Metal Unit resgata a ação pura e simples da era 16-bits focando em desafios de plataforma e combate. No controle de uma garota com armadura especial, usamos inúmeros equipamentos para criar muita destruição. O jogo utiliza conceitos básicos e consolidados e os combina com elementos de roguelite para oferecer uma jornada que sempre muda, de forma parecida a de outros indies. O resultado é bom, por mais que um pouco limitado e sem originalidade.
Neste contexto está Joanna, uma soldada que está terminando seu treinamento de M-Unit. Depois de alguns problemas, a garota recebe a missão de capturar sua própria irmã, que traiu a todos e se aliou aos alienígenas. Para piorar, Joanna perdeu parte de sua memória e não consegue entender a origem de suas habilidades excepcionais no combate. No decorrer da jornada, a garota descobre aos poucos que há muitos segredos importantes escondidos por seus superiores. A trama é bem simples e as viradas são meio previsíveis, mas ao menos ela é retratada com elaboradas cenas não interativas.
Enfrentando ameaças de todos os lados
A Terra encontra-se em uma situação extremamente complicada: alienígenas hostis surgiram do espaço e criaturas violentas saíram do centro do planeta, ambos os grupos determinados a acabar com a raça humana. Para enfrentar essas ameaças, a humanidade desenvolveu as M-Units, armaduras poderosas, mas difíceis de controlar. O conflito entre estas forças se estende por anos e parece estar longe de acabar.Neste contexto está Joanna, uma soldada que está terminando seu treinamento de M-Unit. Depois de alguns problemas, a garota recebe a missão de capturar sua própria irmã, que traiu a todos e se aliou aos alienígenas. Para piorar, Joanna perdeu parte de sua memória e não consegue entender a origem de suas habilidades excepcionais no combate. No decorrer da jornada, a garota descobre aos poucos que há muitos segredos importantes escondidos por seus superiores. A trama é bem simples e as viradas são meio previsíveis, mas ao menos ela é retratada com elaboradas cenas não interativas.
Na hora da ação, Metal Unit usa elementos de combate em tempo real e plataforma. No controle de Joanna e sua M-Unit, o objetivo em cada estágio é derrotar todos os inimigos. Para isso, a armadura conta com várias opções: espadas e machados de curto alcance, pistolas e rifles para acertar inimigos distantes, dispositivos que habilitam movimentos especiais e mais. Diversos equipamentos estão espalhados pelas fases, permitindo montar muitos conjuntos diferentes de habilidades.
O jogo utiliza elementos de roguelite para trazer variedade à jornada. Cada uma das tentativas apresenta uma rota distinta de estágios. Além disso, perdemos todo o dinheiro e equipamentos ao morrer. Há progressão entre as partidas na forma de melhorias permanentes para a heroína, e muitos equipamentos podem ser desbloqueados para uso no começo de uma nova tentativa, o que aumenta as chances de sobrevivência.
No frenesi variado do combate
O grande destaque de Metal Unit é o seu conceito principal de ação e plataforma. É empolgante acompanhar Joanna pelos estágios que misturam combate com um pouco de plataforma, principalmente por causa dos controles precisos — saltos, ataques e esquivas são bem fáceis de executar. Não há nada de muito notável ou diferente em suas mecânicas, que são básicas, mas elas funcionam bem dentro de sua proposta.O meu aspecto favorito no jogo é a imensa diversidade de equipamentos disponíveis. Há espadas, chicotes, lanças, metralhadoras, armas de choque, geradores de tempestade de gelo, kunais e muito mais. Alguns itens oferecem efeitos passivos ou reativos, e com tantas opções, é possível montar diferentes conjuntos devastadores. Em uma partida, detonava os inimigos à distância com mísseis, serras afiadas e um rifle poderoso. Já em outra tentativa, usei um gancho para puxar oponentes e atacá-los com combos de katana. Em uma nova jornada, foquei em habilidades poderosas que só eram ativadas ao escapar no momento certo. Itens e opções são desbloqueados aos poucos entre as partidas, trazendo ainda mais diversidade.
Dominar os comandos e experimentar as configurações de equipamentos é essencial para sobreviver aos perigos de Metal Unit, pois a dificuldade não é baixa — bastam alguns poucos momentos de desatenção para ser derrotado e itens de cura são bastante raros. Os chefes, em especial, costumam abarrotar a tela de projéteis e armadilhas, logo esquivar na hora certa é imprescindível. Um ponto que incomoda é a bagunça visual: nem sempre há indicação clara de que fomos acertados e foram várias as vezes em que morri sem entender direito o que aconteceu. Por sorte o título conta com inúmeras opções de acessibilidade para personalizar a experiência para diferentes tipos de jogadores.
Básico até demais
Metal Unit claramente se inspira no passado, com seu visual 16-bits e mecânicas básicas, resultando em um bom jogo de ação, mas esse é também o seu maior defeito. Às vezes o título é tão simples que chega a ser desinteressante, bastando simplesmente atacar com todos os equipamentos de qualquer jeito para vencer. Faltou um pouco de identidade aqui e não há nada único ou próprio.As mecânicas de roguelite tentam trazer alguma profundidade e variedade, no entanto alguns problemas existem. As rotas são geradas proceduralmente, o que significa um conjunto distinto de estágios a cada tentativa. Porém, a seleção de fases é reduzida, além de serem extremamente parecidas entre si. Uma ou outra possui algum desafio mais distinto de plataforma e algumas áreas opcionais oferecem obstáculos mais elaborados, no entanto esses recursos não são suficientemente interessantes para fazerem a diferença.
A outra questão é o desbalanceamento geral dos sistemas. Há uma grande diversidade de equipamentos e é divertido testar as combinações, porém é muito comum você encontrar uma arma poderosa no começo da partida e não precisar trocá-la mais, pois não há variações de um mesmo item. O contrário também acontece e algumas vezes fui derrotado por conseguir somente armamentos inúteis. Fiquei com a sensação de que o sucesso é muito dependente da sorte, e acredito que alterações nesses aspectos deixariam a experiência mais notável.
Um bom passatempo
Metal Unit foca em poucos conceitos para oferecer um bom jogo de ação e plataforma. É bem interessante usar diferentes equipamentos em combinações devastadoras, e parte da graça é testar e encontrar sinergias únicas. O título acerta com seu visual 16-bits e os elementos de roguelite ajudam a trazer variedades, mas a diversidade limitada de estágios e elementos desbalanceados comprometem a experiência. No mais, Metal Unit oferece diversão descomplicada.Prós
- Ação acelerada e controles precisos;
- Muitas armas e poderes oferecem boas possibilidades durante as partidas;
- Presença de opções de acessibilidade;
- Visual em pixel art agradável.
Contras
- Estágios muito parecidos entre si trazem sensação de repetição;
- Elementos desequilibrados dão muita relevância à sorte;
- Confusão visual atrapalha em muitos momentos.
Metal Unit — PC — Nota: 7.0
Revisão: Felipe Fina Franco
Análise produzida com cópia digital cedida pela NEOWIZ
Análise produzida com cópia digital cedida pela NEOWIZ