Continuando a história do remake anterior, Destroy All Humans! 2 – Reprobed coloca novamente o jogador no controle de um alienígena em pleno planeta Terra na década de 70. As mecânicas, a pegada repleta de humor e a jogabilidade continuam as mesmas, agora com refinamentos e melhorias. Mas será que é o suficiente para superar o predecessor? Reabasteça o disco voador e recarregue a arma de raios, pois a análise vai começar!
Segundos contatos imediatos
Destroy All Humans! 2, o original, foi lançado em 2006 para Xbox e PlayStation 2. Ele deu sequência às aventuras de Crypto que iniciaram no ano anterior, que por sua vez receberam uma nova chance por meio do competente remake de 2020. Agora é o segundo título a chegar às novas gerações de videogames, trazendo uma produção atual e mantendo a proposta original, o que é de praxe para o gênero.Bem-vindo a nova aventura de Destroy All Humans! |
A história se passa dez anos após o primeiro título, no ano de 1969, agora com foco em Cryptosporidium-138, ou Crypto para encurtar. O protagonista anterior, Crypto-137, morreu por razões desconhecidas, deixando o seu lugar para o novo Furon, raça dos personagens alienígenas protagonistas, assumir a presidência dos EUA (assumida no final do jogo predecessor).
Crypto se mete em confusões com espiões, soldados, hippies, outros alienígenas, policiais e até ninjas |
Exploração e destruição
São cinco grandes mapas onde as aventuras do game transcorrem, todas inspiradas em localidades reais: Bay City (São Francisco), Albion (Londres), Takoshima (Tokyo), Tunguska (Sibéria) e Solaris, uma base soviética na Lua. Todas são bonitas e têm visuais bastante agradáveis, remetendo com qualidade as suas fontes originais. Quase tudo pode ser destruído, dando uma sensação extra de liberdade.No geral, os visuais são bem bonitos e com boa dose de detalhes |
As missões incluem abduzir pessoas, dominar a mente de inimigos, destruir prédios, carregar explosivos, dentre outras tarefas malucas. O remake constantemente apresenta novas mecânicas e armas, aumentando o leque de possibilidades para o jogador utilizar e se divertir no processo. Obviamente, os desafios aumentam proporcionalmente, exigindo bons reflexos e estratégias para alcançar os objetivos. Inimigos humanos e alienígenas são agressivos, sem contar as missões com restrições como tempo e vida.
Missões secundárias complementam o game, cada uma oferecendo alguma tarefa divertida (e normalmente bastante maluca). Além do objetivo principal, toda missão tem desafios extras que garantem uma nota melhor ao concluí-la, assim como recursos valiosos. Com eles, podemos melhorar armas, equipamentos e o disco voador de Crypto. É viciante correr atrás de cada atualização e se tornar cada vez mais poderoso.
Novas sondagens
Enquanto a maioria dos elementos retornam em Destroy All Humans! 2 – Reprobed, o game tem uma cota suficiente de novidades. Alguns exemplos incluem: novas facetas da organização secreta Majesti; surgimento da misteriosa espiã Natalya; aparição de uma nova espécie alienígena; arsenal renovado com destaque para as armas Deslocador, que faz veículos e pessoas saírem quicando pelo cenário, e para Amor Livre, que obriga os terrestres a saírem dançando para o extraterrestre.Nada como fazer os inimigos sairem quicando pelo chão |
Se considerarmos as melhorias, as missões principais e secundárias e os vários colecionáveis espalhados pelos mapas (que incluem músicas e artes conceituais), temos um jogo com muito conteúdo. Aliás, muito conteúdo e de qualidade. Também temos diversas skins para o alienígena e o seu disco voador, sem contar a possibilidade de rejogar missões já concluídas com modificações aleatórias como munição infinita e personagens cabeçudos.
Chefes desafiadores, como Kojira, fazem parte da campanha |
Grande incursão, mas acidentada
O game conta com um compêndio bastante completo, repleto de artes, áudios e informações, além dos já citados colecionáveis e skins. Mesmo com os personagens secundários sendo bastante repetitivos, a variedade existente é agradável e caricata no ponto certo. As dublagens e músicas são ótimas, sobretudo a primeira, carregada de humor e descontração.O disco voador é um poderoso recurso do game |
Embora as telas de carregamento sejam mais rápidas e menos frequentes que o primeiro remake, elas deveriam ter sido ainda mais reduzidas. Além disso, diversas animações são bastante robóticas, modelos de personagens são repetidos em excesso, texturas demoram a aparecer, temos carros saindo de dentro de calçadas, entre outros problemas técnicos.
Problemas como este (e até piores) pipocam com frequência |
Mais uma invasão de bom sucesso
Aprendendo algumas lições com o primeiro remake, Destroy All Humans! 2 – Reprobed conseguiu manter o nível de qualidade com boas novidades. Crypto continua vivendo aventuras malucas repletas de missões, colecionáveis, armas e habilidades muito legais. Infelizmente, problemas técnicos permeiam o game e limitam uma experiência que é positiva, mas que poderia ser ainda melhor.Mesmo limitado, um jogo de ação e aventura de outro planeta |
Prós
- Remake mantém a pegada do anterior e melhora em diversos pontos as aventuras alienígenas na Terra;
- Missões e mecânicas de jogo são variadas e interessantes, incluindo o uso de disco voador e armas malucas;
- Visuais são bonitos e coloridos;
- No geral, temos uma história engraçada e com várias reviravoltas;
- Muitos segredos, colecionáveis e customizações para explorar.
Contras
- Desempenho poderia ser melhor, sobretudo nas telas de carregamento e animações em geral;
- O senso de humor por vezes pode não ser agradável para alguns.
Destroy All Humans! 2 – Reprobed — PC/PS5/XSX — Nota: 7.5
Versão utilizada para análise: PS5
Revisão: Vitor Tibério
Análise produzida com cópia digital cedida pela THQ Nordic
Análise produzida com cópia digital cedida pela THQ Nordic