Análise: The Witcher 3: Wild Hunt - Complete Edition (Multi) traz a versão derradeira de um dos melhores RPGs de ação da história

Realizando um feito considerável, a nova versão da épica campanha do bruxeiro Geralt é ainda mais bela e competente.

em 24/12/2022

Novas versões de jogos lançados previamente não são exatamente uma novidade no mercado. Existem, entretanto, alguns títulos que recebem mais de um relançamento, sejam eles coletâneas, remasters ou remakes. A nova bola da vez é The Witcher 3: Wild Hunt - Complete Edition, que traz mais uma vez a epopeia de Geralt de Rívia nos videogames, agora no que pode ser considerada a sua versão definitiva. Pegue sua espada e não esqueça do fiel Carpeado, pois a análise irá começar!

Mais um retorno ao Continente

Vale lembrar que o game original foi lançado originalmente em 2015. Logo em seguida, The Witcher 3 recebeu várias expansões pequenas, culminando nos dois maiores DLCs, Blood and Wine e Hearts of Stone. Em 2016, uma edição Jogo do Ano foi lançada, reunindo o game base e todos os DLCs lançados até então.
Duas ótimas aventuras além da campanha base
Mesmo fazendo sete anos desde o lançamento original, a chamada Complete Edition é capaz de trazer inúmeros méritos em relação às versões anteriores e vale o tempo de qualquer jogador, seja ele novato ou veterano neste RPG de ação. Vou detalhar as novidades em breve, mas antes quero falar um pouco sobre o game em si. Afinal, apesar de amplamente conhecido, é importante relembrar os conceitos básicos.
O título original já era uma produção de respeito
O game acompanha as aventuras de Geralt, que pertence ao grupo dos bruxeiros: seres humanos que, por meio de intensos treinamentos e experimentos, se tornam mais fortes e habilidosos que pessoas comuns. O herói atua como caçador de monstros em um mundo semelhante aos tempos medievais, mas repleto de magia na forma de criaturas, locais e itens mágicos.
Como vamos conferir, a versão da nova geração é ainda melhor
The Witcher 3 é baseado em uma saga de livros polonesa, cujo universo é bastante rico em todos os sentidos, com direito a facções políticas, elfos, guerras, lobisomens, dimensões paralelas, reis, fantasmas e muitos outros elementos. Portanto, o RPG de ação conta com muitos locais para visitar e missões para realizar, levando Geralt a uma verdadeira epopeia cheia de ramificações.
Para lutar, o bruxeiro conta com suas técnicas com espada, magias e itens. O desenrolar da campanha depende diretamente das decisões do herói ao longo da história, que, além de interessante, apresenta várias reviravoltas. Sistemas de criação de itens e customização de habilidades complementam as mecânicas básicas, ambos bastante profundos e com muitas opções para o jogador escolher.
O jogo de cartas Gwent, disponível em Witcher 3, fez tanto sucesso que ganhou lançamento próprio

Mexendo em time que está ganhando

Passamos agora para uma análise mais concentrada nas novidades da Complete Edition. Confesso que a situação aqui é parecida com a que encontrei em Persona 5 Royal (Multi). Ou seja, um lançamento que traz melhorias e elementos inéditos a um título que já poderia ser considerado um dos maiores do seu gênero.
A nova missão é bastante interessante, sobretudo para jogadores veteranos
Primeiro, vamos falar nos conteúdos e melhorias adicionadas a The Witcher 3. A quantidade é considerável, com destaque para uma missão inédita – chamada “Na Sombra do Fogo Eterno” – baseada na série da Netflix. Aliás, as recompensas dela também são inspiradas pelo programa, assim como a possibilidade de troca de aparência de alguns personagens secundários. Ao longo do prólogo do game, o jogador tem acesso a itens novos e gratuitos para quem logar no site Gog.com e acessar a opção Minhas Recompensas.
Os novos itens são bastante úteis, sobretudo para jogadores novatos
Esse recurso também é útil para quem quiser fazer uso do seu save em todos os lugares, conforme irei detalhar na sequência. Outras novidades da Complete Edition incluem a adição de uma nova câmera que fica mais próxima ao Geralt, opções para alterar a interface, um sistema de magias e itens que permite mapear comandos por botões, modo foto, alteração da altura do dano por quedas, entre tantas outras novidades.
Grandes desafios te esperam em Witcher 3
É notável o esforço em melhorar o game, mas mantendo a base excelente intacta. Obviamente, o DualSense do PS5 também garante uma jogabilidade mais imersiva graças aos seus recursos bem utilizados. Somando com a grande quantidade de conteúdo original, assim como os DLCs posteriores e as novidades, a Complete Edition é uma fonte de ação e diversão ainda melhor e maior.

