Hands-on

BGS 2022: ZERO Sievert (PC) promete sobrevivência pós-apocalíptica em pixel

Além dos grandes estandes e dos shows de luzes e sons, a Brasil Game Show 2022 é uma ótima oportunidade para conhecer jogos produzidos por p... (por Daniel Morbi em 11/10/2022, via GameBlast)

ZERO Sievert

Além dos grandes estandes e dos shows de luzes e sons, a Brasil Game Show 2022 é uma ótima oportunidade para conhecer jogos produzidos por pequenas equipes, mas que merecem atenção. Durante nossa passagem pela feira, tivemos a oportunidade de conhecer mais a fundo um desses games: ZERO Sievert.


O título está sendo desenvolvido por apenas uma pessoa, o italiano Luca Carbonera, fundador do CABO Studio. Publicado pela Modern Wolf, o jogo tem data de lançamento em early access na Steam marcada para 22 de novembro. Enquanto esse dia não chega, uma demonstração do game está disponível no estande da GameMaker/Opera GX na BGS 2022.

Nela, pudemos experimentar um pouco do mundo pós-apocalíptico do produto final. Usando pixel art, o game introduz uma Rússia tomada pelo caos após a explosão de um centro nuclear. Com o ambiente repleto de animais mutados e facções, o bunker ZERO Sievert é o único lugar seguro. No papel de um caçador, jogadores devem explorar diferentes cenários, coletando itens e dinheiro, e retornar à base para fabricar novas armas, ferramentas e mantimentos.



Essa é a premissa de uma experiência que mistura o gênero shooter top down 2D com jogos de sobrevivência. Os controles clássicos se fazem presentes aqui: teclas WASD para se andar e mouse para mirar e atirar. Somado a isso, está a necessidade de controlar níveis de fome, sede, radiação e energia. Assim, cria-se uma camada de complexidade ao gameplay em que o gerenciamento de recursos para evitar mortes é mais importante do que a ação em si.

Jogadores possuem um inventário que guarda tanto os equipamentos escolhidos na abertura do save file e quanto itens que são coletados por meio de loot de baús e inimigos derrotados. Tais objetos incluem não só armas, líquidos, alimentos e utensílios de primeiros-socorros, como também papéis, clipes, panelas, leitores de DVD e qualquer coisa que possa se tornar útil para a sobrevivência.

A organização desses objetos é feita por meio de uma malha quadriculada na qual jogadores devem posicionar itens de maneira que não ultrapassem os limites do grid. Além disso, quanto mais cheio o inventário, mais pesada fica a mochila do protagonista, fazendo com que ele fique lento e gaste mais energia em sua movimentação. A locomoção também é afetada por curativos que impedem que o personagem se mova durante sua aplicação.

ZERO Sievert


Em campo, atributos de ataque e defesa são afetados se o protagonista está com fome, sede ou sofrendo com altos níveis de irradiação. Para se recuperar, é necessário utilizar os itens encontrados pelo mundo. Dessa forma, o game cria uma interessante mecânica em que é necessário coletar recursos, mas não é possível abusar desse sistema. O jogador nunca se sente excessivamente poderoso, somando ao clima de sobrevivência.

Quanto ao combate contra soldados e animais geneticamente modificados, não há muito segredo. Basta mirar e atirar, tomando cuidado para recarregar as armas e coletar balas via loot no meio tempo. O que acaba sendo fator motivador do game é sua sensação de progressão, que ficou um pouco duvidosa em nosso tempo com a demonstração.

É possível aceitar tarefas diversas de NPCs na base ZERO Sievert, que incluem coletar itens específicos e sobreviver a ameaças. Cumprir esses desafios recompensa o usuário com dinheiro in-game e outras regalias que permitem o avanço na história. No entanto, esse estilo de progressão por missões não deixou claro se há tarefas obrigatórias e opcionais.



A jogabilidade em geral também possui uma sensação lenta. Enquanto o nível que testamos era gerado de maneira procedural a cada sessão nova, não foram poucos os momentos em que andamos pela floresta sem achar cabanas, inimigos ou algo com o qual interagir. Os itens do loot também aparecem de forma devagar, algo que não pudemos definir se é aprimorado com level ups ou se é uma característica da demonstração.

No entanto, essa lentidão também pode ser boa. A dificuldade de angariar recursos para cumprir tarefas e de aumentar de nível para receber aprimoramentos instiga o jogador a voltar para a sobrevivência várias e várias vezes.

Quem curte jogos do gênero certamente terá uma boa experiência com ZERO Sievert. A demonstração do jogo também está disponível na Steam. Embora toda a prévia esteja disponível em inglês, a assessoria de imprensa nos confirmou que o jogo será  localizado para português.

Jornalista, analista de mídias, PcD e entusiasta de games desde que jogou Pokémon Azul no Game Boy Color nos anos 90. De lá para cá, tenta aproveitar ao máximo todos os consoles no pouco tempo que a vida adulta permite. Se não está escrevendo para o Blast ou demorando anos para zerar um jogo, está no Twitter (@DanielMorbi) e no Instagram (@danielmorbi_)
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