Em SIGNALIS, controlamos uma Replika do tipo Elster que acabou de acordar de um sonho profundo em criostase. Utilizando a gameplay clássica de um survival horror retrô, teremos que conservar recursos para tentar sobreviver a incontáveis horrores enquanto procuramos memórias perdidas e uma parceira desaparecida.
Sonhos dentro de sonhos
Em um futuro distante no qual a humanidade colonizou o Sistema Solar, andróides são utilizados como trabalhadores, protetores e soldados para o regime totalitário de Eusan. Neste título, você é um desses andróides, acabando de acordar após sua nave espacial pousar em um planeta desconhecido. Com memórias desconhecidas e apenas um caminho, até o centro do planeta, Elster deverá combater terrores inimagináveis.
Tendo inspiração em obras como “O Rei de Amarelo” de Robert W. Chambers e “Neon Genesis Evangelion” da Gainax, SIGNALIS explora temas profundos e clássicos como a relação entre máquinas e humanos, identidade e memória através de cutscenes e documentos espalhados pelo jogo.
A história, sendo contada por múltiplas perspectivas e em ordem acrônica, acaba sendo realmente confusa em apenas uma jogatina e, mesmo após várias, assim como os clássicos de horror cósmico, ainda deixará questões na mente do jogador.
Horror clássico cheio de enigmas
SIGNALIS apresenta o gameplay clássico de um survival horror, semelhante a gigantes do gênero como Resident Evil ou Silent Hill. Assim como eles, temos que manusear um inventário pequeno, de apenas 6 itens, tendo que escolher entre itens necessários para progressão (como chaves) e itens úteis para sobreviver (como armas e itens de cura).
Como esperado nesse tipo de jogo, temos vários monstros andando pelos mapas para colocar o jogador em situações nas quais deve fugir ou arriscar um combate mortal que custará a preciosa munição. Dependendo do nível de dificuldade escolhido pelo jogador, fugir será a única opção válida, já que a personagem morre em apenas dois ataques e, no modo Survival, chefões se tornam esponjas de balas. Como os inimigos se levantam de novo após uma quantidade de tempo, quase todas as lutas do jogo acabam sendo desnecessárias e um gasto.
Outro aspecto clássico do gênero presente são os puzzles necessários para progredir, dos quais existe uma grande variedade. Temos quebra-cabeças bem conhecidos para os fãs desse tipo de mecânica, enquanto outros são mais criativos, utilizando frequência de rádio, por exemplo. A dificuldade dos enigmas está no ponto certo para um público variado. Nenhum deles é muito fácil a ponto de ser uma perda de tempo, mas também não temos os clássicos “trava-jogos”, como o puzzle de Shakespeare em Silent Hill 3 que forçou vários jogadores a pesquisarem em guias.
Visuais únicos e pixelados
Passando-se primeiramente em vários locais arruinados e fechados, SIGNALIS utiliza da câmera fixa e da luz dinâmica, técnicas antigas, porém eficazes, para criar sua atmosfera assustadora. O jogo também apresenta um filtro granulado e um modo CRT para aqueles que desejam complementar o visual do jogo com um pouco de nostalgia.
Em alguns momentos do jogo, geralmente durante a transição entre níveis, temos cutscenes com visuais detalhados dos personagens com diálogos importantes, porém inicialmente apresentados fora do contexto original. Essas cenas geralmente apresentam alguns cortes rápidos, trazendo uma rajada de informações das quais boa parte irá passar despercebida, semelhante à forma com que nossa protagonista experiencia ondas de memórias desconhecidas, todas retornando ao mesmo tempo. Outra técnica cinemática utilizada entre as cutscenes é a utilização de intertítulos (texto na tela, assim como no cinema mudo) para representar as vozes dentro da cabeça da personagem.
No aspecto sonoro, temos uma trilha mais ambiental para ajudar na atmosfera, como esperado de um jogo de terror. Mas também temos algumas músicas clássicas para algumas salas e músicas mais animadas para batalhas contra chefões.
Uma carta de amor para o horror clássico
Executando efetivamente todas as técnicas clássicas que fizeram o gênero ser popular, mas com sua própria narrativa criativa, SIGNALIS tem tudo para ser um dos favoritos dos fãs de terror para outubro deste ano, ou até mesmo ao longo termo. Sendo uma obra sólida, é difícil apontar muitas falhas na experiência.