Uma execução quase perfeita

Feitas as considerações sobre as novidades de conteúdo, vamos agora abordar as melhorias técnicas em relação às versões anteriores. Sem dúvidas a mais destacada é a produção visual: os gráficos estão mais bonitos, com destaque para as texturas mais detalhadas e o ótimo trabalho de iluminação. A diferença é nítida quando comparamos com as edições anteriores de The Witcher 3: Wild Hunt.
O game reserva belos visuais
Inclusive, o game tem dois modos de jogo diferentes: qualidade, em 30 fps e com ray tracing, e performance, com 60 fps e efeitos convencionais. Preferi jogar no segundo por ser mais suave para lutas, mas sugiro ao leitor conferir o primeiro em florestas e lagos, onde é possível ver a qualidade ainda maior dos reflexos e luzes. Infelizmente, o modo qualidade eventualmente resulta em queda nos quadros por segundo, deixando o jogo um pouco “travado”.
Os personagens também receberam um belo tratamento
Além dessa questão, a única ressalva fica por conta de alguns bugs e glitches. Embora comigo eles tenham se limitado a algum cabelo mudando de formato aleatoriamente e outras coisas pequenas, os problemas parecem mais sérios no PC. De qualquer forma, a produtora CD Projekt Red prometeu que em breve lançará novos patches para corrigir tudo e alcançar um desempenho digno do que o game merece, incluindo até mesmo mais novidades.
Prepare-se para enfrentar todo tipo de criaturas
Para concluir, outra novidade técnica importante é o sistema cross progression, que permite ao jogador acessar e jogar os seus salvamentos em qualquer sistema, bastando um cadastro e login rápidos no site Gog.com. Conferi esse recurso pessoalmente e realmente ele funciona bem, se tornando uma ótima opção para jogadores veteranos, que podem aproveitar aquela campanha já zerada em uma nova apresentação.

Toss a coin to your witcher

São muitas as qualidades que The Witcher 3: Wild Hunt - Complete Edition traz em relação às versões anteriores. E olha que isso parecia impossível, visto que o game já era incrível graças a sua bela produção, história encantadora, mapa enorme e repleto de coisas interessantes, jogabilidade de primeira e um profundo sistema de combate e criação de itens. Mesmo assim, a nova edição conseguiu uma proeza significativa.
Dentre tantos destaques, a gratuidade da Complete Edition para donos da versão anterior se destaca
Com visuais ainda mais caprichados, sobretudo em termos da iluminação e das texturas, o game expande a experiência original com novos itens, uma nova missão inspirada na série da Netflix e diversas melhorias na jogabilidade, sem contar um sistema para acessar saves em qualquer equipamento. Seja você um veterano, que pode receber sua cópia gratuita da nova edição, ou um novato, que pode encontrá-la facilmente por aí, esse é um título obrigatório na sua biblioteca.

Prós

  • RPG de ação continua como uma das melhores e maiores opções do gênero de todos os tempos;
  • Produção de alta qualidade, com destaque para as novas texturas e iluminação dos ambientes;
  • Jogabilidade, missões, história e demais elementos continuam excelentes;
  • Novidades são muito bem-vindas;
  • Gratuidade para donos das versões anteriores;
  • Sistema de cross progression acessível e funcional.

Contras

  • Eventuais bugs e quedas na taxa de quadros podem ser frustrantes;
  • Quantidade de informações e opções de jogo pode assustar no começo.
The Witcher 3: Wild Hunt - Complete Edition — PC/PS4/PS5/Switch/XBO/XSX — Nota: 9.5
Versão utilizada para análise: PS5
Revisão: Heloísa D'Assumpção Ballaminut
Análise produzida com cópia digital cedida pela CD Projekt Red

é produtor de conteúdo sobre games desde 2016 e um grande fã da décima arte, embora não tenha muito tempo disponível para ela. Seus games favoritos (que formam uma longa lista) incluem: KH, Borderlands, Guitar Hero, Zelda, Crash, FIFA, CoD, Pokémon, MvC, Yu-Gi-Oh, Resident Evil, Bayonetta, Persona, Burnout e Ratchet & Clank.
Também encontra-se no Twitter @MatheusSO02 e no OpenCritic.
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