Desde o seu primeiro anúncio,
Street Fighter 6 tem causado um certo alvoroço, seja por quem tem esperança de uma experiência inicial melhor que a oferecida pelo seu antecessor, seja pelos céticos que apontam o declínio total da franquia. O fato é que Ryu e cia. estão de volta e as primeiras impressões causadas são bem positivas.
A Capcom marcou sua presença na BGS 2022, trazendo alguns consoles para que os fãs pudessem testar o atual estado do jogo. À convite da produtora, o GameBlast pode realizar uma sessão fechada e disputar algumas partidas livres em um PlayStation 5. Estavam disponíveis para serem escolhidos os veteranos Ryu, Ken, Chun-Li, Guile e Juri, e os novatos Jamie, Kimberly e Luke.
A principal diferença na jogabilidade é que os personagens estão um pouco mais pesados e lentos, com impactos mais fortes nos golpes, o que contrapõe totalmente o que era sentido em Street Fighter V. No mais o cerne do jogo se mantém intacto: três intensidades diferentes de socos e chutes, golpes especiais que consomem um nível da barra de especial e o Critical Art, que requer todos os três níveis da mesma barra.
De novas mecânicas, o destaque fica com o Drive Impact e o Drive Parry. Eles podem ser acionados tanto com um botão quanto com uma combinação de dois botões, o que torna ambos de fácil acesso para quem joga com diferentes tipos de controle.
O Drive Impact é um contra-ataque forte, que pode ser utilizado para abrir a defesa do oponente e até interromper combos deles durante a execução. Seu funcionamento lembra bastante o Focus Attack, de SF4, só que de uma maneira bem mais apelona e irrestrita. O número de Drive Impacts que podem ser utilizados estão marcados em um medidor abaixo da barra de vida. Se esgotado, o jogador fica sem o recurso até ela ser preenchida novamente, mas isso leva um tempo considerável, cerca de pelo menos 20 segundos.
Já o Drive Parry é basicamente o parry que conhecemos em SFIII, mas com um funcionamento um pouco diferente. Em vez de executá-lo pressionando para frente, em direção ao ataque do oponente, no tempo certo do impacto, agora ele é feito precionando os botões de soco médio e chute médio juntos, ou o botão único designado a ele. É possível aparar um ataque ou uma sequência inteira, quando feito com a precisão certa. Acertar parries acelera a regeneração da barra de Drive Impact.
A outra novidade em relação às mecânicas de movimento são os controles. A execução tradicional pode ser utilizada normalmente, mas quem preferir, pode alterar para o modo Moderno. Ele torna a execução dos ataques especiais mais simples, ao toque de apenas um botão. É uma maneira prática de tornar o esquema dos jogos de luta no geral, que sempre são consideradas complexas, mais fáceis de assimilar sem precisar remapear todos os inputs.
Em relação aos personagens, os clássicos mantiveram seu move list de praxe, mas também ganharam alguns truques novos. Ken, por exemplo, ganhou mais alguns chutes para o seu arsenal flamejante. Guile é outro que teve a lista ampliada, com novas maneiras de disparar seus Sonic Booms. Chun-Li foi a única que quase não teve grandes mudanças. Talvez, a única significativa tenha sido no comando da sua célebre sequência de chutes, que agora tem input similar aos dos demais ataques, como o hadouken, em vez de ser executado ao pressionar o mesmo botão diversas vezes.
Já o trio de debutantes também consegue impor sua personalidade, mas em partes: de cara Jamie, com seu Drunken Fist misturado ao break dance, é o mais chamativo e divertido de todos, com combos rápidos, de fácil aprendizado e execução; Luke, que estava presente em SFV e é considerado a "cara" dessa nova geração, ainda não é um personagem com ausência de carisma, sendo até um pouco genérico; Kimberly, a aluna de Guy e herdeira do Bushinryu tem movimentos rápidos e interessantes, com projéteis e latas de spray, e outros que encurtam a distância do oponente.
Street Fighter 6 está previsto para ser lançado em 2023, mas sem data definida. Ele estará disponível para PC (via Steam), PS4, PS5 e Xbox Series X|S
Teste feito à convite da Capcom