Prós
Contras
Tendo inspiração em obras como “O Rei de Amarelo” de Robert W. Chambers e “Neon Genesis Evangelion” da Gainax, SIGNALIS explora temas profundos e clássicos como a relação entre máquinas e humanos, identidade e memória através de cutscenes e documentos espalhados pelo jogo.
A história, sendo contada por múltiplas perspectivas e em ordem acrônica, acaba sendo realmente confusa em apenas uma jogatina e, mesmo após várias, assim como os clássicos de horror cósmico, ainda deixará questões na mente do jogador.
Horror clássico cheio de enigmas
SIGNALIS apresenta o gameplay clássico de um survival horror, semelhante a gigantes do gênero como Resident Evil ou Silent Hill. Assim como eles, temos que manusear um inventário pequeno, de apenas 6 itens, tendo que escolher entre itens necessários para progressão (como chaves) e itens úteis para sobreviver (como armas e itens de cura).
Como esperado nesse tipo de jogo, temos vários monstros andando pelos mapas para colocar o jogador em situações nas quais deve fugir ou arriscar um combate mortal que custará a preciosa munição. Dependendo do nível de dificuldade escolhido pelo jogador, fugir será a única opção válida, já que a personagem morre em apenas dois ataques e, no modo Survival, chefões se tornam esponjas de balas. Como os inimigos se levantam de novo após uma quantidade de tempo, quase todas as lutas do jogo acabam sendo desnecessárias e um gasto.
Outro aspecto clássico do gênero presente são os puzzles necessários para progredir, dos quais existe uma grande variedade. Temos quebra-cabeças bem conhecidos para os fãs desse tipo de mecânica, enquanto outros são mais criativos, utilizando frequência de rádio, por exemplo. A dificuldade dos enigmas está no ponto certo para um público variado. Nenhum deles é muito fácil a ponto de ser uma perda de tempo, mas também não temos os clássicos “trava-jogos”, como o puzzle de Shakespeare em Silent Hill 3 que forçou vários jogadores a pesquisarem em guias.
Visuais únicos e pixelados
Passando-se primeiramente em vários locais arruinados e fechados, SIGNALIS utiliza da câmera fixa e da luz dinâmica, técnicas antigas, porém eficazes, para criar sua atmosfera assustadora. O jogo também apresenta um filtro granulado e um modo CRT para aqueles que desejam complementar o visual do jogo com um pouco de nostalgia.
Em alguns momentos do jogo, geralmente durante a transição entre níveis, temos cutscenes com visuais detalhados dos personagens com diálogos importantes, porém inicialmente apresentados fora do contexto original. Essas cenas geralmente apresentam alguns cortes rápidos, trazendo uma rajada de informações das quais boa parte irá passar despercebida, semelhante à forma com que nossa protagonista experiencia ondas de memórias desconhecidas, todas retornando ao mesmo tempo. Outra técnica cinemática utilizada entre as cutscenes é a utilização de intertítulos (texto na tela, assim como no cinema mudo) para representar as vozes dentro da cabeça da personagem.
No aspecto sonoro, temos uma trilha mais ambiental para ajudar na atmosfera, como esperado de um jogo de terror. Mas também temos algumas músicas clássicas para algumas salas e músicas mais animadas para batalhas contra chefões.
Uma carta de amor para o horror clássico
Executando efetivamente todas as técnicas clássicas que fizeram o gênero ser popular, mas com sua própria narrativa criativa, SIGNALIS tem tudo para ser um dos favoritos dos fãs de terror para outubro deste ano, ou até mesmo ao longo termo. Sendo uma obra sólida, é difícil apontar muitas falhas na experiência.Prós
- Experiência nova com uma execução clássica;
- Puzzles interessantes e balanceados;
- Narrativa marcante e com temas profundos;
- Apresentação cinemática com estética sci-fi.
Contras
- Modo Survival é um pouco desbalanceado em chefes.
SIGNALIS — PC/PS4/XBO/Switch — Nota: 8.5
Versão utilizada para análise: PC
Revisão: Ives Boitano
Análise produzida com cópia digital cedida pela Humble Games
Análise produzida com cópia digital cedida pela Humble Games