma média por plataforma analisada:
Com isso, observa-se que os dois jogos de mobile analisados (GWENT: Rogue Mage e
Fantasian) são suficientemente bons para ganharem nossa atenção e jogar a
média da plataforma lá para o alto. Em contrapartida, o único jogo analisado
de Xbox One (Of Bird and Cage) acabou fazendo com que o console da Microsoft
ficasse na lanterna da classificação. É importante ressaltar que tal leitura
em momento nenhum indica que uma plataforma produz jogos melhores do que as
outras, já que ela reflete apenas as plataformas escolhidas pelos autores na
hora de analisar cada um dos produtos (sendo que a maioria é
multiplataforma, inclusive).
Sempre valorizando o nosso legado!
E esse foi o ano de 2022 do GameBlast em relação à nossa produção de
análises! Esse tipo de levantamento é sempre muito importante para nós
porque valoriza não só o nosso legado, com anos de atividade, mas também
cada um de nossos redatores, uma vez que cada game é uma roleta russa que
pode surpreender positivamente ou simplesmente se tornar uma das
piores experiências de suas vidas apenas para poderem registrar o sábio
conselho de se afastar de tais bombas.
Para os que quiserem entrar em mais detalhes a respeito de cada análise,
também estamos no OpenCritic contabilizando nossas notas, além de
publicarmos balanços mensais que servem para destacar os principais reviews
de cada mês. Não deixe de conferir!
Confira os balanços mensais com as análises publicadas no GameBlast
Revisão: Juliana Piombo dos Santos